Tamanha a dor , virei dando de cara com o paulo me encarando.
Me solta - o encarei de volta.
É isso que você quer né? Tudo bem então! - disse sem delongas mas ainda me encarando por alguns segundos , e logo soltando meu braço e saindo de perto de mim na mesma.
Segui até o calçadão da praia enquanto tirava o celular da Júlia do meu Bouço.
Quando fui desbloquear o celular da guria nem senha tinha, aproveitei e segui logo pras mensagens , que estavam todas lá.
Meus olhos começaram a lacrimejar e lágrimas rolavam pela minha face quando senti novamente alguém me puxando e apertando com toda sua força meu braço.
A lágrima desceu na mesma, quando virei..
Dei de cara com o meu pai, fiquei nervosa meu coração bateu a mil, minha vontade era não estar ali naquele momento, já sem saber o que fazer o encarei firme
Me solta - gritei fazendo todos me olharem inclusive o Paulo.
Nem morto, achou que fugindo iria adiantar alguma coisa? - disse me dando um tapa na cara ainda apertando meu braço e me puxando, enquanto um carro se aproximava.
Vi o Paulo e os meninos correndo até mim, mais já era tarde demais, um cara rapidamente abriu a porta do carro e aquele velho nojento me jogou lá dentro dando partida.
Eu ja sem saber oque fazer , meu braço doía muito , um cara tampava minha boca , olhei do vidro do carro a may e a mel choravam desesperadas com a Júlia bêbada.
Aqueles são seus amiguinhos? - disse me dando outro tapa na cara e apertando meu braço machucado.
Me solta - gritei chorando com a mão no rosto.
Seria uma boa ideia fazer contigo o que fiz com a trouxa da tua mãe - disse me dando outro tapa na cara, a dor era o horrível.
Oque você fez seu animal? - perguntei já em prantos, tá que não éramos uma família unida, (se é que podemos chamar isso de familia) mais ela era minha mãe, e por mais que ela não gostasse de mim e me odiasse com todas as suas forcas, no fundo do meu coração eu gostava dela, afinal apesar de me odiar tanto, me deu um teto pra viver, pelo menos eu sendo tão maltratada eu tava lá vivendo das suas custas, aliás apesar dela ser tão má comigo, era ela quem bancava a casa onde eu cresci e vivi quase minha vida inteira.. E eu serei eternamente grata por isso.
Aquela louca? Ta internada e acho que se você sobreviver e sair daqui viva, você vai daqui, decreto pro hospital sua merda- disse sorrindo malicioso e apertando meu braço que já estava vermelho e inchado.
Naquele momento eu chorei muito, e já em estado de choque olhei pro vidro de trás que na mesma fez aquele velho olhar.
Vi um taxi se aproximando, e lá dentro do taxi eu vi o Paulo com os meninos, inclusive o Léo - droga droga acelera caralho - disse batendo no banco da frente onde um outro cara dirigia.
Eu tentava me mexer mais cada movimento era um tapa que eu levava.
Não tinha como eu me defender eram 3 contra mim. A única coisa que eu sabia fazer no momento era chorar e pedir pra Deus me ajudar, e tirar os meninos do meu caminho..
Eu não quero que eles se machuquem por minha causa, inclusive o Paulo que colocou sua vida em risco pra fugir comigo, me dando conforto e carinho..
....
O carro ia em alta velocidade ultrapassando o sinal vermelho , eu estava com muito medo , chorando de dor e pedido pra ele soltar meu braço, mais nada dele soltar.
Até ouvimos sirenes do carro da polícia. Olhei pro lado e vi o táxi que o Paulo estava se encostando no carro onde eu estava.
Fechei meus olhos com minha boca sendo tampada e escutei os dois carros se chocarem no meio da pista.
PAULOOO - gritei chutando aquele velho e tentando tirar a mão do outro cara da minha boca. Levei outro tapa enquanto meu pai tirava uma faca de seu Bouço.
Sujou sujou - gritou o cara que dirigia enquanto dois carros da polícia nos seguiam.
Acelera essa porra - disse aquele velho, logo ele pediu pra trocar de lugar com o motorista.
Derrepente escutei um tremendo barulho.. Senti o carro e meu corpo sendo capotado por várias vezes, a dor era horrível.. Meus olhos pediam pra fechar o tempo todo..
A zoada de carro da polícia e ambulância era grande , eu só conseguia pensar no Paulo e nos meninos , com os olhos meios abertos pude ver pessoas desesperadas ao meu redor.
Paulooo - eu gritava desesperada chorando e morrendo de dor , sem conseguir mexer meu corpo, pois estava preso as ferragens.
Por favor não se mexa moça - disse um moço enquanto se aproximava.
Paulo.. O Paulo - gritei quando vi alguém se aproximando.
Eu tou bem amor. Fica calma, você vai sair logo daí..- escutei a voz de choro do paulo, olhei em sua testa que estava escorrendo muito sangue.
Eu... Eu te amo- falei chorando e com dificuldade segurando em sua mão.
Eu também te amo, não me deixa... - falou chorando desesperado e beijando minha mão, enquanto eu soluçava.
Não me deixa vih...- disse novamente e me dando um selinho.
Aquele "não me deixa vih" ficou se repetindo no meu pensamento o tempo todo.
Eu... Me perdoa - sem conseguir falar muito, eu pedi perdão pelo que fiz. Logo o policial pediu pro Paulo se afastar.
Vai ficar tudo bem ta? Confia em mim - disse me dando outro selinho e saindo enquanto escorriam lágrimas dos seus olhos, olhei pro lado e vi meu braço rocho e todo machucado , meus olhos foram fechando aos poucos.
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Continua
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Desculpem o sumisso, eu estava viajando mais já retornei. Espero que tenham gostado do cap, irei me dedicar mais , beijos.
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∆ A melhor parte de mim ∆ PAULO CASTAGNOLI
Fanfiction"Não vou perguntar por qual caminho andou até chegar aqui. Não vou questionar seus tropeços e falhas. Te aceito assim, cheia de cicatrizes profundas em seu coração. Só me deixa cuidar de você, deixa eu reavivar seus melhores sentimentos. Ainda tenho...