Thirty-One

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[Um dia para a partida do Liam]



Kat P.O.V 



- Eu vou sobreviver, ele vai seguir a sua carreira, eu faria o mesmo. – Encolhi os ombros fazendo-me de despreocupada.
- Mesmo que ele te tenha prometido uma coisa e faça outra? – Assenti, mentindo. – KittyKat eu já te conheço um tanto melhor, sei que estás a mentir.
- Para quê pensar no Liam quando tenho o menino dos estados unidos aqui mesmo à minha frente? – Perguntei-lhe enquanto tirava uma garrafa de água do seu frigorífico.
- Isso foi um elogio?! – Aproximou-se de mim e olhou-me estupefacto. – KittyKat eu sei que eu sou irresistível, mas tu a elogiares um ser vivo?! – Agarrou-me pela cintura.
- Olha? – Aproximei-me até ficar a milímetros da cara dele. – Eu não sei como é que tu estás habituado a que as raparigas te tratem lá nos estados unidos... - Aproximei-me ao seu ouvido com um sorriso vitorioso. – Mas se me voltas a tratar por KittyKat, um dos teus lindos olhos, aprende a voar. – Afastei-me dando-lhe um leve encontrão e percorrendo caminho até chegar ao sitio onde estávamos antes, a sua sala.
- Tu sabes que eu gosto delas assim... - Aproximou-se novamente de mim e pousou o seu pescoço no meu ombro. – KittyKat...
- AUSTIN! – O rapaz começou a correr pela casa, soltando gargalhadas e pulando de sofá em sofá. – Eu vou arrancar um desses teus olhos e o outro vai ser obrigado a ver! – Grunhi perseguindo o loiro.
- Eu rendo-me! – Parou em cima de um dos sofás e pôs as mãos no ar. – Eu rendo-me. – Dei dois passos na sua direção e alcancei-o.
- Desistes facilmente, fraco. – Vi o rapaz dar um salto para o chão e fazer-se de grande para mim. – Ainda por cima depois de enfureceres uma pugilista... Pobre rapaz... Pensa que não lhe vai acontecer nada. – Disse enquanto passava a mão pela sua cara.
- Tu não eras capaz. – Respondeu com um sorriso desafiador.
- Tenta-me. – Provoquei.
- Tu. Não. És. Capaz. – Aproximou a sua cara da mim e fitou-me com os olhos.
- Eu podia perdoar a primeira falta de utilização de matéria cinzenta que tens na cabeça, da primeira vez. Agora... - Cresci para ele também e ficamos ao mesmo nível, deixando os nossos rostos quase a tocarem-se. – Temos pena. – Sem ele esperar, agarrei-o pelo braço e forcei-o para as suas costas. Depois com uma simples rasteiras fiz o rapaz cair deixando-me em cima dele com o seu braço preso pelas minhas mãos.
- Eu sou o irmão do meio, aprendi a defender-me à muito! – A sua mão agarrou-me pelo pulso e puxou-me para o chão fazendo-me embater com as costas no chão e em segundos, o seu corpo estava sobre o meu a prender-me.
- Eu detesto-te. – Bufei e ele riu-se. – A piada está aonde? – Perguntei amuada.
- Na tua cara, adoro quando ficas enervada. – O seu sorriso era desafiador e impossível de resistir.
- Então, para teu pouco proveito, irei portar-me como uma pessoa deveras muito zen e pacifica. – Disse firmemente.
- Um dia sem te enervares porque eu te pico e eu compro-te um novo saco de boxe. – Soltou-me as mãos e estendeu uma delas para selar o acordo.
- Da marca que eu quiser! – Assentiu e apertamos as mãos. Acabando por me ajudar a levantar ainda agarrado à minha mão.
- Que tal dares a paz ao mundo, e a parte do amor aqui ao teu bom amigo americano? – Puxou-me pela cintura.
- Deixa cá ver... Hm... Nos teus melhores sonhos. – Dei-lhe um sorriso desafiador. – AGORA! Já podemos ir, ou, o senhor da América ainda tem que se arranjar mais? – Negou com a cabeça e pegou nas chaves do carro e de casa, trancando a porta ao sair ao meu lado. – Aw! Olha! – Apontei para a frente do carro parado à porta da garagem. – Deixei a minha marca no teu carro!
- Podes parar de dizer isso de cada vez que estamos juntos? Tem sido bastante, bastante, BASTANTE, se ainda estás a tentar perceber, repetitivo.
- Mas é uma recordação tão boa. Um risco deixado pelo fecho do meu casaco no dia em que o senhor "eu sou demasiado americano para seguir as regras da estrada" me atropelou. – Disse sarcástica.
- Eu acho que isso devia de contar como uma agressão verbal, devido a uma provocação minha. Devemos? – Provocou ao entrar-mos no veículo.
- Não, eu apenas referi uma passagem no tempo em que alguém não usou aqueles objetos brilhantes chamados faróis, na parte da frente do carro, e quase me passou a ferro. – Disse com uma expressão calma.
- Como a menina desejar. – Ligou o carro e começou a andar. – Não achas que vai ser estranho ires a uma festa de despedida para o teu ex-namorado e levares-me a trás?
- O meu irmão é que planeou a festa e é em MINHA casa, por isso. – Encolhi os ombros. – E eu posso levar os meus amigos a casa quando quiser, de tal forma.
- Mesmo assim, eu não e esqueço da cara dele quando me viu no dia em que nos conhecemos.
- Sabes? Eu não quero falar dele, já vamos passar as próximas horas com o mundo centrado nele, podemos desviar o assunto para outro enquanto ainda temos hipótese? – Choraminguei.
- Os seus desejos são ordens. – Sorriu-me e eu retribui.

She's not afraid  // l. p. Where stories live. Discover now