Capítulo 4

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Meu corpo paralisa e meu raciocínio se confunde.

Eu: Muka?

Muka: Oi, priminha.

Eu: O que você está fazendo aqui?

Muka: Meus pais viajaram e sua mãe fez questão de que eu viesse passar um tempo aqui. Gostou?

Eu: Você só pode estar de brincadeira. Por quanto tempo?

Muka: Você sempre é amarga assim? -disse dando um sorriso. Que sorriso lindo.

Eu: Vai ficar aqui por quanto tempo, caralho?

Muka: Não sei, ignorante.

Eu: Sai do meu quarto.

Ele saiu com um sorriso sarcástico no rosto e eu fechei a porta imediatamente. Me joguei na cama e coloquei o travesseiro em meu rosto.

Muka é meu primo, disso todo mundo sabe. Vivi com ele minha infância toda e não foi a melhor das experiências. Ele sempre foi o centro das atenções e éramos inimigos declarados. Um tentava ferrar o outro o tempo inteiro mas no fim nada dava certo e os dois acabavam ficando de castigo. Lembro perfeitamente de que éramos muito arteiros quando crianças, nossos pais nos colocaram em um tal de acampamento de verão, foi horrível. Não pra todas as crianças, que viviam e tinham relações normais com seus coleguinhas. Mas era horrível pra mim, que sempre era passada pra trás por culpa do muka.

Acho que essas mágoas do passado não tem nada a ver com o hoje. Prefiro deixar isso pra trás, até porque ele ta um deus grego.

Espero que ele tenha mudado um pouco. Nós dois sob o mesmo teto não vai dar coisa boa. Nunca deu.

O toque do meu celular me tira de meus pensamentos. Era a bella.

Sms on:

Bella: Você tá convidada pra festa.

Eu: A dona da festa me convidou?

Bella: Sim.

Eu: Ótimo. Até amanhã.

Bella: Até, miga.

Sms off.

Essa notícia me animou. Fazia algum tempo desde a minha última festa.

Fiquei pensando em coisas felizes e peguei no sono. Os próximos 3 dias da semana passaram rápidos. Muka, por enquanto, estava agindo como uma pessoa normal.

Enfim sexta-feira chegou. Resolvi que não iria na escola hoje. Até porque acordei meio tarde pra isso.

Ouço alguém bater na porta. Justo de manhã? Inferno.

Eu: Entra. -disse ainda meio grogue.

Vejo muka entrando e fechando a porta logo em seguida, ele anda até a cadeira em frente a mesa do computador e se senta me encarando.

Eu: O que você quer? -digo me sentando e ficando de frente pra ele.

Muka: Sua mãe mandou eu vir te chamar, ela disse que se você não foi na escola, vai ter que ir fazer compras comigo.

Só o que me faltava. Da última vez que fiz isso fomos expulsos do mercado.

Eu: HA HA HA. Vai você ou vou eu.

Muka: Fala isso pra sua mãe.

Eu: Falo sim. Agora sai do meu quarto, preciso me arrumar, ou você é cego?

O Idiota do meu primoOnde histórias criam vida. Descubra agora