THEODORE

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Estava procurando meu celular que eu tinha deixado perdido entre as almofadas do sofá da cobertura de Luz quando ouvi um grito ensurdecedor vindo do andar de cima. Sai correndo escada acima preocupado com ela, quando cheguei no quarto e o vi vazio corri pro seu closet e então a encontrei.

Luz estava de pé em frente o seu espelho de corpo inteiro, vestia apenas um sutiã negro de renda e a sua calcinha fio dental ainda entre suas mãos. Ela olhava pro espelho ainda atônita, estava em estado de choque, pelo visto ela não gostou muito da surpresinha que eu deixei em seu bumbum e pernas, pois ela estava quase a ponto de enfartar e ao fitar seu reflexo.

- O que diabos significa isso, Grey? – gritou furiosa.

Engoli em seco, quase pisando em ovos ao lhe responder.

- Calma querida, é apenas um efeito – tentei tranquiliza-la.

- Qual parte do não deve deixar marcas permanente em meu corpo você não entendeu? – perguntou furiosa com seus olhos faiscando em minha direção. – Aquela porra de contrato significa alguma coisa pra você?

- Isso é temporário – falei apontando para os hematoma que tinham se formado bem vermelhos em seu corpo, provavelmente amanhã estariam roxos, mas eu não me importei muito, ter meu nome estampado em sua pele mesmo que temporariamente em seu corpo era uma sensação e tanto.

- O que você estava pensando em deixar hematomas com o nome Grey em mim, seu filhote de cruz credo? – indagou colérica.

- Calma morena, não é nada demais, em alguns dias sua pele terá voltado ao normal. – Tentei chegar perto dela, mas ela pegou um vidro de perfume na penteadeira do lado e ameaçou jogar.

- Eu vou jogar isso em você se ousar chegar perto de mim. – Gritou com o perfume em suas mãos. – Vou fazer um belo estrago nessa sua carinha linda, senhor fodido Grey!

- Querida, por favor, em alguns das não vai aparecer mais nada – falei com calma, tentando acalmá-la. – Não é permanente como você está pensando.

Ela deu um grito ensurdecedor e jogou o perfume em minha direção, o vidro passou a milímetros de distância da minha cabeça, e então Luz saiu do closet batendo o pé, vestindo apenas um sutiã e com uma calcinha em sua mão.

Sai atrás dela, mas ela não queria conversa comigo, rumou através do apartamento e se enfurnou em seu laboratório. Ela estava visivelmente irritada, e não me respondeu em nenhum momento em todas às vezes em que chamei. Sentei-me escorado na porta pelo lado de fora, fiquei ali durante vários minutos, só esperando ela sair de lá.

Quase uma hora depois Cooper apareceu no corredor ao meu lado, parecia estar procurando sua mãe, e então ele sentou em seus calcanhares e ficou me olhando com o rosto de lado, como se quisesse saber o que estava acontecendo conosco.

Afaguei sua cabecinha e ele abanou o rabinho peludo, totalmente agradecido pelo afago. Gostei de ter sua presença ao meu lado, e quando dei por mim estava cochilando escorado na posta com ele em meus braços, totalmente aconchegado a mim.

Já tinha sido difícil fazê-la ver que a coleira iria ser uma coisa totalmente normal dela se usar, pelo menos durante os nossos jogos, Luz tinha sido bem resistente, e agora isso. Quando encomendei aquela palmatória com o nome Grey em relevo eu pensei que iria ficar um efeito interessante nela, em sua pele bronzeada. Só não contava com sua reação.

Tinha sido tão excitante ver minha marca nela, na hora tinha pensado ser uma boa ideia usar a palmatória personalizada, mas só agora eu já estava arrependido. Acho que a empurrei muito além do seu limite, o que pode afetar permanentemente os meus planos de conquista-la. Eu só queria proporcionar a nós dois momentos de prazer, queria saciar a fome que eu sentia dela, e marcá-la como minha, mas não dá para obrigá-la.

Nada SubmissaOnde histórias criam vida. Descubra agora