TRINTA - THEODORE

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Capitulo de hoje é só do nosso Teddy!

:*

- O que é isso? - Luz perguntou assim que lhe entreguei uma caixa negra quase no fim da tarde daquele sábado quase vinte dias após nossa volta do Havaí.

- É um presente para nós dois! - eu disse com uma seriedade estampada em minhas feições. - Eu quero te levar a um lugar, e quero que vista isso.

Ela abriu a caixa e encontrou o seu conteúdo. Dentro tinha um espartilho de couro negro com talas e um cadarço que tinha sido feito sob medida para ela, além de uma fio dental negra e um par de meias rastão.

- Quero te levar em um clube especializado em BDSM, esse é o tipo de roupa adequado pra você usar lá - expliquei a ela. - Não é meu habitat natural, mas notei que essa é uma experiência que você não chegou a ter...

- Tudo bem - respondeu fechando a caixa e me dando um beijo estalado.

- Gostaria que você usasse o colar que eu te dei - falei meio indeciso.

Desde o dia em que lhe dei o colar que nunca mais falamos sobre ele, aquela foi à única vez que Luz o usou. Assim, em nosso mundo aquele colar é uma espécie de aliança de compromisso e provavelmente ela tenha descoberto isso, um dia aquele colar estaria trancado para sempre em seu pescoço, e eu seria o único a ter a chave.

- Você deve saber o que ele significa - falei e ela limitou a assentir. - Num ambiente como o que estaremos essa noite é melhor que você demonstre que tem um dom, não é aconselhável a uma submissa sozinha.

- Eu entendo! - Luz deu um sorriso singelo, mas esse sorriso não chegou aos seus olhos. - Há mais alguma recomendação para meus trajes dessa noite?

- Você pode usar o sapato que quiser, assim como a maquiagem, o seu cabelo - continuei a listar os itens que ela deveria seguir. - Além disso, que te dei, a única peça de roupa que você precisa é um sobretudo.

- Tudo bem - ela concordou novamente.

- Eu preciso acertar algumas coisas com meu pessoal da empresa - falei me levantando da cama e lhe dando um selinho. - Saímos às nove.

- Tudo bem!

Sai da suíte da minha cobertura no Escala e fui até meu escritório. Terminei de acertar alguns detalhes com Madeleine e minha secretaria, exijo sempre de meus funcionários a máxima da sua capacidade de trabalho.

Quando termino vou até o quarto de hospedes e tomei banho antes de vestir a roupa que tinha separado para hoje. Um traje completamente negro, passando desde minha calça, camisa, sapato e jaqueta de couro. Assim que termino de me arruma dou uns trinta minutos de vantagem para Luz concluir a sua arrumação.

Fico pensando em minha pequena um pouco nervoso, hoje darei uma pequena dose do tipo de coisa que ela gosta, e então lembrei de nossa conversa de alguns dias atrás quando falamos abertamente de suas escolhas sexuais antes de nos relacionarmos.

"Você sente falta das orgias?" perguntei a ela inesperadamente logo depois de uma seção intensa no apartamento anexo.

"O quê?" respondeu à pergunta com outra estampando uma expressão surpresa em seu rosto. "Você perguntou o que eu acho que perguntou?"

"Sim, perguntei!" suspirei alto e beijei sua testa. "Não gosto de saber que você tem necessidades que eu não posso suprir!" fui sincero.

"Sim, eu sinto falta" respondeu de olhos fechados, como se fizesse uma confissão muito íntima. "Foram muitos anos, e então, de repente as coisas mudaram... As orgias é uma parte de quem eu sou, independente de eu ainda as prático ou não!"

Nada SubmissaOnde histórias criam vida. Descubra agora