Aqueles beijos apenas duraram mais uns breves minutos, visto que Louis acabou por se afastar de seguida. Ele saiu de cima do rapaz de olhos verdes e sentou o seu corpo sobre o sofá. A sua respiração estava completamente descompassada e ele podia ver que acontecia exatamente o mesmo com o outro.
A cabeça de Louis continuava numa completa confusão já que ele continuava a não saber o que se estava a passar com ele. Porque é que ele tinha beijado Harry? Porque é que o tinha beijado mais do que uma vez? Mas acima de tudo, porque é que gostava de o beijar e só queria voltar a fazê-lo?
- Louis... - Harry começou a falar.
- Não digas nada. - o rapaz cortou-o e levantou-se de seguida do sofá. Não queria falar sobre aquilo, não naquele momento em que ele não sabia o que responder ao que quer que fosse que Harry pudesse perguntar. Ele apenas sabia que precisava de se afastar de Harry e de tudo o que o rapaz estava a fazer com ele.
Louis caminhou para fora da sala, dirigindo-se ao seu quarto e deixando o outro sozinho.
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Passaram-se mais dois dias, entretanto os arranhões que Harry tinha no rosto já estavam a começar a desaparecer e o rapaz sabia que tinha sido devido à pomada que a mãe de Louis tinha usado no seu rosto. As dores que existiam no seu corpo também já tinham desaparecido e o rapaz de olhos verdes começava a sentir-se muito melhor.
Louis continuava estranho com ele, tentando manter-se afastado e tentando evitar as conversas que Harry pretendia ter sobre os beijos que tinham dado. Porém apesar disso, à noite Louis acabava sempre por dormir com Harry, arranjando sempre maneira de se manter próximo dele. Os beijos não tinham voltado a acontecer, mesmo que muitas vezes eles estivessem prestes a voltar a beijar-se.
O negócio das drogas andava bastante parado, ou melhor, Louis é que não andava a dar-lhe muita importância, passando os dias em casa com Harry e colocando os outros a fazer o seu trabalho.
Harry suspirou e deixou o seu corpo cair sobre a cama de Louis. Mesmo que passassem os dias a não fazer nada, quando a noite chegava isso não impedia que ele se sentisse cansado. Contudo ele tinha passado aquele dia a tentar ajudar Louis a arrumar tudo o que podia. Já que o outro o tinha deixado ficar ali aquele tempo todo ele tinha de retribuir esse favor de qualquer forma.
Puxou as mantas para trás, não se querendo tapar visto que estavam agora em pelo verão e portanto não estava frio nenhum. Ele olhou de canto para Louis quando este andou até junto da cama e se deitou também na mesma, virado de lado e dessa forma de frente para Harry.
- Posso fazer-te uma pergunta? - começou Harry a falar depois de algum tempo em que os dois ficaram em silêncio.
- Claro. - o outro murmurou, deixando os seus olhos azuis focados nos verdes de Harry.
Ele tinha começado a reparar mais nas feições de Harry nos últimos dias. No quanto o seu rosto era bonito, parecia que todos os traços estavam no sítio certo. E os seus olhos, bem os seus olhos talvez fossem a parte preferida de Louis. Aquele verde, que em certos momentos era mais claro e em outros mais escuro. Vários tons de verde que se misturavam criando uma tonalidade perfeita. E os lábios de Harry, os quais Louis também tinha começado a reparar com mais atenção. O quanto pareciam suaves só de olhar e a imensa vontade que ele sempre tinha de os beijar.
- No dia em que me...beijaste... - Harry começou a falar – interrompendo os pensamentos de Louis - com cuidado e com receio de que Louis fosse fugir aquele assunto. - Quando foste embora depois disso, onde é que estiveste? - ele perguntou num tom de voz baixo.
Harry tinha pensado muitas vezes nisso e a curiosidade fazia-o sempre ter vontade de perguntar.
- Estive num bar... - Louis murmurou de forma baixa e desviando os seus olhos dos de Harry. Manteve o seu olhar baixo enquanto continuava a falar, agora mais rápido, deixando que as palavras se fossem atropelando umas às outras. - Eu fui a um bar, cheguei perto de uma rapariga qualquer e beijei-a para tentar esquecer o nosso beijo e, talvez, para me tentar convencer de que queria beijar uma rapariga ao invés de te querer beijar a ti.
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Criminal || larry
Fiksi PenggemarLouis sempre lidou com o Mundo corrompido em que vive, a violência, a corrupção, a manipulação, a desigualdade, a falsidade, sempre estiveram presentes na sua vida. Contudo, ele desde muito cedo foi habituado a lutar contra tudo isto, crescendo e lu...