Harry ignorou a voz de Zayn quando este voltou a chamar o seu nome e limitou-se a transpor os enormes portões que separavam a sua casa da rua. Ele já não sabia o que fazia, todos os seus atos naquele momento eram consequência da droga que estava ainda presente no seu organismo. Nunca num estado normal ele teria beijado Zayn num lugar público pois sabia que o outro não queria isso. Nunca no seu estado normal ele, praticamente, imploraria ao amigo para o deixar beijá-lo e nunca no seu estado normal ele deixaria Zayn a falar sozinho depois de lhe mostrar o dedo do meio.
Harry não fazia ideia de que horas seriam, mas com certeza era já bastante tarde e portanto tentou ter todo o cuidado do mundo ao entrar dentro de casa, de maneira a fazer o menor barulho possível. Rapidamente tentou chegar ao seu quarto e assim que isso aconteceu ele fechou a porta atrás de si e deixou o seu corpo cair sobre o colchão macio e confortável da sua cama. Sentia-se completamente cansado agora que toda a adrenalina tinha abandonado o seu corpo. Os seus olhos já dificilmente se mantinham abertos e portanto de forma atabalhoada ele descalçou-se e despiu a T-shirt e as calças de ganga que cobriam o seu corpo. Aconchegou-se na cama mantendo as mantas afastadas do seu corpo visto estar uma noite bastante quente e por entre pensamentos confusos e sem qualquer sentido ele acabou por adormecer.
::::::::::::::::::
Assim que saiu dos becos, Louis entrou no seu carro e conduziu até ao bar onde sabia que os seus amigos se encontravam naquela noite. E claro que ele não estava errado, assim que entrou naquele estabelecimento completamente lotado de corpos humanos, ele logo vislumbrou Brenton assim como outros dos seus amigos. Os seus olhos reviraram-se quando ele viu que todos eles estavam acompanhados de uma rapariga qualquer. Provavelmente eram umas pobres coitadas renegadas por todos, menos por eles que se contentavam com qualquer uma. O rapaz caminhou até ao balcão, depois de chamar um dos empregados que estava por trás deste, ele pediu uma bebida forte para si. Assim que esta lhe foi servida, uns minutos mais tarde, Louis voltou-se para a multidão e avançou em passadas largas até ao local onde os seus amigos se encontravam.
- Louis! – exclamou Brenton, já mais animado do que o normal, devido às grandes quantidades de álcool que ele devia já ter bebido. – Pensava que já não vinhas. – ele acrescentou.
O rapaz de olhos azuis sentou-se num dos sofás vagos e encolheu ligeiramente os ombros.
- Tive umas coisas para fazer antes. – disse simplesmente e de imediato levou o copo aos lábios, sentindo de seguida a bebida descer pela sua garganta. Fez uma pequena careta ao mesmo tempo que sorria ligeiramente.
O outro nada mais disse deixando-se distrair de novo, não só pela rapariga que estava ao seu lado mas também pela bebida que tinha no seu copo.
Os olhos de Louis focaram-se nas pessoas que estavam ali, com o objectivo de se divertirem como se não houvesse amanhã. Era isso que as pessoas faziam em lugares como aquele, divertiam-se, fugiam das rotinas, esqueciam os problemas. Louis voltou a beber um pouco mais da sua bebida, sentindo-se por momentos aborrecido. Ele levantou-se quando o seu copo ficou vazio e dirigiu-se novamente ao bar para pedir uma outra bebida. Com o copo de novo cheio o rapaz voltou a sentar-se no lugar onde tinha estado até àquele momento.
Os ponteiros do relógio iam-se movendo, de forma mais lenta do que Louis desejaria. Ele poderia ir para casa, ele sabia disso, mas não estava com vontade também. Não lhe apetecia deitar-se numa cama vazia a olhar para o nada enquanto a sua mente era assolada por tudo.
- Louis! – a voz de Brenton chegou aos seus ouvidos algum tempo depois, e pela maneira como ele estava a falar Louis apercebeu-se de que já estava a ser chamado à muito tempo, contudo a sua distração tinha-o impedido de estar atento a quem quer que fosse que decidisse falar com ele.

YOU ARE READING
Criminal || larry
Hayran KurguLouis sempre lidou com o Mundo corrompido em que vive, a violência, a corrupção, a manipulação, a desigualdade, a falsidade, sempre estiveram presentes na sua vida. Contudo, ele desde muito cedo foi habituado a lutar contra tudo isto, crescendo e lu...