The Doctor | h.s

capitulo 5

Era Harry! Fiquei super surpresa e bem feliz pois ele raramente ia caminhar comigo.

Harry POV
- oh Harry, não me veja assim! - ela disse se referindo ao pijama, estava meio sonolenta e confusa, pois eu a tinha acabado de acordar.

- hey, você estava dormindo? Desculpe pela minha empolgaçao - eu ria.

- oh não se preocupe - ela disse e surgiu um sorriso em seus lábios.

Ah que lábios lindos. Eu fugi um pouco nos meus pensamentos mas logo voltei pois ela não parava de falar, eu estava adorando isso.

- eu apenas estava compensando a noite de ontem - isso soou um pouco indecente, ela percebeu pois nos olhamos por um segundo.

- oh nossa! O que você fez? - eu dizia curioso com uma sobrancelha levantada.

- ah harry, não pense besteira, eu apenas estava com Lucy, passamos a noite juntas e não parávamos de rir um segundo. Passamos a noite inteira acordada e só fomos dormir no inicio da manhã. - ela disse rouca ainda zonza

- oh esta bem - eu disse e ela gargalhou. Nossa como eu amo essa risada.

Ficamos uns segundos em silêncio. Ela estava linda. Mesmo com seus pijamas de cupcakes e com seus cabelos em uma trança mal feita. Eu adoro aquela garota.

- então você prefere ficar aqui esta tarde?

- por mim sim, mas não posso dormir, se não, não durmo a noite. Então me deixe acordada - ela dizia rindo.

As vezes me pergunto se ela ri apenas quando estou presente.

- pode deixar Winter - eu disse e aqueles segundos de silêncio voltaram - então, quando o seu pai vem aqui lhe visitar? - eu disse tentando ser legal.

- oh ele vem amanhã antes de ir para o trabalho. Estou bem feliz.

- certo. Preciso falar com ele - eu disse, mas ela fez uma cara de medo. A deixei preocupada.

Isso, bom trabalho Harry, agora ela acha que vai morrer.

- não se preocupe, não é nada sério, apenas quero botar a conversa em dia, esqueceu que ele também é meu amigo? - disse tentando consertar a merda que fiz.

Ela riu.

- achava que era sobre mim. - ela disse aliviada.

Conversa ia, conversa vinha até que toquei num assunto um pouco delicado e emocional para Winter pois não a vejo faz tempo. Rosally.

- Winter.

- diga Harry.

- posso te fazer uma pergunta?

- ja fez - ela disse e nós rimos.

- outra.

- pode.

- onde está a sua mãe? - disse com medo.

Ela parou de rir e adotou uma cara séria e ao mesmo tempo triste.

Nossa Harry, você é burro. Poderia ser pelo menos mais delicado. Mas não.

- bom - ela dizia cabisbaixa. - ela morreu quando eu nasci - ela disse e eu podia ver as lágrimas em seus olhos.

- oh! - digo surpreso - me desculpe Winter, eu realmente não queria.

- esqueça Harry - me senti culpado, mas ela continuava a falar.

- olha Winter, se não quiser continuar pode parar.

Ela ignorou totalmente meu comentário continuando. Me concentrei nela.

- eles dois estavam felizes conversando, quando meu pai foi buscar um pouco de vinho para ele e um pouco de água para minha mãe, mas quando ele voltou minha mãe estava prestes a dar a luz. Então eles foram correndo para o hospital, quando chegaram não deixaram meu pai entrar, ele já estava bem preocupado e impaciente porque estava demorando demais.

Depois de muito tempo um médico o chamou para conversar.

Flashback ON
- O que houve doutor? - ele dizia quase chorando.

- bom senhor Scott, não temos boa notícias - ele disse e meu pai desabou.

- o que aconteceu doutor?! - ele dizia totalmente impaciente com os olhos marejados.

- se fosse para você salvar uma vida, mas com duas pessoas precisando. O que você faria? - ele perguntou, meu pai não estava com cabeça mas conseguiu responder.

- Acho que daria a minha para salvar as duas - ele disse.

- oh! - o doutor se impressionou com a sua resposta - olhe, a sua esposa Rosally tinha um problema genético no coração que atrapalhou um pouco a grávidez.

A sua filha nasceu bem, mas ainda precisamos ver se a mesma herdou o mesmo problema da mãe. Enquanto a sua mulher - ele disse não sabendo como dizer - ela não resistiu. Eu sinto muito mesmo - ele disse e saiu do ambiente deixando meu pai sozinho.

Depois de horas se lamentando ele finalmente pode ir me ver.

Ele realmente me adorou. Mas eu ainda não tinha um nome.

Ao meu nome, ela morreu no inverno e ele queria homenagea-la. Assim surgiu Winter. Toda vez que chega o natal nós lembramos dela como o anjo natalino pois nós temos certeza que ela sempre nos abençoa e celebra o natal mesmo sem estar conosco.

Ele diz que a neve branca lembra a pele dela, e as árvores com neve lembrava os cabelos negros que ela tinha, assim como o meu, coberto de neve quando eles dois iriam sair para patinar no lago do bosque onde eles deram o primeiro beijo, lá era um cantinho deles, assim como o jardim é o meu. Mesmo não a conhecendo eu a amo. E sempre imagino ela como uma pessoa incrível. A imagino como uma heroina que deu sua vida pra mim. Eu te amo mãe.
Flashback OFF