Capítulo 35

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Me espreguicei na cama e sentei ainda de olhos fechados. Eu precisava ir ao banheiro urgentemente. Levantei depressa e trombei com alguém. Eu sabia quem era. Uma grande ansiedade cresceu em mim e eu não sabia como controlar.

Muka: Pelo jeito você ja está melhor.

Eu: É. Um pouco. -disse firme.

Desviei dele e entrei no banheiro, trancando a porta logo atrás de mim. Fiz minhas higienes e saí. Mesmo não querendo olhar para aquela carinha perfeita.

Muka: Sua mãe te contou que vamos nos mudar terça?

Eu: Sim.

Eu sei que estava estúpida mas era meu nervosismo. Eu sabia que se ficasse com ele por muito tempo não ia me segurar.

Sabia que iríamos acabar fazendo o que não deveríamos.

Muka: Que hora você pode sair?

Eu: As 20:00 eu acho.

Muka: Nossa. De amanhã?

Eu: De hoje.

Muka: Então pode se ajeitar porque ja são 19:50. -disse olhando em seu celular.

Caramba como o tempo podia passar tão rápido dentro de um hospital? Eu tentaria entender se não estivesse atrasada. Como sempre. Me arrumei e sentei na cama. Só faltava o médico me dar alta e pronto.

Alguns minutos depois...

Doutor: Kamilla?

Eu: Sim?

Doutor: Você já pode ir.

Muka: Ela não vai ganhar algum medicamento?

Nem falar eu posso.

Doutor: Ah é. Eu ja ia me esquecendo. Ela vai ter que tomar um comprimido por 2 dias. Está tudo explicado na receita.

Muka: Beleza. Vamos kami?

Eu: Claro. -coloquei minha mochila nas costas e peguei a receita com o médico. Em seguida saímos e em questão de minutos já estavámos em casa. Me virei pra abrir a porta do carro, estava louca pra tomar um banho mas muka segurou meu braço.

Eu: Qual foi muka? Me solta.

Muka: Essa é a kamilla que eu conheço.

Eu: Ta. Agora desgruda.

Muka: Não sem antes uma coisa...

Eu: Oq...

Não pude terminar a frase, ele me puxou e colou seus lábios carnudos nos meus. Eu sabia que aquilo não era certo mas também sabia que se íamos morar sob o mesmo teto, não ficaríamos apenas observando um ao outro. Seria uma vida nova, sem ninguém pra mandar ou desmandar. A parte ruim era minha melhor amiga. Eu não queria deixar ela aqui. Mas algo me dizia que a gente ia se encontrar de novo e não iria demorar muito.

Acordei para realidade quando senti que minha blusa estava sendo tirada.

Ele é rápido.

Eu: Aqui não. -ajeitei minha roupa.

Muka: Por que?

Eu: Não sou qualquer uma.

Muka: Mas eu nem disse nada.

Eu: E precisa? Sei que não sou eu que ia estrear esse seu banco.

Muka: Isso é verdade.

Mas é um cara de pau mesmo.

Saí do carro e fui direto pro meu quarto. Do quarto pro banheiro, do banheiro pra cama e da cama...

Eu: Sai daqui, você tem a SUA cama no SEU quarto.

Muka estava deitado ao meu lado novamente. Ele amava me esperar deitar e depois invadir meu espaço pessoal. Confesso que não era ruim.

Muka: Para kah. Eu sei que você quer o mesmo que eu.

Eu: Nossa como ele é convencido. -debochei.

Muka: Quer apostar?

Eu: Não.

Muka: Viu kah. Me deixa cuidar de você, me deixa te amar mais e mais a cada dia. Eu só preciso de uma chance e prometo que nunca mais vou vacilar com você.

Suspirei. Eu não sabia o que falar. Eu queria dar uma nova chance a ele mas e se eu saísse decepcionada de novo?

Eu: Eu... tenho medo.

Muka: Mas medo do que, princesa?

Eu: De sofrer.

Muka: Mas eu não vou te fazer sofrer kamilla, vamos ser felizes. Eu prometo.

Eu: Tudo bem. Eu confio em você.

Muka: Quer fazer alguma coisa?

Eu sabia que essa frase tinha duplo sentido.

Eu: Hoje não, ta? Amanhã temos que arrumar as malas e estou cansada.

Muka: Como quiser.

Eu: Você pode dormir aqui, se quiser.

Muka: Ok. Boa noite.

Eu: Boa noite, muka.

Me deitei em seu peito e fechei os olhos, era ótimo dormir ali, no calor de seu corpo. Eu me sentia segura com seu cafuné.

O Idiota do meu primoOnde histórias criam vida. Descubra agora