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Jung Wooyoung Pov's:

Acordei naquela manhã ensolarada com uma sensação de expectativa no peito. O dia anterior ainda estava fresco em minha memória; a conversa com San na galeria havia despertado sentimentos que eu tentava entender. A ideia de passar mais tempo com o alfa me deixava animado, mas também um pouco nervoso. O que seria daquele encontro na galeria?

Após me preparar, decidi ajudar meu tio Lim no comércio da família. Embora tivéssemos acabado de chegar à Coreia, o comércio era próspero e bem respeitado na cidade. Meu tio, um homem de nobre nascimento, havia estabelecido o armazém como um dos principais locais de venda de tecidos finos, utensílios de cerâmica e diversos produtos que atraem tanto nobres quanto cidadãos comuns.

Yeosang ainda dormia, mas poderia se virar sem minha ajuda.

Ao chegar ao armazém, avistei meu tio organizando algumas mercadorias, com a habitual expressão de seriedade que sempre o caracterizava.

— Bom dia, Wooyoung! — Ele exclamou, levantando a cabeça ao me ver. — Pronto para um dia de trabalho?

— Bom dia, tio. Poderia ter me acordado mais cedo para eu poder ajudá-lo — Respondi, sorrindo. — Mas sim, sempre pronto.

— Você chegou mais tarde do que o normal ontem, então te deixei descansar um pouco mais. Você sabe que nem precisava vir, não é? — disse colocando uma das caixas num lugar mais reservado.

— Eu quis vir, e não se preocupe. Estou muito bem, melhor impossível.

O dia começou agitado, com clientes entrando e saindo do estabelecimento. Eu ajudava a organizar produtos, atender aos clientes e até mesmo a negociar algumas vendas. Enquanto isso, minha mente frequentemente divagava para San, lembrando-me de como nos conhecemos e de como eu senti que algo entre nós havia crescido em tão pouco tempo.

Enquanto ajudava um cliente a escolher um tecido, Lim se aproximou e, percebendo meu olhar vago, sorriu.

— Você tem algo em mente, não é?

Fiquei surpreso, mas não consegui evitar um sorriso.

— Ah, não! Estou apenas pensando no trabalho.

— Hm, claro. — Ele disse com um sorriso cúmplice. — Você está pensando no San, não está?

Corar foi inevitável.

Hesitei por um momento antes de responder.

— Um pouco. Nós tivemos um passeio após nos encontrarmos ontem, por isso o atraso. Acho que estamos nos tornando amigos.

— Amigos, hein? — Lim levantou uma sobrancelha. — Você acha que isso pode se tornar algo mais?

— É complicado, tio. Eu mal conheço ele, e não sei se estou pronto para algo mais. — Tentei manter a calma na minha voz.

— Às vezes, você só precisa se permitir sentir. A vida é curta demais para se preocupar com o que pode dar errado. — A sabedoria de tio Lim penetrava em minha mente. — E se você não tentar, pode se arrepender.

As palavras dele me faziam refletir. Eu sabia que ele tinha razão, mas a ideia de me abrir para alguém era aterrorizante.

Ao mesmo tempo, percebi que talvez fosse melhor dar um passo atrás e não me encontrar com San todos os dias. Seria mais sensato focar em nossas vidas e nos conhecermos melhor antes de aprofundar essa relação estranha que temos.

O dia passou rapidamente, cheio de risadas e interações com os clientes. Apesar de me divertir, a lembrança do meu encontro com San estava sempre presente. À medida que a luz do sol diminuía e a cidade se enchia de cores quentes ao anoitecer, finalmente ajudei meu tio a fechar o comércio.

HANABI - Woosan Onde histórias criam vida. Descubra agora