12.

427 43 20
                                    


Louis dirigiu-se de novo para o balcão, onde tinha estado, até ir ter com Harry, na companhia de Brenton porém, quando lá chegou não viu sinais do amigo em lado nenhum. O copo dele estava ainda pousado sobre o balcão, meio cheio e abandonado. O rapaz de olhos azuis encolheu os ombros, adivinhando que o outro talvez tivesse arranjado companhia, e por isso chamou um dos empregados para que este lhe servisse uma nova bebida. Apesar de ele não querer beber muito, aquela era a única maneira para passar o seu tempo enquanto estava naquele bar.

Tempo esse que se arrastou por mais uns minutos, até ele ver Brenton a chegar com um sorriso a delinear os seus lábios, e a colocar-se novamente ao lado de Louis.

- Onde estiveste? – Louis questionou, mesmo sabendo facilmente onde o outro tinha estado. Não era preciso pensar muito para adivinhar.

- Tu sabes. – o rapaz encolheu os ombros, piscando o olho e pediu também uma bebida nova para si, mesmo o seu copo estando ainda pousado no balcão, ele não sabia quem tinha estado ali ou se alguém tinha entretanto tocado naquele copo. – Tenho uma coisa para te dizer, Louis. Já me estava a esquecer. – ele encolheu os ombros de forma descontraída, e assim que a sua nova bebida foi servida, ele logo se apressou a levar o copo aos lábios bebendo um longo trago do álcool que enchia o copo.

- Que é? – perguntou Louis, olhando-o de forma atenta para ele e deveras curioso.

- Sabes o Edward? – ele questionou e o outro limitou-se a assentir com a cabeça quando uma imagem daquele rapaz loiro surgiu no seu pensamento. – Bem, ele deixou o negócio. – Brenton falou de seguida, mordendo levemente o seu lábio, e nem era preciso dizer mais nada para que o rapaz de olhos azuis soubesse que ele se estava a referir ao negócio das drogas.

Os olhos de Louis arregalaram-se um pouco e ele bebeu um enorme gole da sua bebida.

– Estás a falar a sério? Que merda. – resmungou entre dentes.

- Pensei que não te ias importar. Ainda no outro dia disseste que já tinhas pessoas a mais a trabalhar para ti. – o outro disse com uma sobrancelha ligeiramente arqueada.

- Ele era um dos melhores vendedores que eu tinha! - Louis disse com um tom de desagrado a toldar a sua voz. – Claro que me importo. – por muitas pessoas que ele já tivesse a trabalhar para si, ele queria, em especial, que os melhores continuassem consigo, a ajudá-lo, a fazer aquele negócio crescer. – Porque é que ele foi embora? – ele acabou por perguntar, deixando que o seu olhar encontra-se o do amigo.

Este encolheu os ombros antes de lhe responder.

– Eu não sei bem, algo relacionado com a família, penso.

- Pois, sempre a família. – Louis suspirou, abanando ligeiramente a sua cabeça e levou aos lábios o seu copo ainda quase cheio. As pessoas punham sempre a família em primeiro lugar, mantinham-na sempre num pedestal mesmo que muitas das vezes esse lugar nem sequer fosse merecido. E Louis entendia tão bem disso.

Ele já tinha perdido muitas das pessoas que trabalhavam consigo, por medo de prejudicarem a família com problemas relacionados com negócios. E Louis sabia que isso era possível, aquele era um meio muito perigoso e pouco seguro, porém, se ele conseguia manter a família, ou melhor, a sua mãe longe disto tudo, tinha a certeza que todos os outros também conseguiriam.

- Bem, há outra coisa que precisas de saber. E esta é pior, eu acho. – Brenton disse ao fim de uns minutos, minutos esses em que Louis tinha apenas ficado perdido nos seus próprios pensamentos.

- O que é agora? – ele perguntou, suspirando pesadamente e bebeu mais um pouco, como se a bebida agora no interior do seu organismo pudesse prepará-lo para o que quer que fosse que por aí viesse.

Criminal || larryWhere stories live. Discover now