HANABI - Woosan

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Narradora Pov's:

Amanhã, o esposo de Wooyoung partirá em uma viagem para visitar diversas cidades. Desde a tarde de ontem, seu ciclo de calor se intensificou, levando-o a se trancar em seu quarto, isolado do mundo. San, por sua vez, ainda não se atreveu a visitá-lo. Wooyoung enfrenta dores significativas, as cólicas do cio o incomodam intensamente, causando um desconforto na região abdominal. Além disso, sua condição o torna excessivamente molhado, algo que ele se sente envergonhado de admitir.

Neste momento, San evita se aproximar do quarto, e, apesar de Jongho tê-lo aconselhado a manter distância, ele não se sente culpado por não ter ido até lá. Contudo, a determinação de San é firme; ele sabe que precisa ajudar o irmão, pois, como rei, tem responsabilidades que não podem ser ignoradas.

Enquanto isso, ele se encontra em um dos quartos de hóspedes do Palácio, onde se sente solitário e anseia pela presença do marido. O aroma hipnotizante de Wooyoung o atrai, e ele deseja profundamente deitar-se a seu lado, beijar cada centímetro de seu corpo, sentir seu calor e se perder em sua companhia.

Wooyoung, por sua vez, foi informado de que Yeosang e Lim ficariam ao seu lado durante a viagem de San, prontos para cuidar dele e administrar possíveis efeitos colaterais dos inibidores ou supressores que ele precisaria tomar. Era de suma importância que nenhum alfa percebesse seus feromônios, e, por isso, a proximidade deles com o quarto deveria ser evitada.

Os supressores, quando administrados em doses elevadas, deixavam o ômega em um estado de tontura, tornando-o incapaz de se levantar da cama. Devido à falta de avanços na medicina, ainda restavam alguns sintomas, como a temperatura elevada da pele e uma lubrificação excessiva, mas nada que fosse insuportável, pois ele já estava acostumado a lidar com isso. Era, de certa forma, uma condição tolerável.

Independentemente de sua situação, Wooyoung sentia-se contente por finalmente rever seu irmão e seu tio. O tempo em que não os via se estendia, exceto por breves visitas mensais. No último mês, essa rotina foi interrompida por uma série de eventos inesperados.

Além disso, Wooyoung não podia sair do Palácio com frequência. Seu casamento, realizado em segredo, não deveria ser do conhecimento do povo. Assim, ele se sentia aprisionado entre as paredes do Palácio, um lugar que, embora majestoso, também lhe parecia sufocante.

San e Wooyoung chegaram a um consenso sobre sua situação: devido à posição real que ocupavam e considerando que Jongho também detinha um cargo similar, não seria justo que Wooyoung fosse reconhecido como a imperatriz de Baekje. Portanto, por ora, o matrimônio deles permaneceria em sigilo.

Ambos concordaram com essa decisão, pois a proteção de sua relação era primordial.

Apesar de apresentar uma febre levemente elevada, Wooyoung encontrava-se, de maneira geral, em um estado razoável. Ele tentava se distrair, mas o desconforto físico e a ausência de San tornavam isso difícil.

Yeosang chegou ao Palácio, mas não avistou San em seu caminho até o quarto. O alfa, provavelmente, ainda se encontrava trancado em algum dos aposentos do castelo.

Ao adentrar o quarto onde seu irmão se encontrava, Yeosang encontrou Wooyoung imerso em desenhos em uma caderneta. Ele estava sentado, encostado na cabeceira da cama, com as pernas cruzadas em posição de borboleta, enquanto os lençóis cobriam-no apenas até a cintura. Sua vestimenta, leve e de tom neutro, conferia-lhe um ar de suavidade. Contudo, seu olhar carregava uma melancolia que poderia ser simplesmente o resultado do cansaço.