이십육

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Chimmy


"Pequeno..."

Despertei com um choque que parecia rasgar meu corpo ao meio. A voz grave do alfa ecoou na minha mente, tão vívida, tão próxima, que meu coração disparou. Olhei ao redor, confuso, buscando por ele, mesmo sabendo que estava sozinho.

"Venha até mim."

As palavras não eram apenas um comando; eram um chamado que pulsava em minhas veias. Meu ventre contraiu-se, uma onda quente subindo até meu peito. Soltei um gemido baixo, quase involuntário. Fechei as coxas com força, tentando conter o tremor que me dominava, mas era inútil. Meu corpo já não era meu.

— Kookie... — gemi, sua ausência se tornando insuportável.

O suor escorria pela minha pele, grudando a roupa no meu corpo febril. O calor dentro de mim era avassalador, como se meu sangue estivesse fervendo. Um rosnado profundo veio de algum lugar distante, fazendo meus pelos se arrepiarem. Ele estava me chamando, e eu podia sentir sua presença, forte e inescapável, mesmo à distância.

Com um esforço quase sobre-humano, consegui me sentar na cama. O ar ao meu redor parecia carregado de feromônio. Era ele. Seu cheiro invadia meus pulmões, inundando-me com uma necessidade tão primal que minhas mãos tremiam. Minha mente gritava que eu precisava encontrá-lo. Agora.

Fui até a porta, o coração batendo frenético. Pressionei meu rosto contra as frestas, inalando o ar que vinha de fora. Seu cheiro estava lá, tão próximo, tão inebriante, que minha visão embaçou. Incapaz de me conter, bati na porta com força, quase implorando:

— Alguém... me ajude... por favor... estou sangrando...

Minha voz soou rouca, carregada de desespero. Escorei-me contra a parede, o corpo reagindo de formas que eu não podia controlar. Cada célula minha ansiava por ele, por seu toque, por sua presença.

O som de passos ecoou no corredor, e meu coração disparou. Ouvi vozes abafadas, mas a única coisa que importava era ele. O alfa. Ele estava me chamando de novo, e meu corpo se curvou com o impacto de sua voz na minha mente. Meus joelhos cederam, e uma onda de calor desceu, me deixando molhado e completamente vulnerável.

— Alfa... — murmurei. — Eu estou indo...

A porta abriu-se com um baque, e a enfermeira entrou acompanhada de dois guardas. A adrenalina tomou conta de mim, abafando o desejo por um momento. Sem pensar, agarrei a arma no coldre de um dos guardas que estava de costas para mim e acertei sua cabeça. O homem caiu pesadamente, arrastando a enfermeira consigo, que gritou em pânico.

Antes que o outro guarda pudesse reagir, virei e acertei seu rosto com a coronha da arma. Ele gritou de dor, sangue jorrando de seu nariz. A enfermeira tentou escapar, mas eu a puxei pelos cabelos e a lancei na direção do guarda ferido. No reflexo, ele apertou o gatilho. O som do disparo encheu o quarto, e o sangue da mulher manchou minha roupa.

Minha respiração estava entrecortada, o cheiro do sangue misturando-se ao feromônio do alfa, que agora parecia ainda mais forte. Minha mente estava em um turbilhão, mas apenas uma coisa era clara: eu precisava dele. E nada iria me impedir.

Aproveitei seu descuido e o acertei entre os olhos, espalhando um borrão grotesco de miolos pela parede. Peguei sua pistola e a coloquei na cintura, escondendo sua faca em minha meia. Foi então que o cheiro veio novamente, forte como um golpe, fazendo minhas pernas tremerem e meu corpo se lançar, quase por instinto, em direção à porta.

Eu não comandava mais meu corpo. Estava totalmente dominado pelo poder do alfa sobre mim. Imagens dele me mordendo e arranhando minha pele com suas unhas inundaram minha mente, me deixando ainda mais excitado.

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