Capítulo 34

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Domingo, 07:30.

Bel: Mas quando minha filha vai poder ir pra casa?

Doutor: Bom, o estado dela não é grave mas infelizmente ela só vai ser liberada amanhã a noite.

Eu estava fingindo que estava dormindo e eu fingia muito bem. Meu acidente de skate tinha sido o pior de todos que ja passei. Ouvi os médicos falarem que se o dono do carro que tinha me atropelado não tivesse prestado socorro, o negócio pra mim teria ficado pior. O médico saiu da sala e percebi que minha mãe havia sentado nos pés da cama.

Eu: Buuuu! -dei um susto nela.

Bel: Ai menina! Quer matar sua mãe do coração?

Eu: Calma, também não é pra tanto senhora exagerada.

Ela riu e me deu um forte abraço. Eu ja tinha esquecido de como era bom ganhar um abraço dela.

Eu: Que horas são?

Bel: Quase 8:00.

Eu: Como você soube que eu estava aqui?

Bel: O muka me contou. Ele estava la perto quando você se acidentou.

Eu: Ah. O muka. -revirei os olhos.

Bel: Para de ser mal agradecida. Logo logo vocês vão morar juntos.

Eu: Juntos? Nem pensar.

Bel: Quer mudar de país com ele e morar em apartamentos separados?

Eu: É.

Bel: Nem pensar senhorita kamilla. Eu e seu pai estamos indo a uma viagem de negócios hoje e já vamos aproveitar e deixar tudo pronto pra vocês lá.

Eu: Nossa mãe. Mas é rápido demais.
E a escola?

Bel: Você vai começar a faculdade lá. Mas não se preocupa, isso não é assunto pra agora.

Eu: Ok!

Bel: Eu espero que você e o muka passem a ter uma relação melhor.

Eu: Tudo bem. Quando vamos pra la?

Bel: Terça.

Eu: QUE? Você ficou doida?

Bel: Não. Mas também não quero que as coisas fiquem pra última hora. O apartamento ja vai estar ajeitado, terça é um bom dia pra irem.

Eu: E você ja falou com o muka? Por que aposto que ele não vai gostar nem um pouquinho dessa história.

Bel: Falei sim e ele topou.

Droga. Garoto idiota.

Eu: Tudo bem. Eu vou pro Brasil assim, toda esfolada. Sem problemas.

Bel: Ah para de bobeira. Foram só alguns arranhões.

Eu: Sim mãe. Eu estou internada e foram só arranhões. Podia ter morrido.

Bel: Para de falar besteira. Vou ligar pro muka.

Eu: Vai ligar pra quê?

Bel: Pra ele vir aqui ficar com você.

Eu: Não precisa. Sei me cuidar.

Bel: É obrigatório um acompanhante.

Droga. Droga. Mil vezes DROGA.

Eu não estava achando ruim o fato de ir morar com o muka e nem dele ter que ficar no hospital comigo mas eu amava ele e seria tentação demais ver ele e não poder toca-lo. Eu sabia que não conseguiria.

Eu: Mas você já vai?

Bel: Sim. Daqui a pouco ele chega. Se cuida, ok? Deixem as malas arrumadas segunda porque o vôo é terça as 06:00 da manhã. Seu pai disse que as passagens e os passaportes estão no seu quarto em cima da cama.

Eu: Mãe, eu vou sentir saudades. -algumas lagrimas caíram de repente.

Bel: Ai, filha. Eu e seu pai também vamos. Lgo vamos nos ver de novo ok?

Sei que era meloso demais mas eu nunca tinha me sentido assim, com toda essa adrenalina no sangue.

Eu: Ok.

Bel: E você não vai estar sozinha, o muka vai estar com você.

Eu: Mas não é a mesma coisa.

Bel: Você se acostuma e isso foi escolha sua. Agora preciso ir.

Demos um abraço apertado e vi ela sair. Saber que vamos estar em países diferentes daqui alguns dias me deixava tão insegura.

Deitei e fechei meus olhos, eu não estava afim de ver muka chegar. Apenas queria abrir os olhos e ver ele sentado ao meu lado.

O Idiota do meu primoOnde histórias criam vida. Descubra agora