Capítulo 28- Noite difícil.

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-Davi-

Insisti pra Emilly dormir lá em casa, ela hesitou mas aceitou, creio que não queira se encontrar com o Fred. Cheguei em casa e meu irmão tava vendo TV.

Fred: Davi! Já estava preocupado! Como descobriu essa doença? Você tá bem? Tá se tratando?

Davi: Calma Fred.-me jogo no sofá- Descobri ontem quando peguei uns exames que fiz. Já tô tomando remédio sim.

Fred: Por que não me ligou antes? Eu vou na sua próxima consulta ok?

Davi: Não precisa.

Fred: Claro que precisa!-ele lança um olhar desafiador. Filho da mãe! Tá desconfiado.- Quero está perto de você.

Davi: Você tem seus compromissos , viaja muito.

Fred: Mas quando eu estiver no Rio, vou te acompanhar nos exames.

Emilly: Também quero te acompanhar meu amor.-Ela acaracia meu rosto- Vou estar aqui do seu lado.

Vejo Fred revirar os olhos. Desgraçado!

Davi: Vou tomar um banho.

Emilly: Eu vou com você.

Entramos pro quarto, fui pro banho, enquanto pensava num jeito de ser mais convincente com a minha "doença".

-Emilly-

Enquanto Davi toma banho fico no quarto mexendo no celular, até que a porta se abre.

Eu: Você aqui?

Fred: De madrugada no meu quarto e nem pense em dizer não. Ou eu conto pra tudo.

Eu: Ele tá doente! Será que nem isso você respeita?

Fred: Doente? Davi sempre foi saudável. Eu só acredito...

Eu: Quando ele morrer? Só vai acreditar quando ele morrer? É isso?

Fred: Por favor Emilly. De madrugada no meu quarto.

Ele sai sem ouvir minha resposta. Bufo de raiva ao mesmo tempo que começo a chorar.

Davi: Ta chorando meu Amor?

Eu: Só tô triste com essa situação, não ia suportar te perder.

Davi: Deus quis assim minha linda.

Ele secou minhas lágrimas e fomos jantar. Fred já havia esquentado o prato dele. Arrumei o meu e o do Davi e os esquentei, assim que nos sentamos na mesa, Fred se levanta e sai. Jantei com Davi em meios a chamegos. Depois fomos pra sala ver um filme até que deu a hora do remédio do Davi.

Davi: Esses remédios dão um sono.

Eu: Melhor irmos dormir.

Fomos pro quarto e nos deitamos, Davi já estava até roncando, era a confirmação de que ele realmente tava dormindo. Me levantei devagar da cama e fui pé por pé até o quarto do Fred.

Fred: Que bom que veio-ele me abraça forte.- Por favor Emilly, não se afaste de mim.

Eu: Eu tenho que dar atenção ao seu irmão.

Fred: Sim, eu sei. Mas por favor. Não vamos acabar com o nosso amor. Eu topo ser amante.

Eu: Não!!! Para com isso Fred!! É o seu irmão! Como você pode ser tão egoísta assim?

Fred: Não é egoismo, é amor! Tudo pode continuar como antes. A gente se encontra escondido.

Eu: Não quero mais. Eu pelo menos não sou egoísta. Você pensa só em você, só em satisfazer seu prazer. Duvido muito que me ame. Já que ainda insiste em trair seu próprio irmão. Não me procure. Eu quero que me esqueça.

Fred: Tem certeza?

Eu: Absoluta.- me assusto ao ouvir um barulho.- Meu Deus o que foi isso?

-Davi-

Vi quando ela se levantou e foi pro quarto do Fred. Vagabunda! Ainda estão juntos! Me levanto devagar e chego no meio do corredor onde escuto uma discussão. Emilly quer terminar e o Fred não. Traíra! Volto no meu quarto e penso no que Vou fazer. Ah! Me deito na cama e me jogo no chão, começo a fingir uma crise epilética.

-Emilly-

O barulho veio do quarto do Davi, corri pra lá e ele tava caído no chão se debatendo.

Eu: FRED! LIGA PRA AMBULÂNCIA!!!!

Fred: O que foi? Oh meu Deus! Vou ligar pró médico dele!

Fred corre até a cômoda e pega um papel com o número do médico.

Fred: Deve ser esse DR. Renato.

Eu: ENTÃO LIGA LOGO!

Enquanto eu tentava acalmar o Davi, Fred falava com o médico que dava recomendações.

Fred: Não deixa ele morder a língua... An?... Tá bom! Vamos agora!

Eu: O que ele disse?

Fred: Ele foi pro hospital pra atendê-lo, vou chamar a ambulância.

(...)

Chegamos ao hospital e Davi logo foi levado pra dentro, enquanto eu chorava desesperadamente e Fred dava os dados do irmão na recepção.

-Davi-
Fui levado pra sala do Dr.Renato, assim que as enfermeiras saem começo a rir.

Renato: Deu certo?

Eu: Deu sim! Os dois estavam desesperados.

Renato: Ah sim. Agora eu vou te "internar"-ele faz aspas com os dedos-  ok?

Eu: Faça o que for preciso. Só tem que ser bem convincente.

Renato: Primeiro o pagamento.

Eu: Claro.

Preencho um cheque e dou a ele.

Renato: Bom fazer negócio com você parceiro.

Ele me leva pra um quarto e me coloca aparelhos na cabeça .

Eu: Diga que estou bem ruim.

Renato: ok.

-Emilly-

O doutor aparece na sala de espera e eu me levanto rapidamente.

Eu: Como ele está?

Dr.: Nada bem. Foi uma crise bem forte. Tivemos que acalmá-lo com um calmante mais forte. Ele dormiu e agora vamos fazer os exames.

Fred: E o que ele tem?

Dr.: Um tumor na cabeça. Já ocupou 70%. O que nos resta é esperar.

Fred: Mas não podem tentar uma cirurgia?

Dr.: É arriscado demais. Só em último caso. Por enquanto ele vai fazer tratamento com remédios.

Eu: Posso vê-lo?

Dr.: Melhor não, vamos examiná-lo agora. E deve demorar. Mas creio que amanhã de manhã já poderá vê-lo.

Fred: Vem Emilly, vamos pra casa.

Eu: Eu vou de táxi Fred.-Digo ríspida- Boa noite.

Saio apressada e entro no Taxi.

Não Mereço Ser AmanteOnde histórias criam vida. Descubra agora