Não Mereço Ser Amante

Capítulo 15- O Show

(...)
Na hora combinada o Davi buzinou em frente lá em casa, Samuel e eu nos despedimos de todos e saímos.

Eu: Oi anjo!

Davi: Er... Oi...-Vi que ele ficou incomodado com a presença do Samuel.- Oi Samuel.

Samuel: E aí Davi?

Eu: Tem problema o Samuel ir com a gente anjo?

Davi: Não! Claro que não. Vamos?

Eu: Ué? Mas e o meu beijo?

Davi: Oh! Desculpa minha linda- Trocamos um beijo- Vamos?

Eu: Bora!

Entramos no carro e Davi deu a partida.

(...)
Chegamos numa casa de shows, tava bem cheio já, a fila era quilométrica.

Davi: Cara odeio fila. Vou dar um toque pro Fred ver se ele consegue liberar nossa entrada pelos fundos.

Eu: Não precisa encomodar seu irmão Davi.

Davi: Que nada! Sempre faço isso.

Davi fez uma ligação e logo entramos por trás da casa de shows.

Davi: Querem ir no camarim?

Samuel: Não cara, valeu. Eu vou esperar lá fora, ok?

Eu: Tá bom...

Davi: Vem princesa, o Bruno e o Cris você se lembra né?

Eu: Claro! Da praia.

Caminhamos por um longo corredor até que o Davi abriu uma porta que estava no fim do corredor.

Fred: Davi!! Que bom que veio aqui!

Davi: E aí? Beleza?

Os dois trocaram um abraço.

Fred: Oi Emilly.

Eu: Oi Fred.

Bruno: E aí parceira? Sumiu da praia ué?

Eu: Tenho trabalhado bastante, mal sobra tempo. Oi Cris!

Cris: Tudo bem linda?

Eu: Tudo sim.

Davi: Esse são, Sérgio e Vini.

Eu: Oi!-Os cumprimento com um abraço.

Ficamos conversando um pouco, não sei por a que mas toda hora cismava de que tinha alguém me olhando, e esse alguém era o irmão do Davi. Eu ein!!

Saímos do camarim pra dar a vez para os fã clubes, fomos pra grade e encontramos com o Samuel lá, não demorou muito pro show começar. E eu não sabia letra nenhuma, eu via aquelas meninas cantando todas as músicas e eu mais perdida que cego em tiroteio. Tava me sentindo deslocada ali, até o Samuel cantava, eu só ficava olhando pro palco e Davi abraçado a mim por trás, as vezes rolavam uns beijos. As lindas músicas que o Bruno cantava ajudavam a dar um clima romântico pra nós e até me fez esquecer de algumas coisas. Sabe aquela sensação estranha de que alguém tava me olhando? Ainda não tinha passado, e o olhar ainda vinha do meu cunhado.

Davi: Amor?

Eu: Oi?

Davi: Tá tudo bem?

Eu: Tá sim, apesar de tá perdida, to bem.-Esboço um sorriso.

Davi: Quer sair daqui?

Eu: Se eu disser que sim você vai se chatear?

Davi: Claro que não! Vem vamos beber alguma coisa.

Fomos pro bar e tomamos algumas cervejas, o show acabou e ficamos trocando alguns beijos encostados no carro.

Davi: Você não sabe o quanto eu te desejo- Ele me beija o pescoço- Vamos lá pra casa...

Eu: Mas e o Samuel- Já manhosa. Tava quase cedendo.

Davi: A gente deixa ele em casa. E vamos.

Eu: E o seu irmão?

Davi: Não se preocupe, dormimos em quartos separados. Emilly...-O olho.- Não precisa ter medo.

Eu: Tá, vamos.

Confesso que eu já tava quase explodindo de vontade. Já tava mais do que na hora. E o Davi era tão perfeito comigo que resolvi dar um voto de confiança.

(...)
Depois de deixarmos o Samuel lá em casa seguimos pra casa do Davi.

Davi: Entra...

Eu: Licença.

Ele acendeu a luz e eu como toda mulher fui pelo instinto, a primeira coisa que fiz foi reparar o apê dele. E sinceramente? Uma bagunça! Tinha umas garrafas de cerveja na mesa de centro, roupas espalhadas.

Davi: Cara o Fred é muito porco- Disse recolhendo as coisas pelo chão.

Eu: Não se preocupe!-Rio sem graça- Apartamento de homens é assim mesmo.

Davi: Vamos pro meu quarto, pelo menos não é bagunçado.

Ele me puxou pela mão e caminhamos por um corredor, ele abriu a porta e pediu pra que eu entrasse e assim eu fiz. Escutei a porta se fechar atrás de mim e um estalo que a chave fez ao trancá-la. Senti suas mãos em meus ombros e seus beijos pela minha nuca, fechei os olhos pra sentir o momento. Agora não tem como fugir mais.