Choi San Pov's:
Dias após a nossa discussão, era oficial, a China escolheu a guerra.
Nós já esperávamos por isso, e estávamos preparados também. Porém, ainda assim, era uma guerra. Tem vidas em jogo, não é algo tão simples assim.
No momento, estamos indo para a frente norte de Goguryeo, onde ficamos sabendo que uma das aldeias foi atacada por guardas da corte chinesa. Não entendemos bem o porquê disso.
Na linha de frente, mantive minha vigilância, examinando cada detalhe ao redor. Ao meu lado, Song Mingi, estava atento a qualquer sinal de armadilhas, enquanto Kim Hongjoong, nosso estrategista, traçava planos em sua mente. A presença deles oferecia conforto e força ao grupo, e a determinação em nossos rostos refletia a união que nos movia. Naquele momento, éramos mais do que apenas soldados; éramos uma família unida por um propósito maior. Nós tínhamos um povo para salvar, tínhamos família.
— Rei, e se encontrarmos soldados chineses escondidos por aí? — questionou um jovem soldado, suas mãos tremendo levemente, evidenciando a mistura de medo e nervosismo em seu semblante. O olhar dele me fez perceber a carga que pesava sobre nossos ombros.
Ele era muito jovem. Isso me dói tanto.
Com um sorriso acolhedor, mas firme, respondi:
— Faremos o que sabemos: lutaremos com precisão e faremos o possível para que ninguém saia ferido disso.
Nossas vidas estão unidas nesse momento, todos contamos. Juntos, somos inquebrantáveis.
A força de nossas palavras era um antídoto contra o medo que permeava o ar. Após horas de viagem, finalmente chegamos a uma clareira e decidimos montar acampamento. O céu, repleto de estrelas cintilantes, banhado pela luz da lua, oferecia um momento de tranquilidade antes da tempestade que poderia se avizinhar. Enquanto os soldados se preparavam para a noite, afastei-me um pouco, buscando um refúgio para refletir. Sentei-me em uma pedra fria, contemplando as estrelas que pulsavam no firmamento, sentindo-me como um pequeno fragmento de algo muito maior.
— O que te preocupa, irmão? — Jongho aproximou-se e sentou-se ao meu lado. Mesmo com a luz da lua iluminando seu rosto, pude ver a seriedade em seus olhos.
— Sobre o futuro e nosso povo. — respondi, as palavras saindo baixas. — O que acontecerá se não conseguirmos proteger tudo o que amamos? A responsabilidade de ser rei é pesada, e temo que não seja suficiente.
— A incerteza faz parte da vida de um humano, mas temos que aprender a usá-la ao nosso favor. Por favor, meu irmão, não se preocupe com algo que nem aconteceu. Sei que parece difícil, mas estamos aqui para te ajudar com isso.
Casa.
Essa é a palavra certa para descrever Jongho.
Casa.
— Use Wooyoung como motivação para que a gente consiga vencer isso, ok? Tenho certeza que ele está ansioso para te ver novamente. — Ele sorri e mantém o olhar nas lindas estrelas brilhantes.
Wooyoung estaria tão ansioso quanto eu para o reencontro? Já se passaram nove noites longe de casa. Como ele está?
— Hongjoong hyung está triste. — Mingi aparece com Hongjoong logo atrás dele.
— Mas por que? — Jongho pergunta confuso.
— Seonghwa disse que se Hongjoong não voltar vivo, ele mata ele. — Song segura a risada que insiste a transbordar de sua garganta.
— Eu não posso morrer e eu não quero morrer.
— Hyung, você não vai morrer. Seong sabe bem o quão forte você é. Só disse isso para te assustar, te dar motivação para lutar e ser forte. Seu ômega é estranho e você sabe muito bem disso. — digo limpando meu hanbok que estava com lama na barra.
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HANABI - Woosan
FanfictionEm uma galeria, um artista sensível se encanta ao ver um jovem ômega admirando sua pintura vibrante. A conexão entre eles vai além da arte, revelando suas almas e memórias. Durante a conversa sobre a beleza da natureza e a expressão artística, o art...