Sim, Senhor (Completo)

Capítulo 16 - Preciso escapar

"Salve-se
Feche seus olhos
Atrevo-me a conduzir
Não desista."

Abro os meus olhos e me vejo sozinha. Vejo a luz do sol iluminando o lugar em que me encontro, não sei por quanto tempo fiquei adormecida, mas sei que deve ser manhã agora.

Estou em uma espécie de quarto. Há apenas um colchão e uma janela que me deixa saber se é manhã ou não.

Ouço um barulho na porta de ferro e me recosto junto a parede. Ele aparece com sua jaqueta jeans e óculos escuros.

Dillan.

- Sentiu minha falta, amor? - Fala enquanto esbanja seu sorriso e retira os óculos.

- O quê você pretende me pretendendo aqui, Dillan? - Pergunto irrada.

- Tirar algumas vantagens da situação. Olha gata, eu sei que o seu precioso Sebastian irá procurá-la. E logicamente não irá te achar, bem, não até que coloque uma quantia muito boa na minha conta do banco.

- Você é rico, Dillan. Que monstruoso.

Ele vem até mim e levanta o meu queixo com seu dedo, o acariciando. Afasto-me de sua carícia e ele me olha com uma expressão irritada.

- Você podia facilitar sua estadia aqui, Rosalie. Eu poderia ter me aproveitado de você. Mas eu não fiz nada, por enquanto. Me agradeça.

Dou uma risada histérica.

- Agradecer por me prender aqui e ainda querer tirar dinheiro do Sebastian? Sério?

Dillan se senta ao meu lado. Não o olho. Eu poderia socar ele, mas sei que se fizer isso agora será pior para mim.

- Sabe, gatinha. Eu sinto sua falta. Aconteceu muita coisa durante esses anos, e uma delas foi eu ter perdido toda a grana da minha família em um cassino de Las Vegas. Preciso arranjar grana, não é nada pessoal.

- E o Marcelo foi apenas mais uma peça no seu jogo? - Pergunto.

- Sim. Mas ele não mentiu quanto querer você. Sabe, gatinha você tem um corpo muito delicioso. Eu mesmo poderia fazer o que ele te chantageou agora. Adoraria me enterrar em você novamente.

Cuspo em seu rosto. Estou com medo. Mas também estou morrendo de nojo.

- Qual é a porra do seu problema, Rosalie? Adora bancar a durona, não é? Vamos ver se essa banca toda não acaba. - Dillan berra.

- Eu te odeio, odeio, odeio. - Bato no rosto dele. Dillan me olha irado e me joga no colchão com toda força. Ele se aproxima de mim e segura os meus pulsos com força.

- Se você não ficar quieta, porra, eu juro que não é só o Marcelo que vai se divertir aqui. Darei carta branca para os capangas também.

O olho pasma.

De novo não, por favor. De novo, não.