Capítulo Quarenta e Oito

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— Como isso aconteceu? — pergunta Louis.

— Um zumbi com uma faca... — diz Niall. — Fui me defender com a mão e ele me atacou.

Louis nos encara por um momento, depois olha para um dos garotos.

— Os leve de volta para o condomínio. — Fala Louis.

Então, o homem se aproxima. Seu rosto é iluminado pela luz que sai de um enorme buraco do telhado. Consigo vejo o homem melhor agora. Ele tem a barba negra, olhos e cabelos castanhos.

Deve ser um motorista.

— Boa sorte para vocês! — diz Louis. — E dirija rápido para o condomínio, Rodrigues.

O homem barbudo balança a cabeça, afirmando.

Ele corre. Agradeço Louis e corro atrás de Rodrigues. Niall e Mandy me acompanham. Mandy e Rodrigues iluminam o local com suas lanternas.

Viramos em uma curva e corremos para as escadas rolantes quebradas. Mas antes mesmo que pudéssemos colocar um pé naquela escada, Rodrigues para do nada e nós quase o atropelamos.

Ele aponta para onde está iluminando. Lá em baixo, onde as escadas acabam, três zumbis andam lentamente, rodeando o local. Rodrigues começa a iluminar os lugares ao redor daqueles três, e mais zumbis vão aparecendo. Lá em baixo está lotado deles.

— Eles não se incomodam com a luz? — pergunta Niall.

— Não, eles mal a notam. — Diz Rodrigues.

Será que são cegos? Ninguém nunca lá no condomínio descobriu se os zumbis conseguiam nos ver ou não. Eles podem apenas sentir nosso cheiro e ouvir nossa respiração.

— Vamos, tem outra escada, por aqui!

Ele levanta a arma e aponta pra outro caminho. O feixe de luz da sua arma ilumina algumas passarelas. Que estão cheias de zumbis.

— Droga! — diz Mandy. — E agora?

Pego uma flecha e ajeito no arco. Já me preparando para o caso de termos que lutar.

— Podemos voltar? — pergunta Niall.

— Se você quer ser devorado, fique a vontade — responde Rodrigues. — Acha que os zumbis não ouviram o tiroteio que nós estávamos?

— Esses não — digo, me referindo aos zumbis que estão lá embaixo e os que estão nas passarelas.

— Ouviram sim, mas estão marcando território. Eles são mais espertos que vocês pensam. São as armadilhas para quem vier correndo para cá. — Explica Rodrigues.

Não sabia que zumbis poderiam fazer isso. Nem que poderiam ser tão inteligentes. Eu pensava que eles só tentavam nos matar, não que faziam planos para nos matar.

Talvez eles ajam igual a animais. Pensam igual a animais. Mas são impossível de ser domesticados.

— O que faremos? — pergunta Niall.

— Não sei... — diz Rodrigues.

De repente, um som vem de lá debaixo. Rodrigues aponta sua arma para lá, iluminando o local. Os zumbis agora estão olhando para nós, furiosamente.

Eles nos perceberam.

— Corram para a passarela e atirem em tudo que for alvo! — fala Rodrigues.

Então, ele dispara em um dos zumbis que lá embaixo. Corro, já puxando uma flecha na corda. Entramos na passarela e corremos desesperadamente por ela.

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