Estava na minha última prova do vestido. As medidas já estavam acertadas, e agora era só para ver o resultado final, quando maquiagem e cabelo estivessem feitos.
Não exagerei nas joias, já que aquele não era meu estilo, mas investi em brincos longos, dourados, que iriam combinar perfeitamente com a coroa. Meu cabelo estava em um meio preso, com alguns cachos. Duncan disse que parecia uma cascata ruiva.
Usava sapatos de salto, brancos, sem fivelas. O vestido já era um pouco diferente daquele que Mary havia me apresentado. Havia evoluído para algo muito mais parecido comigo.
A maquiagem apenas ressaltava meus melhores traços, e o batom era um pouco mais escuro com o que eu estava acostumada. Minha mãe me ajudou com o véu, que era longo e escorria pelo piso brilhante do Salão das Mulheres.
Eu estava pronta. Aquela seria a armadura que me ajudaria a enfrentar o dia mais feliz da minha vida.
Além de mim, outras pessoas estavam experimentando seus trajes, como minha irmã mais nova, que parecia uma fada com seu vestido de babados, e Marlee, que seria a minha madrinha, e estava com um vestido cor de vinho, que ressaltavam seus cabelos.
Minha mãe era a realeza em pessoa, que nem se reconheceu quando se olhou no espelho. Chorou um bocado, e não parava de dizer que aquele vestido deveria ser mais caro que a nossa casa.
Alias agora a casa dela era outra, e ela estava muito feliz com a casa nova. Já havia ido lá rapidamente, e amou completamente. A casa tinha oito quartos, e parecia uma mansão. Os móveis eram de madeira escura, um pouco antigos, mas clássicos. O jardim era maravilhoso, e Gerad correu até cansar. Aquela casa seria o futuro cenário de muita felicidade.
Seymour, mordomo de Maxon, ajudou Silva a selecionar algumas flores para montarem o buquê. Além daquelas que faziam parte da decoração, ele colocou um pouco de cor, combinando com o traje de Maxon.
Nos últimos dias eu havia recebido muitas cartas de pessoas que eu nem conhecia, mas que me conheciam. Porém, enquanto eu avaliava a pilha daquele dia, vi um nome que me chamou a atenção: Kota. Ele basicamente estava reclamando por eu não tê-lo convidado para o meu casamento. Ele até havia me parabenizado pela vitória, e havia argumentado que era meu irmão e deveria estar presente. Gostaria de saber se meu casamento fosse em Carolina, com alguém de uma Casta baixa, ele teria se dado ao trabalho de ir.
Nunca iria descobrir.
Decidi responder, eu ia ser melhor do que ele: ia dar uma chance. Assim, escrevi:
"Kota, estou lhe enviando um convite para meu casamento. Não serei como você, que abandona a família ao melhorar de vida. Atenciosamente, America"
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A Escolhida - Continuação de A Escolha
Romance#RaposaDeOuro #ConcursoTheBest ***Capítulo NOVO aos sábados, as 18hrs*** Após um período agitado no jovem pais Illéa, e na vida da Selecionada da Casta Cinco, América Singer, os dias de paz chegam... América que, após perder seu pai, ser...