Nada Submissa

LUZ

Phoebe acenava freneticamente pra mim enquanto eu adentrava o restaurante de luxo que tínhamos marcado de nos encontrar. Depois que nos conhecemos melhor percebi que ela tinha um jeito afetivo bem mais expansivo que o meu. Ela é daquelas que gosta de abraço, contatos físico, e quando vira amiga de alguém é para sempre. Gostei realmente dela!

- Luz! – falou meu nome enquanto me pegava apertado em seu abraço. – Fiquei feliz que você aceitou meu convite para almoçar.

- E eu fiquei feliz que você se lembrou de mim. – Fui sincera com ela.

Sentei-me a sua frente e ela se sentou também, mas parecia quicar sem parar em seu lugar. Não tinha percebido que Phoebe era tão hiperativa quando nos conhecemos.

- A senhoras já querem pedir? – o garçom perguntou.

- Pra mim uma salada tropical de entrada, frango assado com batatas coradas e uma fatia de torta de maça de sobremesa. – Phoebe disse sem se quer olhar o cardápio, parecia conhecer muito bem o lugar. – E água está bom pra mim, sim?

O garçom assentiu e então ele se virou pra mim e esperou que eu olhasse o cardápio e pudesse me decidir.

- Pra mim uma salada de tomate como entrada, carne de carneiro ao vinho e uma fatia de torta de pêssego com uma bola de sorvete de baunilha. – Falei assim que terminei de olhar o cardápio. – E pra beber quero um suco de laranja, por favor!

Ele se retirou assim que terminamos de fazer os nossos pedidos, e então Phoebe sorriu novamente para mim.

- Eu te convidei pra te agradecer a ideia para o presente do meu noivo, John adorou! – falou tudo muito rápido enquanto ficava mais vermelha do que tomate. – Geralmente eu não sou tão ousada, mas você me estimulou tanto, e depois dos resultados alcançados – ela começou a se abanar com o cardápio que tinha sobre a nossa mesa.

Ri dela e apertei sua mão com amabilidade.

- Não deixe outra mulher fazer pelo seu homem, o que você tem que fazer – falei a verdade, minha mãe aprendeu isso da pior forma com meu pai. – E eu fico muito contente em ter te ajudado com isso, você é um amor de pessoa e merece ser muito feliz.

- Eu já sou, acredite – ela voltou a corar. – É só que... Às vezes tenho medo de John perceber o quão desajeitada, tímida e pouco sexy eu sou.

- Você tem certeza que não é mais uma adolescente? – brinquei com ela que riu de mim de uma maneira totalmente encantadora.

- Ah, pelo amor de Deus, eu já tenho quase vinte e oito anos – ela continuou sorrindo. – Eu estou com John há quase sete anos, e acredite, ele é o único homem com quem já me envolvi mis intimamente...

- Fala sério que você passou pela faculdade e continuou virgem? – perguntei e ela acenou afirmativamente e completamente tímida.

- Ah sim... – ela foi interrompida quando o garçom nos servia. – Onde estávamos? – ela perguntou assim que ele se retirou novamente. – Minha virgindade... Eu era apaixonada por um amigo do meu irmão que nunca me deu bola, ele não era para mim – ela parecia melancólica de repente. – E então eu conheci o John, todo lindo e cavalheiro, e ele me fez amá-lo desde o primeiro instante, tão carinhoso e educado...

Phoebe parecia não ter palavras pra descrever o noivo, parecia imensamente feliz com ele, o amor fluía através das suas palavras.

- Você é bem apaixonada por ele, não é? – perguntei encantada com o fato de ainda existir uma pessoa tão meiga e inocente nesse mundo, mesmo não sendo mais virgem, Phoebe tinha preservado a melhor parte dela, a sua inocência e ingenuidade.