Cap. 25: O Rapto

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-Então, deixem ver se eu entendi, tu não és a Saphira, és uma reencarnação?- disse Nora.

-Qualquer coisa desse género.- disse eu.

-Lamento mas, não te posso dar o que precisas.- disse Nora.- Eu prometi a Saphira que só lho entregaria a ela...Lamento.

-Não percebe, sem isso nós não temos como a recuperar.- disse Eric exaltando-se.

-Acalma-te.- disse eu.- Assim não vamos conseguir nada. Senhora Nora, compreenda-me...Eu em parte sou a Saphira.

-Sim, isso é verdade.- disse Nora.

-Então, em parte, você não está a transgredir a regra que Saphira lhe deu.- disse eu.

-Isso também é verdade.- disse Nora. De seguida olhou para Andrew.- Vejo que cuidou do menino.

-Claro.- disse eu compondo-lhe o cabelo.- Nem podia ser doutra maneira.

Andrew sorriu para mim.

-Lamento menina...- disse Nora.

-Heaven.- disse eu.

-...menina Heaven...mas não posso.- concluiu Nora.- Seria falar com a minha palavra a Saphira.

-Compreendo.- disse eu.- Mas espero que saiba que eu não vou desistir. Seria falar com a minha palavra...

Nora sorriu.

Há duas coisas que prezo muito na vida: a verdade e a palavra. Ambos grandes símbolos de lealdade. Eu respeitava a palavra de Nora, mas também prometi a Andrew e Eric que traria Saphira de volta- planeava cumprir a promessa.

-Bem, é melhor irmos.- disse eu.-Obrigado pela hospitalidade senhora Nora.

Estava a despedir-me de Nora quando povo berros vindos da rua. Corria até à porta e saí à rua, percebendo de imediato o motivo lá alvorada.

-Eric, leva o Andrew para dentro.- disse eu.

-Nem penses que te vou deixar aqui.- disse Eric.

-Leva-o!- gritei eu.

Era pegou em Andrew que se debatia para ficar comigo. Estava para entra dentro de casa quando a porta de fechou fim tanta força que fez um estrondo. Eric ainda a tentou abrir, mas em vão. Posou Andrew no chão e colocou-o atrás das costas.

-Voltamos a encontrar-nos?- disse uma voz que me era bastante familiar.

Uma forma feminina começou a mostrar-se por detrás do nevoeiro de pó que se havia levantado do chão com o rebuliço. Não tardou muito até o nevoeiro baixa mostrando a pele pálida, os cabelos negros e as festas vermelhas.

-Rubi!- disse eu.

-É bom saber que não te esqueceste de mim.- disse ela.

As guardiãs, que entretanto tinham chegado, colocaram-se a meu lado, uns passos atrás, seguidas dos homens que tinham vindo connosco.

-Então, acontece o seguinte; estava a ver-me ao espelho e percebi que me faltava algo...- disse Rubi.

-Beleza? Bom senso? Bondade? Lealdade? Honestidade? Gratidão? Altruísmo?- disse eu.

-Não...Um colar.- disse Rubi.

-Eu não sou a melhor pessoa para dicas de moda.- disse eu.

-Hm...que sentido de humor. Onde está o Amuleto de Saphira?- disse Rubi.

-Não o tenho.- disse eu.

-Onde está? - berrou Rubi.

-Não sei.- disse eu serenamente.

-Muito bem.- disse ela sorrindo.- Tens dois dias para o devolver.- disse ela.

-Se não? - provoquei eu.

Ela sorriu e disse:

-Estava a ver que não perguntavas.

Numa questão de milésimos de segundo, ela passou por nos e tirou Andrew de Eric. Parecia um flash de luz que passou por nos a grande velocidade.

-Se não me entregares o Amuleto ele paga.- disse Rubi.

Eu desatei a correr até o local onde ela estava mas quando me aproximei, ela esvaneceu-se no ar, levando consigo Andrew.

Em desespero, ajoelhei-me no chão enquanto, entre lágrimas, soluçava:

-Eles levaram o Andrew...Eles levaram o meu filho...

Senti uns braços quentes agarrarem-me firmemente à volta da cintura. Apenas disse:

-Eric, ela levou o nosso filho...

Olá leitores. Este recado é para avisar que a história "Saphira" está quase no final. Espero que estejam a gostar. Em breve publicarei outro. Beijos Lu.

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