[Dia da partida do Liam]
Kat P.O.V
Como em qualquer dia da minha rotina de verão, acordei por meu leve espirito às 05:02 da manhã.
E como em qualquer noitada do nosso grupo, la acabei eu a fazer ginástica acrobática modo ninja para poder passar para o outro lado da casa sem pisar nenhum dos corpos dispostos sobre as várias mantas e sacos-camas que se encontravam esticados no chão.
Quando cheguei finalmente à cozinha, vi uma luz acesa a transparecer do seu interior. Abri a porta e deparei-me com Liam. Estava sentado numa das cadeiras da ponta, onde normalmente a minha mãe se sentava as refeições. Entre as suas mãos existia um copo de vidro colorido num tom azul forte e de metálico no fundo e o topo já de uma cor translucida, onde os seus olhos se focavam.
- Hey. – Disse quando entre e chamei a sua atenção para mim.
- Hey. – Respondeu voltando a sua cara para o copo.
- Não consegues dormir? – Perguntei enquanto fazia caminho até a bancada da cozinha, onde ia começar a preparar um batido de proteínas.
- Não.
- Stresse pré-viagem? – Desviei o olhar para si e vi os seus ombros encolherem.
- Não. Acho que só não tenho sono. – Afirmou sem deixar passar qualquer emoção. – Tu?
- Hm, eu sou sempre assim no verão. Horários trocados e tal... - Afirmei e acabei a confeção do batido. – Podemos deixar de parecer constrangidos um ao pé do outro? – Fui sentar-me numa cadeira ao seu lado.
- Pensei que estavas chateada. – Respondeu seco.
- Hm, eu estava, e não me esqueci, mas também não ando sempre a pensar nisso para continuar a criar um ódio eterno. Ando com a cabeça preenchida.
- Eu reparei.
- Eu vi que não me querias encarar quando me viste com ele, e desculpa se te estraguei um pouco a festa.
- Eu não tenho nada a ver com isso, se ele te faz bem, que seja.
- Sim, eu acho que ele me faz bem. – Encarei o copo. – Mas eu não quero que vás embora e que vás mal comigo. Podemos esquecer tudo? – Assentiu. – Posso abraçar-te? – Voltou a anuir. Aproximei-me do seu corpo e vi-o olhar-me nos olhos antes de nos entrelaçar-mos num abraço apertado. – Eu não quero ficar mal contigo. Já viste tudo o que passamos? – Ouvi uma gargalhada quando nos separamos e voltei ao meu lugar. – Tu conheces-me desde que eu estava dentro da barriga da minha mãe. Literalmente!
- É, eu vi as tuas piores fases...
- Ew, tu presenciaste a fase da franja.
- A pior fase foi aquela em que achavas que o sol te ia matar e começas-te a usar protetor mal espalhado na cara todos os dias, chapéus de palha, óculos de sol...
- Oh meu deus! Essa foi a fase vampira, quando achava que os raios solares me iam queimar até morrer, eu devia achar que era alérgica ao sol ou algo do género... Ou então estava a brincar aos paparazzi e era a minha máscara de proteção. – Ri.
- Tu e as tuas fases...
- É, eu tinha os meus momentos. Já tive essas fases, aquela em que só usava camisolas de basket com calções de ganga, ou quando tive os meus momentos de fangirl extremos, ou quando quis ser uma bailarina...
- Ao menos tinhas futuro na dança. – Encolheu os ombros.
- Sim, mas fiquei muito convencida. Mas houve alturas em que todos me deixaram de falar porque eu sempre fui muito direta e dizia as coisas na cara deles e depois ficavam chateados e tal... E depois todos se viravam contra mim, mas tu foste o único que não me deixas-te de falar naquela altura, já me andavas a proteger deles quando tentavam gozar comigo, até mesmo quando eles se viravam contra ti, e depois puxaste-me para o boxe, o que nunca poderei agradecer o suficiente, foste o meu herói.
- Eu não me quero gabar, mas sempre fui superior aos outros. – Deu um sorriso convencido. – Mas eles eram uns idiotas, tu sempre tiveste uma personalidade forte, e não lhes dizias a verdade por mal, achavas que os estavas a ajudar.
- Sim...– Dei um gole no batido. – Mas obrigada por nunca teres saído do meu lado, por nunca me teres abandonado.
- Isso não é totalmente verdade. – Disse num tom meio repreensivo.
- Como assim? – Perguntei confusa e vi-o levantar a cabeça para cima.
- Eu estou a abandonar-te agora, podes estar próxima de outra pessoa ao ponto de já não ligares tanto a que eu tenha quebrado a minha promessa, mas eu estou cada vez a sentir-me mais e mais culpado. – Os seus olhos transbordavam tristeza e isso fazia a minha alma quebrar.
- Tu vais seguir a tua carreira, é uma ótima oportunidade, acabas-te agora o liceu e estou feliz por teres esta hipótese, eu nunca seria capaz de te prender cá. – Disse-lhe olhos nos olhos. – O problema não foi quebrares a promessa, foi o que tu fizeste para ser supostamente mais fácil. Eu não quero falar mais nisto, eu já não estou chateada e não quero que te sintas mal com uma coisa que não me incomoda mais.
- Eu não sou capaz me sentir bem com o que fiz. Apenas não sou. – Aproximei-me dele e dei-lhe um abraço forte.
- Já não é isso que importa Liam. Eu estou orgulhosa por teres esta oportunidade. Vais poder mostrar o teu talento, esta é a tua vocação e tens de lutar por ela.
