Me espreguicei na cama e sentei ainda de olhos fechados. Eu precisava ir ao banheiro urgentemente. Levantei depressa e trombei com alguém. Eu sabia quem era. Uma grande ansiedade cresceu em mim e eu não sabia como controlar.
Muka: Pelo jeito você ja está melhor.
Eu: É. Um pouco. -disse firme.
Desviei dele e entrei no banheiro, trancando a porta logo atrás de mim. Fiz minhas higienes e saí. Mesmo não querendo olhar para aquela carinha perfeita.
Muka: Sua mãe te contou que vamos nos mudar terça?
Eu: Sim.
Eu sei que estava estúpida mas era meu nervosismo. Eu sabia que se ficasse com ele por muito tempo não ia me segurar.
Sabia que iríamos acabar fazendo o que não deveríamos.
Muka: Que hora você pode sair?
Eu: As 20:00 eu acho.
Muka: Nossa. De amanhã?
Eu: De hoje.
Muka: Então pode se ajeitar porque ja são 19:50. -disse olhando em seu celular.
Caramba como o tempo podia passar tão rápido dentro de um hospital? Eu tentaria entender se não estivesse atrasada. Como sempre. Me arrumei e sentei na cama. Só faltava o médico me dar alta e pronto.
Alguns minutos depois...
Doutor: Kamilla?
Eu: Sim?
Doutor: Você já pode ir.
Muka: Ela não vai ganhar algum medicamento?
Nem falar eu posso.
Doutor: Ah é. Eu ja ia me esquecendo. Ela vai ter que tomar um comprimido por 2 dias. Está tudo explicado na receita.
Muka: Beleza. Vamos kami?
Eu: Claro. -coloquei minha mochila nas costas e peguei a receita com o médico. Em seguida saímos e em questão de minutos já estavámos em casa. Me virei pra abrir a porta do carro, estava louca pra tomar um banho mas muka segurou meu braço.
Eu: Qual foi muka? Me solta.
Muka: Essa é a kamilla que eu conheço.
Eu: Ta. Agora desgruda.
Muka: Não sem antes uma coisa...
Eu: Oq...
Não pude terminar a frase, ele me puxou e colou seus lábios carnudos nos meus. Eu sabia que aquilo não era certo mas também sabia que se íamos morar sob o mesmo teto, não ficaríamos apenas observando um ao outro. Seria uma vida nova, sem ninguém pra mandar ou desmandar. A parte ruim era minha melhor amiga. Eu não queria deixar ela aqui. Mas algo me dizia que a gente ia se encontrar de novo e não iria demorar muito.
Acordei para realidade quando senti que minha blusa estava sendo tirada.
Ele é rápido.
Eu: Aqui não. -ajeitei minha roupa.
Muka: Por que?
Eu: Não sou qualquer uma.
Muka: Mas eu nem disse nada.
Eu: E precisa? Sei que não sou eu que ia estrear esse seu banco.
Muka: Isso é verdade.
Mas é um cara de pau mesmo.
Saí do carro e fui direto pro meu quarto. Do quarto pro banheiro, do banheiro pra cama e da cama...
Eu: Sai daqui, você tem a SUA cama no SEU quarto.
Muka estava deitado ao meu lado novamente. Ele amava me esperar deitar e depois invadir meu espaço pessoal. Confesso que não era ruim.
Muka: Para kah. Eu sei que você quer o mesmo que eu.
Eu: Nossa como ele é convencido. -debochei.
Muka: Quer apostar?
Eu: Não.
Muka: Viu kah. Me deixa cuidar de você, me deixa te amar mais e mais a cada dia. Eu só preciso de uma chance e prometo que nunca mais vou vacilar com você.
Suspirei. Eu não sabia o que falar. Eu queria dar uma nova chance a ele mas e se eu saísse decepcionada de novo?
Eu: Eu... tenho medo.
Muka: Mas medo do que, princesa?
Eu: De sofrer.
Muka: Mas eu não vou te fazer sofrer kamilla, vamos ser felizes. Eu prometo.
Eu: Tudo bem. Eu confio em você.
Muka: Quer fazer alguma coisa?
Eu sabia que essa frase tinha duplo sentido.
Eu: Hoje não, ta? Amanhã temos que arrumar as malas e estou cansada.
Muka: Como quiser.
Eu: Você pode dormir aqui, se quiser.
Muka: Ok. Boa noite.
Eu: Boa noite, muka.
Me deitei em seu peito e fechei os olhos, era ótimo dormir ali, no calor de seu corpo. Eu me sentia segura com seu cafuné.
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O Idiota do meu primo
Подростковая литератураKamilla é uma adolescente skatista e rebelde, de 16 anos, que tem sua vida jogada de pernas pro ar após a chegada de seu primo em sua casa. Essa visita pode ser tanto boa quanto ruim. Até porque, ter um primo lindo e popular morando em sua casa não...