Depois de chorar muito nos braços do Paulo. Ele fazia cafuné em minha cabeça.
Você já arrumou suas malas? - perguntei baixo.
Sim - respondeu - e você arrumou as suas ? - perguntou.
Sim - falei e sorri. Depois de um tempo escutei um " filha estamos saindo" talvez agora vocês entendam o porque de eu ter pena dela.
Não sei por ela ainda insiste em me chamar de filha - falei deitando minha cabeça em seu ombro.
Mais eles já fizeram as pazes ? - perguntou o Paulo confuso.
É sempre assim, já me acostumei - falei.
Mais então, ta pronta para a nossa aventura? - perguntou rindo.
Aventura ?- perguntei rindo.
Sim aventura , iremos fugir - falou rindo.
Ta bom vizinho - falei , ficamos esperando eles descerem , enquanto olhavamos da varanda, logo vimos os dois entrar no carro e dar partida.
Peguei meu celular e em seguida a minha mala em baixo da cama.
Você me espera tomar banho? - perguntei.
Espero, vai lá por enquanto vou ficar aqui nessa cama gostosa. - falou se jogando na minha cama.
Ow folgado - falei dando uma tapa na sua bunda e correndo. Peguei minha uma roupa , uma calcinha e um sutiã e parti pro banheiro.
Tomei um banho demorado, depois do banho sai do box , visto minha roupa sem delongas. E por fim saio do banheiro, pentiei meu cabelo e passei perfume e peguei meu celular.
Então vamos?- perguntou.
Vamos - respondi ele pegou minha mala colocou na varanda do seu quarto e pulou.
Calma - falei lembrando da chave do meu quarto, vi se a porta estava realmente fechada. Peguei a chave e fechei a porta de vidro da varanda logo pulei pra varanda do Paulo que me esperava ele pegou sua mala junto coma minha, fechou a porta da sua varanda e fomos saindo do AP do paulo. Entramos no elevador , até que lágrimas caíram dos meus olhos.
Eu cresci vendo meu pai traindo e batendo na minha mãe. Cresci ouvindo gritos, choros, coisas se quebrando... Cresci ouvindo palavrões. Ouvindo que aquilo tudo era um erro, que "eu era um erro". E, sinceramente, eu me sinto assim. Um erro pra todo mundo.
Talvez se eu não tivesse nascido, minha mãe teria se livrado logo de tanta humilhação , tanto desgosto na vida dela... Hoje eu tomei coragem suficiente para arriscar e ser feliz, coragem o suficiente para deixar de respeitar regras que não me fazem nenhum bem , regras absolutamente inúteis e idiotas.
O Paulo apenas me abraçou. Saimos do elevador e fui seguindo o Paulo, ele parou na frente do seu carro abriu o mesmo, e colocou nossas malas. Entramos no carro. Ele foi dirigindo e eu fui sentada no banco em seu lado, é óbvio.
Demora pra chegar? - perguntei.
2 horas - respondeu. Assenti , foram realmente duas horas e o trânsito de SP não ajudou nem um pouco, a casa de praia ficava bem na frente da praia mesmo , um lugar lindo acredito que mais lindo ainda quando está de dia. Logo saimos do carro.
Que lugar lindo - falei olhando o mar.
Incrível né? - falou o Paulo tirando as malas dos carro.
Sim , e muito - falei sorrindo. Ele abriu a porta da garagem e colocou o carro pra dentro, a casa era enorme , tinha piscina.. Simplesmente linda. Fui levando as malas e fomos entrando, o Paulo me apresentou a casa inteira, e realmente eu estava amando, era tudo lindo.
E esse aqui seu quarto .. - falou rindo.
Agora sim - coloquei minha mala em cima da cama na mesma, e me joguei.
Preguicinha - falou sorrindo e deitando do meu lado.
Preguicinha é você ow - falei sorrindo.
Sou nada - falou rindo.
É sim e pronto - falei e sorri.
Ta bom eu sou. - sorriu - vem cá- falou levantando e me puxando pelo braço pro lado de fora.
Seu louco - falei rindo e ainda sendo puxada, atravessamos a rua e chegamos na areia da praia ele sentou e pediu pra eu sentar, logo sentei.
Eu gosto de ficar aqui pensando na vida - falou rindo e deitando em meu colo.
Eu tava com saudades de sair de dentro de casa - falei fechando os olhos, respirando fundo e sentindo aquele ar livre.
Agora você pode sair de dentro de casa quando você quiser- falou rindo.
Verdade - sorri olhando a lua.
Paulo?- falava uma menina se aproximando.
Oi Júlia - falou levantando e a abraçando. Ela estava acompanhada com um menino lindo. Continuei sentada e boiando.
Não sabia que você viria pra cá hoje - falou sorrindo e olhando pro Paulo.
É.. mais eu vim - falou sorrindo - essa é a Viviane - falou puxando minha mão e me fazendo levantar.
Prazer Júlia - falou sorrindo e me dando um abraço.
O prazer é todo meu - sorri simpática, aquele guri não parava de me fitar com os olhos.
É esse é o leo, meu melhor amigo - falou a Júlia enquanto o Léo acenava pra mim sorri e acenei de volta.
Sua namorada? - perguntou o Léo pro Paulo.
Não.. Amiga - falou o Paulo, eu morri de vergonha, senti uma coisa estranha dentro mim.
Mais então , final de semana.. só você e ela aqui..- falou a Júlia.
Isso é uma longa história - falou o Paulo. E eu aqui achando que essa garota seria legal, ela é meio ridícula.
Então conta aí - falou a Júlia.
Vou entrar OK? - falei olhando o Paulo.
Mais..- interrompi.
Não tou me sentindo bem - falei e sorri torto , logo sai andando.
Viviane -falou o Léo vindo até mim olhei na mesma.
Acho que podíamos conversar, não quero ficar aqui de vela - falou senti o Paulo meio que o encarar.
Só porque você se mostra forte não significa que você também não tenha fraqueza.
Podíamos sim mais, agora não desculpa - falei o olhando desanimada. Virei e continuei andando, entrei dentro de casa , segui pro quarto e desabei no choro. Eu não sabia o motivo, eu só queria chorar e chorar.
O Paulo vinha o tempo todo na minha cabeça, eu sinto que um sentimento maior ta tomando conta de mim.
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CONTINUA
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∆ A melhor parte de mim ∆ PAULO CASTAGNOLI
Fanfiction"Não vou perguntar por qual caminho andou até chegar aqui. Não vou questionar seus tropeços e falhas. Te aceito assim, cheia de cicatrizes profundas em seu coração. Só me deixa cuidar de você, deixa eu reavivar seus melhores sentimentos. Ainda tenho...
