Capítulo 11

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Nina Novaes.

Sabe aquele ditado "querer não é poder"? Então.

Embora a minha maior vontade era dizer "sim, Alex, vamos agora pra sua casa", eu não podia. Não iria ser nada legal ir embora no carro de Alex, ainda mais com Paola de carona. Tinha o Will, a Sofia, o Celo... É, eu tinha que dizer não.

E além do mais, eu tinha uma leve impressão que estava sendo fácil demais com esse cara. Tá, tudo bem que qualquer uma é fácil demais com esse cara em específico, mas eu nunca fui assim. Não seria com ele que eu mudaria, certo?

Certo.

- Acho melhor não, Alex...

- Como é?

- Meus amigos estão aí, eu preciso voltar com eles. E tem a Paola no seu carro também.

Um outro fato muito importante. Ele tinha trazido a Paola para cá, ele não merecia a minha presença em sua cama essa noite.

Espero, de verdade, que a Paola também não mereça. Argh.

- Que se dane a Paola! Eu quero você, anjo... - ele sussurrou perto da minha boca, me envolvendo em seu braços novamente. Droga, Alex, não faça isso! Fechei os olhos irritada, tentando me concentrar em ser menos fraca.

- Desculpa, Alex - pedi, ainda de olhos fechados, sentindo seus lábios roçarem meu queixo. - Quem sabe outro dia.

- Você é quem sabe, anjo. Sabe o que está perdendo... - oh, como eu sabia! Dei uma risada fraca e selei nossos lábios, não deixando se intensificar.

- Tenha uma boa noite, doutor. E se eu ficar sabendo que você comeu a chiclete da Paola, eu juro que te...

- Opa, opa... - me interrompeu com um sorriso brincalhão nos lábios. - As cobranças já começaram? Lembra que você me pediu "só sexo"? - comprimi os lábios, constrangida. Por que eu estava tão preocupada se ele ficaria ou não com a Paola?

Porque ela era uma vaca e queria muito jogar na minha cara que ficou com ele mesmo depois dele me conhecer. Era por isso que eu estava tão preocupada.

- É verdade. Então se você quiser ficar com ela, que fique - dei de ombros, tentando parecer indiferente, mas ele deu risada ao perceber minha falha tentativa. - Mas sei que vai ser em mim que vai pensar.

Selei nossos lábios novamente, mas dessa vez permiti que ele aprofundasse o beijo, parecendo querer me consumir por inteira com apenas um beijo. Aquele beijo.

- Acho que você está virando egocêntrica igual a mim, anjo - ele diz com um sorriso nos lábios, me olhando nos olhos. Mas no segundo seguinte ele já está deixando uma trilha de beijos até minha orelha, para sussurrar: - Mas pode ter certeza que você não vai me sair da cabeça.

O jeito que ele fazia tudo aquilo, era tão dele, tão Alex, que eu chegava a pensar se algum dia eu ficaria com outro homem tão bom quanto Alex (se é que me entendem). E esse pensamento me assustava bastante.

Não precisava ficar me lembrando a cada segundo o quão atraente Alex é. E não digo apenas fisicamente... Seu jeitinho irônico e engraçado era só mais um ponto positivo para esse pecado em forma de homem.

Alex foi quem saiu primeiro do banheiro, enquanto eu ajeitava minha roupa e meu cabelo. Eu estava uma bagunça! E não só fisicamente, esse era o pior.

Saí do banheiro instantes depois e todos já estavam de pé se despedindo. Aproveitei e já fui abraçando Fernanda, Miguel e Willian. Não me dei ao trabalho de falar com Paola, pois ela estava tão podre de bêbada que estava sendo quase carregada por Alex, que a olhava entediado. Fui pro lado de Celo, sob os olhares maliciosos de Sofia, que estava que não se continha para fofocar. Eu podia ver isso em seus olhos. Celo ainda terminava o conteúdo de seu copo quando me olhou.

Anjo (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora