LUZ

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Na manhã seguinte, depois de toda a atividade da noite anterior, estávamos nos comportando como se ele nunca tivesse sido grosseiro comigo. Ao contrario, de repente estávamos nos dando bem melhor, não como um casal de namorados, mas como duas pessoas em inicio de uma amizade.

Eu tinha dormido no quarto de jogos, mas obviamente Theodore não. Eu gostava dessa sua regra de não dormirmos juntos, assim não havia confusão de nenhuma das partes. Tomamos o café da manhã mais uma vez juntos, só que dessa vez foi diferente, havia uma cordialidade que antes não existia, quase uma parceria muda.

Resolvi deixar uma parte de minhas coisas ali, já que eu iria voltar todos os finais de semana pra cá pelos próximos quatro meses não via necessidade de ficar carregando uma mala grande todo final de semana, então peguei apenas o estritamente necessário. Decidi que ia providenciar mais coisas pra cá, de modo que eu tivesse tudo o que precisasse.

Assim que terminei de separar o que eu ia levar e o que ia ficar, Theodore entrou no quarto logo depois que bateu na porta, eu estava quase pronta pra sairmos, ele disse que ia me levar em um lugar legal antes que eu voltasse pra New York, então coloquei uma calça estampada de cintura alta, um top copped e um salto médio. Passei uma maquiagem bem leve.

- Linda! – elogiou-me sorrindo para mim.

- Obrigado! – agradeci pegando minha bolsa. – Você também está muito bonito! – retribui seu sorriso.

Ele estava um gato, com uma roupa completamente diferente da que eu estava acostumada a ver desde que nos reencontramos em Munique. Até então ele só vinha usando paletó, roupas mais clássicas e tal. Mas agora ele estava um arraso. Usava uma polo branca, calça jeans e uma jaqueta preta por cima da camisa, estava verdadeiramente delicioso.

- Vamos? – perguntou rindo de verdade quando lambi os lábios em sua direção.

- Vamos! – ele pegou minha mala quase vazia e a carregou. – Ainda não me disse onde iriamos!

- Surpresa! – riu pra mim.

Ele entregou minha mala pro segurança que o acompanhava, e descemos pra garagem.

O percurso da casa de Theodore até onde ele queria me levar demorou uns trinta minutos, quando seu carro parou ele me amostrou uma venda igual a que ele usou em mim no quarto de jogos.

- Só pra dar mais emoção! – sorriu maliciosamente e me vendou. – Pronta?

- Prontíssima e ansiosa! – ri.

- Então venha! – senti o vento frio invadir o carro assim que ele abriu a porta, vestindo minha jaqueta, estendi a mão para Theodore que a pegou na mesma hora.

Ajudou-me a descer do carro, e então me guiou por alguns metros, me indicando quando havia algum degrau ou coisa assim. Senti um cheirinho de óleo de motor e comecei a ficar excitada com a perspectiva de onde estaríamos, fiquei totalmente animada.

- Eu não acredito! – exclamei sorrindo.

- Pois acredite! – ele puxou minha venda e de repente uma arena de circuito de competição de moto entro em meu campo de visão. – Quer dar uma volta? Pedi pra separarem duas motos pra gente!

- Claro que eu quero! – sorri, a felicidade vibrando em cada músculo do meu corpo.

Theodore me direcionou até onde as motos estavam, duas reluzentes ducatis estavam estacionadas, uma preta e uma prata. Corri meus dedos sobre o tanque da prata, que estava mais perto.

- Posso? – perguntei sorridente.

- Deve! – respondeu pegando um capacete e me entregando. – Estou logo atrás de você!

Nada SubmissaOnde histórias criam vida. Descubra agora