6 dias depois...
Sexta, 3:08.
Eu: Eu vou ir dormir.
Muka: Fica aqui comigo mais um pouco.
Eu: Não. Boa noite, muka.
Eu queria ficar com ele mas eu realmente não estava me sentindo bem nos últimos dias. Desde a nossa última transa eu não me sentia a mesma pessoa. Andava vomitando muito e não estava comendo quase nada. Muka, é claro, não sabia. Eu não queria incomodar ele, ainda mais agora que ele parecia estar feliz da vida por estar morando sozinho. Ou melhor, comigo. Eu já havia pensado no fato de ser uma gravidez mas não gostava muito da ideia. Até porque eu tinha apenas 16 anos. Queria curtir a vida e não ficar em casa cuidando de um bebê. Não que eu não quisesse ter um mas só acho que estava cedo demais pra isso.
Arrumei minha cama e deitei de barriga pra baixo, era o melhor jeito que eu tinha achado pra dormir. Pena que naquela noite não tava dando certo. Minha barriga doía e eu tinha que dormir de lado. Fechei os olhos e pensei na possibilidade de estar grávida do muka e no quão bom isso seria. Eu estava decidida e queria fazer o teste de gravidez no dia seguinte.
Sabado, 15:08.
Eu ainda estava deitada quando lembrei do teste. Levantei e fui tomar um banho. Eu passava a mão na barriga sempre que estava embaixo da água e algo me fazia sentir bem.
Saí do banho enrolada na toalha e coloquei um vestido azul soltinho e confortável, acompanhado de uma rasteirinha preta. Fiz um rabo de cavalo no cabelo e saí do quarto.
Muka: Onde você vai assim tão linda?
Eu: Vou ir resolver umas coisas. Não demoro. -mandei um beijo no ar pra ele, peguei minha bolsa e saí. Chamei um taxi e mandei ele me levar até o banco mais próximo. Meus pais tinham me mandado dinheiro, já que ainda não estávamos trabalhando. Paguei o taxista e entrei no banco. Peguei o cartão e retirei o dinheiro da máquina. Era tudo mais prático no Brasil. Guardei na bolsa e caminhei pelas calçadas da cidade. Estava procurando uma farmácia e não demorou muito pra achar. Fui até ela que por sorte estava vazia e me dirigi até o balcão, onde estava uma moça baixinha e que parecia amigável. Seu nome pelo o que eu havia lido em seu crachá, era bruna.
Bruna: Olá. Posso ajudar?
Sim, ela podia. Eu só não fazia ideia de como pedir aquilo.
Eu: Oi. Eu queria um daqueles testes de grávidez.
Bruna: Ok, só aguarda um minutinho que eu vou buscar.
Fiquei escorada no balcão por uns 2 minutos e ela voltou com uma caixinha na mão. Me explicou como funcionava e eu agradeci. Paguei e quando ia sair ela me chamou.
Bruna: MOÇA!!
Eu: Oi? -me virei para encarar quem me chamava.
Bruna: Você quer fazer o teste aqui Posso te ajudar.
Me ajudar? Em um teste desse? Como assim?
Eu: Melhor não. -sorri fraco.
Bruna: Não... não ajudar nesse sentido -ela riu e corei na hora- eu te ajudo depois que você fizer o teste.
Eu: Ah sim. Claro. Pode ser.
Tentava controlar minha vergonha mas era impossível. Eu não sabia onde enfiar minha cara. Ela me levou até o banheiro e de lá pra frente era eu e Deus. Li as indicações e modo de usar na parte de trás da caixa e fiz o que pedia. Queria que tudo tivesse dado certo. Chamei a moça para mostrar o que indicava no teste e ela leu e sorriu de orelha a orelha pra mim.
Bruna: Parabéns, mamãe. Você está gravida.
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O Idiota do meu primo
Teen FictionKamilla é uma adolescente skatista e rebelde, de 16 anos, que tem sua vida jogada de pernas pro ar após a chegada de seu primo em sua casa. Essa visita pode ser tanto boa quanto ruim. Até porque, ter um primo lindo e popular morando em sua casa não...