Que horas são? - pergunto me sentando na cama.
02:35 - responde olhando pro celular e em seguida voltando seu olhar pra mim.
Minha nossa, eu tenho que ir - falei levantando da cama. Minha intenção era ir até a varanda, porém ele levantou puxou meu braço me fazendo olhar em seus olhos, fiquei totalmente envergonhada.
Vai sem se despedir de mim? - perguntou ainda me olhando.
Claro que não - sorri torto. - obrigada, eu amei conhecer você - falei enquanto o olhava.
Eu também amei conhecer você - sorriu e seguimos andando até a varanda.
Agora eu tenho que ir - olhei pro muro da varanda - na verdade eu tenho que pular - falei rindo ele acompanhou minha risada.
Boa noite - falou me dando um beijo na bochecha.
Boa - sorri e em seguida pulei para a minha varanda - É.. Tchau - sorri torto.
Tchau - sorriu - dorme bem.
Você também - falei sorrindo e entrando no meu quarto.
Segui pro banheiro, me despi e entrei no box. Depois de um banho demorado , sai do banheiro enrolada na toalha, desci pra ver se eles tinham chegado, mais nada.
Subi de novo, fechei a porta do quarto de chave, vesti minha calcinha e novamente coloquei a camisa do Paulo, (que me serviu de pijama) pois eu não estava conseguindo me desfazer daquele seu cheiro.. Logo em seguida deitei na minha cama tentando dormir, mas foi impossível. E por incrível que pareça eu não consegui dormir.
O Paulo vinha na minha cabeça o tempo todo e aquilo sem dúvidas estava me incomodando.
Ouvi barulhos vindo lá de baixo e com certeza eles tinham chegado, depois de muito pensar, fechei os olhos e até que consegui dormir.
Acordei com a luz do sol no meu rosto, fiquei um bom tempo deitada e rolando na cama. Sentei na mesma enquanto coçava meus olhos, fui até o banheiro, lavei o meu rosto e fiz minhas higiênes, em seguida tomei um banho e escovei os dentes. Saindo do banho, troquei de roupa e guardei a camisa do Paulo no meu guarda roupa, para não correr risco da minha mãe ou meu pai ver.
Desci pra comer algo, fui até a geladeira e peguei uma maçã. Minha mãe vinha descendo as escadas.
Gatinha tamo saindo - falou minha mãe enquanto eu dava uma mordida na maçã.
"Gatinha ? tou ouvindo bem?"
Novidade né? Tchau! - falei revirando os olhos com a voz embargada.
Garota, fala direito antes que eu meta minha linda mão no meio dessa tua cara - fala me encarando.
Aah não me venha com esses papinhos! Vai embora logo, não precisa me avisar nada não, tchau. - falei saindo de perto dela, que na mesma segurou forte em meus cabelos.
Você não acha que ta na hora de manter o respeito comigo não sua vadia ? - perguntou puxando forte meus cabelos.
Você está me machucando - gritei - e quem quer respeito, respeita os outros. Agora me solta - falei segurando em sua mão, que puxava cada vez mais forte meu cabelo.
Na mesma ela puxou meu cabelo com tudo me fazendo cair no chão. Naquele momento eu senti uma dor imensa na minha cabeça, as lágrimas já rolavam, enquanto o trouxa do meu pai descia as escadas.
Vamos logo amor - falou enquanto me olhava no chão com cara de desprezo. Levantei do chão e sai correndo pro meu quarto e bati com toda a minha força a porta. Ela em seguida veio atrás de mim e logo vi a porta abrindo novamente.
Se depender de mim e do teu pai, você morre aqui dentro! - falou dando um tapa na minha cara e saindo na mesma. Sem forças pra mais nada, eu só conseguia chorar, o choro invadiu meu quarto. Chorei muito , minha cabeça doía e o meu rosto ardia levantei e fui olhar no espelho, chorei mais ainda quando vi a marca da mão dela no rosto.
Ouvi um barulho vindo da varanda, quando olhei vi o Paulo vindo até minha direção e me abraçando forte.
Eu não aguento mais ficar aqui!- falei soluçando.
Calma..- falou sem saber o que me dizer.
Eu quero sumir desse lugar - falei chorando e jogando meu celular no chão.
Xii.. Não faz isso- falou pondo a mão nos meus lábios. Naquele instante só era possível ouvir o meu soluço dentro do quarto.
Olha pra mim - pediu levantando minha cabeça. Na mesma o olhei sem consegui conter meus soluços.
Ela bateu em você? - perguntou olhando a marca da mão da minha mãe em meu rosto.
Sim- falei respirando fundo, a raiva que eu estava me fazia tremer.
Não chora.. Fica calma, vem comigo- falou me puxando até a varanda.
Eu não posso Paulo - falei parando no meio do caminho.
Você não precisa deles pra nada, vem comigo - falou enquanto eu chorava. Não falei nada apenas o segui, ele logo pulou pra varanda do seu quarto.
Vem - pediu e na mesma eu obedeci, pulando para a sua varanda.
Minha cabeça ta doendo muito - falei enquanto as lágrimas caíam como um rio dos meus olhos.
Deita aqui - falou segurando em minha mão e me fazendo sentar na cama, logo deitei.
Já volto - falou abrindo a porta do seu quarto e saindo na mesma.
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∆ A melhor parte de mim ∆ PAULO CASTAGNOLI
Fiksi Penggemar"Não vou perguntar por qual caminho andou até chegar aqui. Não vou questionar seus tropeços e falhas. Te aceito assim, cheia de cicatrizes profundas em seu coração. Só me deixa cuidar de você, deixa eu reavivar seus melhores sentimentos. Ainda tenho...