Cap. 14: Talvez incerto

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-Eu nunca serei como a Saphira.- disse eu.

-Eu espero que não...

Dizendo isto, Eric aproximou-se de mim e beijou-me.

Correspondi ao beijo mas rapidamente me arrependi. Aquilo não estava certo: Eric era casado e tinha um filho. Por mais que me custasse, tinha de fazer o que era correto. Deixei de o beijar, afastei-me dele e disse:

-Eu não posso...

Eric nem me deixou terminar de falar...rapidamente disse:

-Desculpa, eu...desculpa.

Assim que disse a última palavra, levantou-se e saiu a correr. O que mais me apetecia era correr atrás dele mas...sabia que não podia. Eric não me amava a mim...amava Saphira. Fiquei ali, no campo de flores, sentada e a conter a vontade de correr atrás de Eric...Mas não podia.

***

No dia seguinte
Levantei-me ainda o sol não tinha nascido. Não sabia as horas, uma vez que na época medieval ainda não eram utilizados os típicos relógios de pulso. Eric não me tinha ido acordar, pelo que pensei que ainda era cedo e que ainda não se devia ter levantado.

Fiquei no quarto a ver o sol nascer através da janela. Esperei, durante bastante tempo, que Eric me fosse chamar mas tal não aconteceu.

-Se calhar adormeceu.- disse eu tentando convencer-me de que ele ainda estaria na cama, mesmo sabendo que era mais provável estar-me a evitar.

Saí do quarto e vi Esmeralda a passar no corredor com Andrew. Andrew rapidamente me veio dar um grande abraço. Dei-lhe um beijo e peguei-o ao colo. De seguida, perguntei a Esmeralda:

-Esmeralda, sabe-me dizer onde está o Eric?

-O papá já saiu. Na verdade, nem o pequeno almoço tomou comigo: só me deu um beijo e saiu.- disse Andrew ainda ao meu colo.

-O menino Andrew tem razão. Ele estava apressado de manhã. Ia preparar o seu treino para depois a senhora poder treinar com a Zio.- disse Esmeralda.

-Espera, ele não me vão ajudar a treinar?- disse eu.

-Não sei senhora, tem de falar com ele.- disse Esmeralda.

-É isso que eu vou fazer.- disse eu pousando Andrew no chão.

Andrew agarrou a minha mão e disse:

-Não vais tomar o pequeno almoço comigo?

-Não posso, amor.- disse eu.

-Está bem. Mas promete-me que vens a tempo do jantar. Quero jantar contigo. Prometes?- disse Andrew fazendo beicinho.

-Prometo.- disse eu dando-lhe um beijo na testa.- Até logo meu amor.

-Até logo, mamã.- disse Andrew dando-me um abraço.

Fui até ao estábulo, peguei em Amadeu e fui até ao rio.

***

Quando lá cheguei, Eric e Zio ainda lá estava e havia vários objectos de vários tamanhos espalhados pelo chão. Assim que Eric olhou para mim, deu um beijo na cara de Zio e disse-lhe:

SaphiraOnde histórias criam vida. Descubra agora