VINTE E UM - LUZ

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Acordei sozinha na minha suíte do apartamento de Theodore. Estava um tanto desorientada, meus músculos rígidos protestaram quando me espreguicei encima da cama. Senti minha vagina e meu ânus ardidos, assim como os meus mamilos. Puxei o lençol de cima de mim e percebi que eu usava uma de minhas camisolas. A que ele tinha me vestido era uma longa da cor verde água, um tom mais escuro que meus olhos, ela era de alcinhas, e com o busto rendado.

Joguei minhas pernas pra fora da cama e as senti fracas, mas mesmo assim consegui me colocar de pé. Meio cambaleante eu caminhei até o enorme banheiro da suíte e me despi da camisola, eu não vestia mais nada por baixo. Liguei o chuveiro e fiquei lá com a água quente sobre meu corpo.

Olhei pros bicos dos meus seios e vi que eles estavam avermelhados, eu não sabia o que Theodore tinha usado em mim, mas que se fosse um pouquinho mais quente tinha me dado belas queimaduras. Entretanto, eu sabia que ele não usaria nada que pudesse me marcar permanentemente de proposito assim. Eu não sabia o porquê disso, mas eu tinha uma confiança nele que beirava à falta de noção. Era estranha a forma como eu me dava a ele, por mais que tivesse deixado inúmeros homens me tocar, apenas ele realmente fazia o que queria comigo. Só ele me tinha por inteira.

Ensaboei meu corpo com cuidado, minhas partes íntimas estavam sensíveis e assadas, mas o prazer que eu tinha tido no processo compensava o desconforto causado. Sorri com esses pensamentos. Apesar de ver que tudo o que Theodore vinha fazendo comigo ser uma parte light do BDSM, eu estava me adaptando a tudo, como se tivesse sido feita para essa vida.

Sai do boxe do banheiro e me encaminhei até o closet calmamente. Quando olhei para o relógio percebi que era oito e meia da noite, então vesti um fio dental, um cropped branco sem sutiã e coloquei uma saia jeans bem curta. Penteei meus longos fios negros que estavam levemente embaraçados e sai da minha suíte.

Olhei na sala e nada de Theodore. Sai procurando cômodo por cômodo através do apartamento, mas nada. Teddy não estava em nenhum lugar daqui, o que me fez concluir que ele estivesse em sua cobertura. Argh! Sentia-me tão impotente quando ele agia assim. Em um momento me dava um prazer absurdo, e no outro me deixava sozinha. Não que eu fosse dessas menininhas que gostam de conversas profundas e românticas depois da foda, mas isso fazia com que eu me sentisse usada de alguma forma.

O engraçado é que fiz muito isso, transar e ir embora, não gostava do pós-sexo. Mas com Theodore eu sentia a vontade de estar ligada a ele mais do que é seguro para o meu coração.

Era cedo da noite e eu não sabia bem o que fazer sozinha ali, isso até meu estômago roncar de fome. A última vez em que eu tinha comido algo eu acho que tinha sido no almoço, e depois de todo o esforço físico de mais cedo... Caminhei me sentindo derrotada até a cozinha, estava sem fome, mas senti vontade de fazer alguma coisa... Decidi cozinhar.

Peguei todos os ingredientes nos armários e coloquei minhas mãos pra trabalhar, movimentar meu corpo nesse momento seria a melhor coisa a se fazer. Peguei todos os ingredientes necessários pra eu fazer uma lasanha e me pus a arregaçar as mangas, estava a fim de comer algo bem calorico. Peguei o meu Ipod e liguei, fazendo os sons das musicas de Alejandro Sanz encher o ambiente.

Cortei os temperos necessários para fazer o molho de carne, enquanto cozinhava eu acompanhava as musicas que tocava ao meu redor, estava me sentindo melancólica, com saudade de casa. Minha amada Espanha era tão viva e alegre, com suas cores e canções, cheia de gente bonita e animada, que viviam de fazer mais e mais festas.

Eu cantava ao som do pequeno Ipod enquanto o molho terminava de cozinhar e eu colocava o macarrão para cozinhar. Senti uma presença as minhas costas, olhei pra trás e ele estava parado encostado na porta, não sabia há quanto tempo ele me olhava cantar e cozinha, mas de repente fiquei completamente ruborizada ao constatar a sua presença ali me assistindo.

Nada SubmissaOnde histórias criam vida. Descubra agora