Nada Submissa

VINTE E SEIS - THEODORE

Ela estava linda descendo daquele avião. Fiquei olhando pra ela descendo aquelas escadas praticamente com cara de bobo. Entre todas as minhas submissas, com certeza Luz Flores é a mais bonita, sua beleza chega a ser intimidante, mesmo ela sendo apenas uma coisinha mínima, não deve ter mais do que um e sessenta e dois de altura, e mesmo assim é estonteante.

Ela sorri pra mim de uma maneira verdadeira, sua alegria é algo contagiante, e seus belos cabelos ao vento. A visão dela é ainda mais impressionante com o dia estando a poucas horas de nascer. E eu estou visivelmente impressionado com ela.

- Teddy! - saudou-me com seu sorriso brilhante ao me provocar com aquele apelido infantil. - Já estava com saudade de você - ela me deu uma olhada dos pés à cabeça. - Muito bonito, está aprontando o quê? Deixe-me adivinhar, está com esperanças de arrumar alguma companhia pro fim de semana!

- Eu já estava sentindo falta dessa sua petulância. - Afirmei e ela piscou um olho em minha direção. - Pensei que não viria. - Brinquei com ela.

- Como não? Até onde sei hoje é sábado! - parecia visivelmente confusa.

- Sim! - respondi e então olhei pra gaiolinha que ela carregava na mão. - Quer ajuda com o Cooper?

- Oh meu Deus, você aprendeu o nome dele! - ela me olhou divertida. - Você percebeu que ele não é um cachorro qualquer, e sim meu filhinho! Que fofo da sua parte...

Ela fez carinha de menininha e bateu os cílios em minha direção, e então Luz caiu na gargalhada, parecia ter visto a coisa mais engraçada do mundo.

- Não acredito que você estava tirando onda da minha cara. - Fiz cara de bravo. - Isso haverá volta, Flores! - ameacei.

- Pode vir quente, que eu estou fervendo, querido! - falou quase me beijando, depois se afastou e me empurrou a gaiolinha em meus braços. - Aceito a sua oferta pra me ajudar com Cooper. - Eu segurei aquilo em minhas mãos vendo o quanto à vida dava voltas, se fosse há um tempo eu a seguraria com certa relutância, mas agora não. - Obrigado!

- Cody! - chamei um de meus seguranças e estendi o animal para ele. - Leve o... - olhei pra ela lhe provocando, como se não soubesse o nome do bolinha de pelos.

- Cooper! - completou com cara de menina travessa.

- Leve Cooper até o carro, e Luz - olhei pra ela. - Você já conhece Cody, não é? - perguntei e ela apenas acenou. - Ele será seu segurança fixo sempre que estiver em Seattle!

- Precisa disso mesmo? - perguntou um pouco incomodada. - Não vejo necessidade de incomodar seus seguranças comigo!

- Mas eu vejo! - fui categórico. - E ele a acompanhará sempre! Como já vem fazendo.

- A versão Theodore homem das cavernas é encantadoramente quente! - sussurrou em meu ouvido. - Mas desnecessária fora do quarto!

- Ande logo e pare de arrumar motivos pra levar umas palmadas, tenho outras coisas planejadas pra hoje. - Falei já rebocando ela até o carro.

- Pra Hoje? - perguntou confusa. - Não estamos indo pro seu apartamento? Estava com a esperança de dormir um pouco mais!

- Vamos pro Escala, mas não diretamente pro apartamento - respondi já abrindo a porta para ela. - Temos outra parada antes!

- Vamos andar de moto novamente? - um sorriso se abriu em seu rosto.

- Hoje não!

Sentamo-nos no banco de trás, Cody e O'Donell foram no banco da frente. Luz reclamou quando tentei colocar o bicho que ela chama de filho no bagageiro, mas ela não deixou, e agora estávamos com ele entre nós dois, mesmo me simpatizando com aquele cachorro, nesse momento ele estava atrapalhando meus planos com sua dona. Bufei e coloquei o pequeno inconveniente de lado antes de puxar seu corpo até mim.