13.

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Já se tinham passado dois dias desde que Louis tinha dado o pequeno cartão com o seu número de telemóvel a Harry, com o pedido para depois lhe ligar. Porém o tempo ia passando e não havia ainda nenhuma chamada do rapaz de olhos verdes. Louis perguntava-se o porquê de Harry ainda não ter ligado e a única possibilidade que lhe passava pela cabeça era o outro ter perdido o cartão com o seu número.

Ele deixou o seu corpo cansado cair sobre o sofá e de imediato os seus olhos fecharam-se, contudo uns segundos depois ele foi despertado do seu leve sono pelo toque estridente e irritante do seu telemóvel. Ainda pensou em ignorar a chamada e tentar dormir um pouco mas, nesse mesmo instante apercebeu-se de que poderia se Harry e então rapidamente se levantou do sofá e pegou no telemóvel que estava meio esquecido na pequena mesa que se encontrava no hall de entrada do seu apartamento.

- Sim? - ele perguntou assim que o seu dedo deslizou pelo ecrã do iPhone. Ele torceu mentalmente para que do outro lado da linha estivesse Harry, até porque a chamada era de um número que ele não conhecia e por isso ele tinha quase a certeza de que era o outro rapaz.

- Louis? - a voz de Harry fez-se ouvir, num tom ligeiramente nervoso, como Harry estava em muitas das vezes em que eles se encontravam nos becos daquela cidade. Se bem que com o passar do tempo Harry ia-se mostrando cada vez mais descontraído quando estava na presença de Louis. Talvez fosse pelo fato de já se terem encontrado demasiadas vezes.

- Sim, sou eu. - o rapaz respondeu e sentou-se novamente no sofá, deixando a sua cabeça cair para trás para ficar apoiada contra a parte de trás do sofá. - Pensei que já não ias ligar. - ele acabou por acrescentar.

- Oh, eu não sabia onde o cartão estava. Só hoje é que o voltei e encontrar. - Harry disse e Louis percebeu que a sua suposição estava correta.

- Não faz mal.

- O que é que querias falar comigo? - Harry questionou logo de seguida sem disfarçar a curiosidade que estava naquele momento patente no tom da sua voz.

Isso fez com que Louis se risse um pouco.

- E porque é que te estás a rir? - o de olhos verdes voltou a questionar depois de ouvir as pequenas gargalhadas que chegavam aos seus ouvidos.

Louis mordeu o lábio e a sua expressão alterou-se por completo quando ele voltou a recordar-se do motivo de tudo aquilo. Era tudo menos algo que servisse para rir.

- Eu preciso de falar contigo, mas é algo que não da para falar por telemóvel por isso, será que podes vir a minha casa para falarmos? - ele questionou, nem sequer pensando na possibilidade de falarem num dos becos, visto que o mais certo era um dia destes Harry voltar lá. Porém, sabia também que os becos não eram o lugar adequado para falar sobre aquele assunto, por isso a sua casa era a melhor das opções disponíveis.

- Hm sim, claro. - Harry respondeu depois de uns segundos em silêncio. - Mas sobre o que é?

- Não sejas curioso, Harry. - Louis disse. - Depois verás. Podes vir hoje? Agora? - ele perguntou.

- Sim, eu vou. - e nem era preciso ele ter dito isto para Louis saber que seria esta a resposta. Ele conseguia perceber no tom de voz de Harry o quanto ele estava curioso com tudo aquilo.

- Sabes onde é a minha casa certo?

- Sim Louis. Eu já estive aí.

- Sim, claro. - Louis assentiu com a cabeça mesmo que o outro não estivesse ali para ver o seu gesto. - Vem para cá então, eu estou à tua espera. - ele não deu tempo a Harry de responder e desligou logo a chamada, atirou o seu telemóvel para cima do sofá ao seu lado e voltou a recostar a sua cabeça contra as costas do mesmo.

Criminal || larryWhere stories live. Discover now