Quatro

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           Após comer algumas frutas, percebi que esta com mais fome que imaginava.
           Sai da cozinha. Ainda tinha bastante gente no Salão, mas agora não passava de criados limpando o lugar.
           Fiquei perdida. Sem saber aonde ir ou o que fazer. Pensei por um momento: eu precisava me ajeitar. O vestido cortado e sujo que eu usava não era adequado. Perguntei para uma garota pequena. Que estava de joelhos no chão, juntando pedaços do vidro da janela.
— Com licença? — eu disse colocando a mão no seu ombro. Ela se assustou e deu um pulo.
            Se virou devagarinho, e quando viu meu rosto, seus olhos brilharam.
— Meri! — gritou Paige e me abraçou. Deixando todo o vidro cair no chão, e se espatifar. Eu a abracei de volta. Era bom ver que ela estava feliz e sendo bem cuidada. Uma pessoa com um coração bom como o dela merecia muito mais.
            Ela se deixou levar assim por alguns minutos. Até que ficou desconfortável.
— Oh! Me desculpe. Isso é inadequado!— ela sussurrou. Me largou. — Quer dizer... Sim, senhorita.
— Você não precisa me chamar assim! Apenas não deixe ninguém saber da onde nos conhecemos. — eu sussurrei em seu ouvido. Ela concordou com a cabeça.
— Sabe onde esta Mary? — eu lhe perguntei. Ela concordou novamente, e me puxou pelo braço para o lado oposto da cozinha.
           Pelo visto ela não era boa com segredos. Parecia que estava a beira de espalhar o ocorrido para todos, e por isso não mencionou nenhuma palavra. Mesmo sob as minhas perguntas.
 

          Descemos uma escada que eu nunca havia reparado que existia. Era escura, e seus degraus eram feitos de uma pedra áspera. As poucas luzes que iluminavam o lugar, piscavam.
           Muitas criadas transitavam por ela, quase sempre carregando tecidos e potes com botões. Mas claro! Aquele só podia ser o atelier do palácio!
           Paige me arrastou até um cantinho do comodo. Eu não consegui ver muita coisa, já que a eletricidade era limitada. Vi um alto manequim com um vestido vermelho vivo tomara-que-caia. No lado oposto uma pilha de tecidos beges, e do lado uma grande arara com cabides.
           Eu estava de frente para uma grande estante, que cobria a parede toda. Nela havia muitos vestidos pendurados. Foi então que uma sombra negra se mexeu, e de repente um feixe de luz surgiu.
           Uma lanterna acesa no rosto de Mary, iluminou todo o cômodo, e percebi que era muito maior que eu imaginava. Cheio de máquinas de costura e manequins.
— AH! — ela gritou me assustando.
— Como sabia que eu viria? — eu disse. Ela não ficara ali no escuro o tempo todo, certo?
— Não sabia. Mas é legal assustar todo mundo...
           Um silêncio se fez então. Mary, de repente fez uma cara como se lembrasse de algo. Ela desligou a lanterna, e tudo ficou escuro. Ouvi o som de seus passos.
           Procurei pelo chão a lampada, e quando a encontrei, Mary já havia voltado. Ela carregava um cabide não mão, e nele uma grande roupa. Pomposa.
— Eu tenho uma surpresa. Só vou lhe mostrar se prometer usa-lá!
— Eu prometo. — falei, a curiosidade era maior.
           Ela tirou a capa da roupa, e então me revelou um vestido branco, GIGANTE.
— Isso, isso é um... — gaguejei
— Sim, um vestido de noiva! — ela exclamou entre sorrisos.

A Escolhida - Continuação de A EscolhaOnde histórias criam vida. Descubra agora