[Uma semana depois da partida do Liam]
Kat P.O.V
- Eu vou só lá a baixo ver se a Jen tem as malas feitas, já subimos as duas. – Informei os meus pais que andavam de um lado para o outro a ajudar os meus irmãos a levarem as malas para a entrada.
Anualmente os meus pais deixavam-nos levar os nossos amigos, o grupo de cada um dos meus irmãos, para a nossa casa de férias durante um mês. A casa era enorme - apesar de quando estamos todos lá parecer mais pequena - o meu pai herdou-a dos meus avós, eram muito ricos graças à empresa do meu avô e quando ele faleceu, a minha avó foi viver com os meus tios para a Holanda, deixando-a ao meu pai e à irmã que vive cá. Quando o mês acaba os meus amigos voltam, e os meus pais vão para lá e fico apenas eu, os meus irmãos e a Jen. Passamos dois meses lá, e quando em Agosto os pais dela vão de férias e quanto não tenho combates, vou eu com eles.
Abri a porta do elevador e sai para o corredor do andar da Jen. Bati à porta e quem veio abrir foi a mãe dela.
- Posso entrar? – Perguntei a sorrir.
- Claro querida, a Jen está no quarto a acabar as malas, vai lá ter. – Apontou para o corredor dos quartos.
- Obrigada! – Caminhei até à porta onde bati três vezes com os noz dos dedos. – Hey hey!
- Hm, hey... - Disse sem olhar para mim enquanto tentava fechar com dificuldade uma mala enorme de roupa.
- Ainda estás assim vestida?! – Perguntei com um ar chocado ao ver que esta ainda se encontrava de pijama.
- Olha, eu não sou como tu, não acordo com as galinhas, e sabes bem que fazer as malas é muito complicado. – Fiz peso na mala e ela lá consegui-o fechar o objecto.
- É, eu sou mesmo boa. – Encolhi os braços e sorri convencida, sentando-me na cama. – Agora, vai vestir-te enquanto eu meto a minha leitura em dia! – Apontei para a sua estante repleta de revistas da Turma da Mônica e afins.
- Tenho duas novas, e vê se a tua gordura de porca não passa para elas antes de eu as ler. – Entrou para a casa de banho.
- Peço desculpa se uso cremes hidratantes que se espalham pelo mundo. – Revirei os olhos e agarrei num dos pequenos livros. – Vai ser estranho irmos para lá sem o Liam, i don't know...
- Eu tenho saudades dele, imagina tu ficares longe do Niall, irias detestar.
- Grande coisa, imagina ficares longe do Louis durante um ano. Isso sim é comparável as saudades que eu tenho.
- Tu ainda gostas dele não é? – Dobrou-se para trás, olhando-me pela ombreira.
- Como não gostar. Eu não te contei, mas no dia em que eu e ele voltamos a ser amigos, eu estava tão mal. Não só por ele ir, mas pelas coisas que ele me disse antes de o irmos levar.
- O que é que disse?! – Como o assunto lhe interessava, correu para o pé de escova na boca e com os olhos muito abertos.
- Fui eu que puxei a maior parte do assunto, eu disse que quando era pequena e todos se viravam contra mim por eu ser demasiado frontal com todos e que ele me levou para o boxe, e blá blá blá, depois disse que ele nunca me tinha abandonado e ele disse que o estava a fazer agora e que não se conseguia perdoar porque me amava e isto era como uma traição. – Suspirei. – Depois eu perguntei se ele me amava a sério ou como num daqueles romances de adolescência em que é tudo amor para cá e para lá mas são só isso, paixões de adolescência.
- O que é que ele disse?!
- Que eu é que lhe tinha mostrado o que é que era amor. – Bufei. – Eu acreditei e não acreditei, ele afinal de contas, namorou com a Danielle e a Sophia antes de mim, se ele estava com elas tinha de gostar delas.
- Isso não significa que as amava. – Falou com a boca cheia de espuma e correu para a casa de banho, onde cuspi-o a pasta. – Isso é uma coisa tão à Liam, meh.
- Isso o quê? – Perguntei confusa enquanto a via entrar novamente no quarto e ir em direcção à secretária, de onde tirou um conjunto de roupa para vestir, que tinha deixado de parte para a viagem.
- Isso, dizer coisas românticas sobre o teres ensinado o que é amor, quem me dera que o Louis me dissesse isso. – Bufou enquanto trocava de roupa.
- Problemas no universo Jouis?
- Jouis?
- Vocês precisavam de um ship name, o otp precisava mesmo de um nome, eu inventei-o, mas a Sophie ajudou, eu tinha Jouis e Lounna, ela disse que era melhor Jouis. Claramente. – Encolhi os ombros.
- Hm, okay. Mas sim há problemas no universo Jouis. Ele é um idiota. – Disse sem pudor. – Uma pessoa aqui a querer planos de verão e ele passa os dias em casa do Niall a jogar Fifa, e quando não está, vai jogar futebol com o Harry. Bolas, e eu que achava que ele gostava de mim.