- Obrigado por seres assim. – Apertou-me mais, depois largando-me. - Eu sei que é uma ótima oportunidade, mas eu desisti de nós, quebrei a maior promessa que já fiz a alguém, é a coisa que mais me vais custar, deixar-te para trás. – Fez uma pausa. – Tu não imaginas o quão eu te amo Kat, é uma coisa do outro mundo.
- Eu não cheguei a perguntar, porque é que desististe de nós? Porque é que não podíamos ficar juntos? – Tentei não o encarar.
- Porque me ias odiar por ter de ir, não pensei bem, eu não sei. – Encolheu os ombros. – Aconteceu-te o mesmo com o Wyatt e vocês decidiram acabar, eu achei que me ias deixar por te desiludir.
- Eu gostava imenso do Wyatt, e sim ele foi o meu primeiro namorado, mas não vamos comparar o que eu e tu temos ao que eu e ele tínhamos. Eu amo-te e se me tivesses dito eu tinha reagido de outra maneira, eu estou mais velha, e acredita que por ti eu aguentava a distancia. – Respondi firme. – Ele pode te sido a minha primeira paixão correspondida mas até as educadoras do jardim de infância já sabiam que eu gostava de ti aos três anos.
- Pois é. – Deu um riso fraco. - Mas já é tarde de mais para isso. – Baixou a cabeça e eu levantei-me, agarrei no copo e levei-o para junto do lava louça, onde ainda despejei um pouco do conteúdo.
- Tu achas que nós alguma vez íamos avançar a sério? Tipo, casar e assim? – Perguntei-lhe enquanto lavava o copo.
- Por minha vontade, sim. – Levantou-se também e levou o copo para o lava louça.
- Mesmo com todas as discussões que temos, por tudo e por nada?
- Nós só discutimos com quem nos importamos, quando não queremos saber ignoramos as pessoas. – Começou a lavar o copo também.
- Liam?
- Sim? – Perguntou enquanto partilhávamos um pano para limpar os dois copos.
- Tu amas-me mesmo, mesmo, ou só como um amor de adolescência em que dizemos que amamos a pessoa mas não sabemos ainda o que é o amor de verdade?
- Foste tu que me ensinaste o que é amor. – Olhou-me nos olhos.
- Fico feliz por ouvir isso. – Sequei o copo por completo e deixei-o em cima da bancada no escorredor. – Bem, eu vou acorda-los, está quase na hora de ires, e ainda demoramos a arranjar-nos. – Assentiu. Passei pelo móvel dos tachos e retirei duas tampas de metal para fazer a minha grande entrada.
Chegamos à assoalhada e deparamos-mos com todos uns em cima dos outros a dormir. A Mollie e o Harry estavam agarrados em cima de um dos sofás, com eles a prende-la para não cair. O Louis e a Jen estavam em modo cuddles num dos sacos cama grande, a Lucy e o Dylan estavam enrolados numa pilha de mantas como se estivessem na Antárctida, o Niall e a Mel estavam bastante juntos para quem estava chateado. Obviamente que a Sophie estava agarrada ao Cameron, e o mais surpreendente era a Carly e o Zayn que estavam abraçados e demasiado próximos.
- TOCA A ACORDAR! – Comecei aos berros e a bater com uma tampa na outra, causando um som super estridente. Ouvindo gritos de desespero imediatos. – BOM DIA ALEGRIAS! – Gritei novamente ao ver todos agora sentados. – Desculpem interromper os vossos inúteis sonos de beleza mas foi demasiado tentador. – Disse agarrando-me ao tronco do Liam.
- Vocês não estavam chateados? – Zayn perguntou com uma mão na cabeça e com a voz sonolenta.
- O quê? Isto? – Apontei para o meu braço a sua volta e o seu pousado nos meus ombros. – Puro ódio.
- Vocês estão bem portanto? – Jen falou e eu encolhi os ombros.
- Sabe-se lá o que é que vocês perderam! – Liam respondeu por mim e encolheu os ombros também.
- Houve festa? – Lucy apontou logo o que todos estavam a pensar.
- Quem sabe. – Encolhi novamente os ombros. – Bem, está na hora de nos arranjarmos para o ir levar.
- Sim, eles estão bem. – Mel observou o óbvio
- Uma pessoa vai dormir e existe ódio no mundo, acorda e a paz foi selada. – Niall disse confuso e os restantes voltaram a deitar-se.
- Bem, tentando explicar por miúdos, há amizades mais fortes de o ódio. – Sai da sala para ir ao quarto vestir-me.
Depois de entrar no quarto, seguida por uma legião de amigas, fui direita ao roupeiro de onde tirei uma t-shirt da Zelda e umas calças pretas justas. Fiz uma maquilhagem à pressa e depois fiz um coque no cimo da cabeça.
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Hay, hey, hi. Eu disse que ia publicar mas yha não o fiz, não por falta de tempo, mas por falta de vontade. Como disse já tinha o cap pronto, mas não o publiquei por falta de comentários e votos.
AVISO: A seguir a este update devo de fazer uma pausa devido as razões que disse em cima.
Hope you like it,mywonfckinghell
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She's not afraid // l. p.
Fanfiction" - Eu luto por mim, não pelos outros. - Eras capaz de lutar por nós? - Ouvi-o dizer enquanto se apróximava de mim. - Já mais, eu não luto por coisas que não valem pena. - Eu não valho a pena? - Encostou as nossas testas e eu estremeci. - então Que...