Oito

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            Depois de levar Kenna, James e Astra até o quarto preparado para eles, com um berço e com todo equipamento para um bebê, estava levando minha mãe, Gerad e May para o quarto deles. Que apesar de ter três camas, era gigantesco. Havia perguntado pra minha mãe se ela gostaria de ter um quarto apenas pra ela, porém, com a morte recente do meu pai, ela preferia não ficar sozinha.

            Mary e Justin, o mordomo de Maxon, que eu havia visto apenas algumas vezes na sala de jantar, estavam esperando no quarto, prontos para acompanharem meus irmão e evitarem, se possível, que eles destruíssem o castelo. Mary teve a ideia de leva-los para fazer um tour pelo castelo, o que eu não sabia se era bom, pois assim nenhum iria se perder, ou ruim, porque teriam confiança em andar sozinhos por ai.

            Assim, eu e minha mãe logo ficamos sozinhas no quarto. Nunca tivemos uma relação tão boa quanto eu e o meu papai, mas estava na hora de conversarmos.

            Ela admirava as roupas dos cabides, comentava sobre as costuras enquanto eu me sentava em uma das camas.

— Mamãe, eu queria agradecer à senhora, por ter me obrigado a me inscrever no concurso. Nada disso estaria sendo possível se a senhora não tivesse colocado pressão em cima de mim pra enviar aquele formulário — ela sorriu, ou fez o melhor possível para sorrir. Veio até a cama e sentou perto de mim.

—Eu realmente estava pensando que você ia fazer alguma besteira só pra ele te mandar embora... — ela disse com uma cara culpada, porém com os olhos cheios de lágrimas. —Eu te julguei mal. Quando soube de você e Aspen, entendi melhor. – concordei com a cabeça.

— Eu realmente gostava dele. Mas agora... Eu sinto como se fosse da família. Não era com a mesma intensidade que é com Maxon.

—Ele gosta de você, de verdade. Eu sei, porque tive isso com o seu pai. Você contou pra ele, não é? — minha mãe indagou. Me remexi na cama, desconfortável.

— Ele sabe. Não foi muito agradável à maneira que ele ficou sabendo, tanto que quando subimos no palco naquele dia, estava certo que seria Kriss. Mas aí aquela loucura aconteceu, e bom, ele levou um tiro por mim. — minha mãe ficou assustada.

— Meu Deus, America. Você estava mais segura na nossa casa do que aqui, com todos esses soldados!

— Ah, falando em casa, antes que me esqueça! – falei me levantando, e indo pegar o quadro que estava sobre a cômoda. — Presente de Natal.

            Ela pegou o retrato, analisou por um tempo a foto daquela casa maravilhosa.

— Bom, ela fica á poucos minutos daqui, e May e Gerad terão seus quartos separados...

           Ela ficou ainda mais assustada. Acho que este era um recorde para o número de vezes que minha mão havia expressado tantos sentimentos diferentes no rosto.

A Escolhida - Continuação de A EscolhaOnde histórias criam vida. Descubra agora