Louis abandonou o seu carro e começou a caminhar pelas ruas desertas de Chicago. Ele tinha combinado encontrar-se com um cliente para lhe vender uma grande quantidade de droga. Nas duas noites anteriores ele tinha feito bastante negócio como era já habitual, o dinheiro não parava de entrar nos seus bolsos todas as noites, coisa que o deixava bastante satisfeito, pois gostava de perceber como em tão pouco tempo ele tinha conseguido chegar tão longe. Quando tudo tinha começado nunca lhe tinha passado pela cabeça que as coisas iam mudar até chegarem ao ponto em que estavam agora. O rapaz abanou repetidas vezes a cabeça quando uma imagem do seu pai preencheu a sua mente. Ele engoliu em seco e mordeu com força o lábio inferior até conseguir sentir o sabor do sangue no interior da sua boca. Louis não queria pensar naquilo, pois apenas sentia uma enorme raiva a crescer dentro do seu interior e ele não queria isso. Quanto mais aquelas coisas permanecessem num recanto escondido da sua mente, melhor.
Louis apenas parou de andar quando chegou ao beco onde costumava vender a droga, ainda ninguém se encontrava lá, por isso ele encostou-se contra uma das paredes e retirou do bolso das calças o seu maço de tabaco. Retirou um cigarro do seu interior e uns segundos depois este já estava por entre os seus lábios. Ele inalou o fumo, deixando-o no interior da sua boca durante uns míseros segundos e depois expeliu o mesmo, fazendo o fumo misturar-se com a escuridão que o rodeava. Ele limitou-se a concentrar a sua atenção no cigarro que estava a fumar e por isso nem sequer se apercebeu da chegada do seu cliente, isso apenas aconteceu quando este tossiu, de maneira a chamar a atenção de Louis.
- Desculpa o atraso. – ele pediu, quando se aproximou do rapaz de olhos azuis. Este limitou-se a encolher os ombros e retirou depois de ambos os bolsos das calças os pequenos saquinhos repletos de droga. O outro já estava com o dinheiro na mão e rapidamente eles fizeram a troca.
- Quando precisares de mais, já sabes. – Louis piscou o olho e deixou um sorriso bailar por entre os seus lábios. O outro assentiu com a cabeça e no instante seguinte já estava a caminhar para fora daquele lugar.
Louis nunca queria muita conversa com os seus clientes, nem conversa nem confiança com eles. Apenas estava interessado em vender-lhes a melhor droga que eles poderiam comprar e o resto não lhe interessava para nada. Aquilo não passava de um negócio, onde era preciso separar as coisas. Amigos de um lado e clientes do outro. Não é que Louis tivesse muitos amigos, ele sentia que não precisava de ninguém. Preferia estar sozinho do que mal acompanhado e além disso, as pessoas acabavam sempre por o apunhalar pelas costas, quer fossem amigos ou não. E no mundo das drogas eram raras as pessoas em quem realmente se podia confiar. Louis sabia disso muito bem, pois já muitas vezes o tentaram enganar, mas felizmente ele era bastante inteligente e tinha já tantos conhecimentos neste negócio que era difícil alguém o conseguir enganar. E quem o tentasse fazer, acabava por nunca ter muita sorte, pois Louis não era pessoa de ficar de braços cruzados.
O seu cigarro estava já terminado e por isso ele deixou a ponta do mesmo cair ao chão, pisou-o com o pé e virou costas àquele lugar começando dessa forma a abandonar o beco.
Parou de forma repentina quando um ligeiro barulho chegou aos seus ouvidos e do nada Harry surgiu à sua frente. Percebeu como o rapaz vinha com medo, ou algo desse género, pois Harry vinha praticamente a andar aos tropeções e tinha o rosto ligeiramente virado para trás, como se estivesse com medo de estar a ser seguido por alguém. Louis esticou uma mão para frente embatendo esta contra o peito de Harry para impedir que este fosse contra ele.
Harry virou rapidamente o seu rosto para a frente e afastou-se para trás, dando um pequeno salto.
- Merda, merda, merda. – ele praguejou repetidas vezes, tentando controlar a sua respiração que estava agora toda descompassada devido ao susto que tinha apanhado.
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Criminal || larry
FanfictionLouis sempre lidou com o Mundo corrompido em que vive, a violência, a corrupção, a manipulação, a desigualdade, a falsidade, sempre estiveram presentes na sua vida. Contudo, ele desde muito cedo foi habituado a lutar contra tudo isto, crescendo e lu...