O Príncipe NADA Encantado (Completo)

O Trabalho

Era um dia bom e calmo em Nova Esperança.
Acordei lentamente e me levantei indo em direção ao meu banheiro e jogando água em meu rosto, olho-me no espelho do armário por alguns segundos,já é sábado.
O primeiro sábado sem Isac parecia ser difícil para mim e saber que ele estava ao lado era ainda pior,me vejo distante quando de repente meu celular começa a tocar,então saí do banheiro e fui até meu criado-mudo onde estava meu celular,peguei ele com uma das mãos e vejo que é Cadu quem me liga,logo,curiosamente atendo.
~LIGAÇÃO ON:
-Alô?!
-Oi,Vall... Liguei para que pudéssemos marcar o dia em que faremos o trabalho,para eu avisar para os outros.
-Trabalho?...Ah claro,olha Cadu,não tenho nada previsto para hoje,se der para vocês...
-Hoje tá ótimo. Em que horário e aonde vamos fazer?
-Bom,pode ser na biblioteca aqui em casa mesmo...
-Você tem uma biblioteca em casa?
-Sim. Não é nada muito grandioso mas vai nos servir bem,o ambiente é propício para isso.
-Está muito bem,me passa o Endereço e a hora por mensagem?
-Claro,já te passo. Era só isso mesmo?
-Por enquanto sim Vall,até mais tarde,beijo linda.
-Ok,tchau.
~LIGAÇÃO OFF.
Mandei uma mensagem para Cadu com o endereço e a hora e ele consentiu, marquei para as duas e meia.
Quando deu meio dia,Flora me anunciou que o almoço seria servido,então desci logo atrás dela,e sentei na cadeira de frente à mamãe,papai que chegara depois sentou-se na ponta enquanto flora trazia as últimas travessas,comemos calados,Flora cozinhava divinamente bem,o que não nos deixava perder tempo com assuntos paralelos entre as refeições, só se fosse algo importe para algum de nós. Quando serviu-nos a sobremesa,eu então comentei com mamãe que meus amigos iriam vir e nós estudariamos na biblioteca atrás do jardim,isso bastou para que mamãe ficasse pilhada em nervos,dizendo que a casa não estava apta para receber visitas e me recriminava por não tê-la avisado antes.
-Mamãe,fique calma,são só pessoas e Flora deixa esta casa todos os dias,mais do que impecável. Não há motivo para tanto.
Disse eu tentando não rir de seu desespero,ela olha para mim um pouco seria,eu paro de sorrir e ela dirige seu olhar a Flora.
-Flora,prepare algo para os coleguinhas de Vallentina,adolescentes tem uma fome que ne assusta.
Ela falou coçando a testa com dois dedos.
-Mãe, para tá bom?!
-Tá filhota.
-E não me chame assim também,por Deus!
-Tá bom filhota,não chamo mais.
Eu a olho e nós sorrimos.
-Tenho que subir mãe, daqui a pouco eles estarão aqui,preciso estar apresentável.
-Vai lá filha,use aquele vestido amarelo colarinho que eu lhe comprei,você fica tão linda nele.
Eu não respondi,apenas me levantei e fui subir as escadas, chegando ao meu quarto,resolvi pegar a primeira peça que eu vira pela frente,e coincidentemente é o bendito vestido amarelo cor de creme com rendas que mamãe tanto ama,como não queria escolher peguei ele mesmo e me vesti,penteei meus cabelos prendendo as duas mechas laterais para trás deixando o resto de meu cabelo sobre os ombros,uma sandália preta com um saltinho baixo,passei uma maquiagem leve para complementar o visual e estou pronta.
Desci e quando olho no relógio,duas e vinte e cinco da tarde,eu vou para fora da casa para esperá-los e vejo chegando Cadu e o casalzinho chiclete,como ele gosta de chama-los, comprimentei-os e pedi com que se dirigissem para trás do jardim e quando Cadu me abraçou, por suas costas vejo o Sr. Afonso e junto dele Isac, os dois com ternos e roupas bem sociais. Nunca vi Isac vestido tão formalmente assim,o meu sorriso se fechou e lancei para ele um olhar de desprezo,ele me olhava,com um olhar triste e abatido então seu pai o chamou e ele entrou para sua casa,ainda olhando para nós,pois nesse momento peguei a mão de Cadu e o conduzi para trás do jardim,assim abri a porta e eles adoraram o local,vejo um pouco à frente Jéssica chegando também,então deixei a porta aberta para que pudesse entrar,assim que entrou,fechou a porta todos já acomodados e sentados, começamos a discutir sobre o trabalho passado por Anthony.
Mas apesar da conversa estar rendendo,não me saía da memória o rosto de Isac ao me ver abraçada com Cadu,foi penoso admito,porém ele mereceu.