- Ou pelo menos de vaginas. – Olhou-me chocada e confusa. – Se ele só anda a jogar desportos de bolas, com pessoas que têm bolas... - Atirou-me um peluche que estava à mão.
- Ugh, porque é que somos amigas?
- Porque para alem de linda e inspiradora, sou popular, e quem é que não se quer dar com a rainha da escola, certo? – Sorri convencida.
- Eu odeio-te. – Revirou os olhos. – E eu podia ser inteligente, eu podia ir de férias, de ti. Mas não! Não basta passar as aulas contigo ainda levo o verão a aturar-te. – Sorriu sarcástica.
- É a admiração que tens por mim. – Encolhi, novamente, os ombros. – Mas agora a sério, tens de te começar a interessar por futebol, é a paixão do Louis, tens de te envolver nisso. Ele gosta de ti, todos o percebem, e se para o vosso namoro evoluir é preciso irem a um jogo ou assim, vai com ele. Compra-lhe bilhetes e vai numa escapadela com ele até Manchester, leva o rapaz a ver a sua equipa a jogar em casa!
- Meh, eu odeio quando tens boas ideias.
- Eu fiz o mesmo com o Liam. – Admiti.
- Fizeste?
- Eu só fui para o boxe porque ele lá andava, eu via o quão ele gostava daquilo, e achei que ele ia gostar de mim se eu fosse para lá. – Encolhi os ombros.
- Tu tinhas cinco anos!
- Eu já andava ao engate naquela altura. – Gargalhei.
- Houve alguma altura em que não gostasses dele?
- Nah, quando eu nasci ele já era amigo do meu irmão, quando comecei a ir ao jardim de infância foi amor à primeira vista, ele nessa altura já me dava trela. Quando ele foi para o primeiro ano tive o meu primeiro desgosto, ainda tinha de passar um ano no jardim de infância sem ele e basicamente só ele, tu e o Niall é que eram meus amigos. Quando fui para o primeiro ano ele começou a namorar com a Kris, e quando os via na escola nos campeonatos de futebol em que ela fazia sempre aquela claque enervante com as amigas, e só imaginava como seria arrancar-lhe os pom-pons das mãos e manda-los para a lama.
- Tudo isso com seis anos. – Disse sem surpresa.
- Clama, depois continuamos a ser só amigos até ele andar no sexto e eu no quinto. Nesse verão ele disse que gostava de passar tempo comigo e fomos num encontro ao cinema. Depois disso andamos juntos duas ou três vezes, e depois até ao décimo só estávamos juntos no verão, nos treinos e quando ele estava com o Zayn em minha casa, e eu namorava com o Wyatt, depois esse foi embora e eu fiquei super mal, mas nesse ano felizmente o Zayn começou a andar connosco sempre e juntamos os nossos grupos. Depois ele ofereceu-se para ser meu treinador, eu aceitei, obviamente. Mas ele ainda andava com a Sophia, quando ela foi embora eu fiquei super feliz, com o que me senti mal mais tarde, porque eles iam acabar e já não precisava de ficar com ciúmes. E agora aqui estamos.
- E eu não precisava de ouvir a história da tua vida. – Revirou os olhos.
- Isto parece muito o Paper Towns, eu sou o Quentin ele é a Margo. Sempre com a paixão secreta e depois quando finalmente nos voltamos a aproximar ao final de uns anos, lá acontece uma porra que o faz desistir de nós e ir para longe. E eu fui à procura dele no dia da festa, antes de entrar na cozinha, vi a luz acesa e desejei que fosse ele, e encontrei-o. Mas como no livro, seguimos caminhos diferentes.
- Eu sei que o Jonh é o teu escritor preferido, mas já chegava aguentar a tua obsessão com o "E que okay seja o nosso para sempre" e agora outra história?! – Sentou-se ao meu lado enquanto escovava o cabelo liso. – Eu sei que estas mal, mesmo que não o mostres.
- Todos sabem, o meu irmão passou a semana a tratar-me como se eu estivesse deprimida até desachega, até a Waliyha foi boa comigo, a WALIYHA! – Revirei os olhos. – Eu estou a tentar ficar bem, e tratarem-me como um bebe de facto não ajuda.
- Julgo que percebo. – Bufou. – Mas agora vamos que posso ouvir o Zayn a bufar daqui por estarmos atrasadas. – Anui.
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Hey, hay, hi, haro, e cenas!
So, whats up?! Yha eu fiz um update, viva mim! Gostei imenso deste cap 'cause conta a história deles - e a referencia ao Paper Towns <333333
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With all the love,
myownfckinghell
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She's not afraid // l. p.
Fiksi Penggemar" - Eu luto por mim, não pelos outros. - Eras capaz de lutar por nós? - Ouvi-o dizer enquanto se apróximava de mim. - Já mais, eu não luto por coisas que não valem pena. - Eu não valho a pena? - Encostou as nossas testas e eu estremeci. - então Que...