Cap. 15: Certamente errado

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Olá. Neste capítulo, e nos que se seguem, será a Heaven a falar. Caso volte a fazer mais algum ponto de vista do Eric (como foi o Bónus do Cap. 14) avisarei antes. É tudo por hoje. Boa leitura e espero que gostem. Beijos, Lu.

Já tiveram aquela sensação de que o que estão a fazer é o certo mas vos parece tão errado? Já alguma vez tiveram um momento constrangedor em que ninguém fala e não querem ser vocês a quebrar o silêncio? Já alguma vez sorriram quando o que mais vos apetecia era gritar? Já? Então já sabem como têm sido os meus dias com o Eric. Desde a nossa conversa que temos andado estranhos. Concordámos em ser amigos, no entanto, afastamo-nos cada vez mais. Nunca mais pude sorrir quando ele está por perto, desabafar com ele ou simplesmente chamá-lo de "imbecil". Sinceramente, nunca mais voltamos a falar desde a última conversa que tivemos.

Aqui estou eu, duas semanas depois da "conversa do ano", a olhar para uma mesa coberta de livros antigos que estão, pouco a pouco, sendo lidos por Andrew.

-Senhor Petrácio ajudou a da...dama a descer do seu..."Coché"...- lia Andrew.

-A descer do seu coche.- corrigi eu dando ênfase à última palavra.

-...a descer do seu coche.- continuou Andrew.- A "cenoura"...senhora Bennett a...grade...ceu, agradeceu a "guentileza"...

-Agradeceu a gentileza.- corrigi eu.

-Agradeceu a gentileza e disse que o senhor era um grande ca...va...lei...ro, cavaleiro.- continuou ele.

-Um grande cavalheiro.- corrigi eu.

Ele sorriu e repetiu:

-Cavalheiro...

Estávamos ambos a rir quando Eric entrou na sala. Eu calei-me e Andrew foi a correr até ele.

-Papi!!!- gritou Andrew correndo para o colo de Eric, que sorriu e o pegou ao colo.- Eu e a mamã estivemos a ler.

-Ai sim. E como correu?- disse Eric.

- Não muito bem. Mas à próxima será melhor.- disse Andrew.

-Verás que sim. Agora, achas que posso falar um pouco com a mamã?- disse Eric.

-Sim. Eu vou experimentar a roupa para o baile de amanhã.- disse Andrew.

-Muito bem. Até logo.- disse Eric dando um beijo a Andrew e pousando-o no chão.

Ele imediatamente correu para fora da sala e fechou a porta.

-Então, do que queres falar?- perguntei eu.

Ele fez sinal para que eu me calasse, colocando o indicador à frente dos lábios. De seguida, dirigiu-se à porta e abriu-a, fazendo com que Andrew, outrora encostado à porta, se desequilibrasse e desse um passo em frente.

-E a roupa, ficou boa?- disse Eric.

-Desculpa pai...- disse Andrew.

Eric pegou no filho e ergueu-o no ar, rodando-o de seguida.

-As conversas de adulto não são para crianças.

Eric continuava a rodá-lo e Andrew sorria e dava gargalhadas. Pareciam felizes.

-Agora.- disse Eric pousando Andrew no chão.- E que tal se tu fosses ter com a Esmeralda e exprimentasses a roupa enquanto eu falo com a mamã?

-Está bem.- disse Andrew saindo da sala e percorrendo o corredor.

Eric fechou a porta e começou a falar:

-Então, sabes que o nosso Reino não é o único que existe, não sabes?

-Presumi que sim.- disse eu.

-Apesar de haver mais reinos, o nosso é o único portador de magia e, por esse motivo, somos os responsáveis pela segurança dos Reinos circundantes. Como somos os únicos a ter magia...- disse Eric.

-Somos os únicos atormentados por Rubi.- disse eu.

-Exato. Se os outros povos soubessem que uma das nossas guardiãs se revoltou contra nós, deixariam de confiar em nós... O caos espalharia-se. Então decidimos esconder isso dos outros Reinos.

-Muito bem. E porque me estás a contar isto?

-Todos os anos fazemos um Baile onde juntamos as famílias reais dos outros reinos. Para manter a farsa, decidimos fazê-lo este ano...Pelo que preciso de um favor teu.

-Muito bem, qual?

-Nós ainda não dissemos que Saphira morreu, pelo que todos pensam que ela ainda está viva. Preciso que amanhã...- disse ele. Respirou fundo e depois disse muito rápido.- Preciso que finjas ser a Saphira, a minha amada e mãe de Andrew, durante o Baile de amanhã.

Eu ri-me.

-Qual é a piada?- disse Eric.

-Espera, estavas a falar a sério?- disse eu.

-Sim.- disse Eric. De seguida, ajoelhou-se no chão e abriu uma caixa com um anel. Depois disse.- Então, aceitas ser a minha amada esposa por um dia?

Olá. Lamento por o capítulo ser pequeno mas agora com a escola não tenho muito tempo. Tentarei que o próximo seja maior. Espero que gostem do capítulo. Beijos, Lu. :D

SaphiraOnde histórias criam vida. Descubra agora