O Idiota do meu primo

Capítulo 22

Seis dias depois...

Sexta, 13 de novembro.
20:30 da noite.

É, os dias passam rápido por aqui. Tudo que consigo fazer é passar meu tempo sentada embaixo de uma árvore, longe das pessoas, o dia todo.

Isso me conforta. Ficar longe das pessoas agora me conforta, sendo que a dias atrás, eu odiava passar sequer um minuto sozinha. Pensava que cada minuto ao lado das minhas amigas era sagrado. Hoje tenho a impressão de que as coisas não são mais assim. Andei pensando e as pessoas são tão inúteis e superficiais.

Todos tão apressados e estressados. Em que droga de mundo eu vivo? A mesma resposta sempre martela minha cabeça, vivo em um mundo que grafite é crime mas corrupção é arte. Onde pessoas desmatam árvores pra fazer placas avisando pra não desmatar. É tudo meio louco.

Agora estou sentada aqui, no meu canto e louis está se aproximando.

Louis: Vamos?

Eu: Já? -digo e abaixo a cabeça.

Louis: Sim. Você vai gostar.

Eu: Vou gostar do que? -ele se senta ao meu lado, abraçando os joelhos.

Louis: Sabia que você é uma das meninas mais interessantes que vi por aqui?

Eu: Por que acha isso?

Louis: Você é...

Eu: Problemática?

Louis: Pensativa.

Eu: Ah ta.

Louis: O que se passa nessa mente turbinada?

Eu: Tanta coisa.

Louis: Conta?

Eu: Tem psicólogos aqui?

Louis: Não. Por quê?

Eu: Você vai precisar de um depois que eu contar o que penso.

Louis: Não deve ser tão ruim assim, kamilla. Você é uma garota inteligente, rodeada de amigos, aposto que é uma ótima aluna na escola. Tem uma boa familía. Qual o problema?

Eu: O problema não sou eu, são as pessoas.

Louis: O que há de errado com elas?

Eu: Tudo.

Louis: Melhor voltarmos. Por favor, não demore. -assenti e ele saiu. Hoje é sexta-feira 13 e dia de fogueira. Eles realmente se superam nessas fogueiras. É bem legal.

Monitora: Todos deitados? Então, boa noite! -disse e se deitou.

Eu realmente não estou confortável em saber que todos os alunos desse acampamento estão no mesmo espaço que eu. Não contei essa parte, mas todos dormimos em um grande pavilhão as vezes, por que os "tios" arrumam os quartos.