Capítulo 02

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O gosto daquela maldita estava inpregnado em minha boca. O cheiro dela em minha pele. A lembrança dos seios duros e de como gemia meu nome, queimou minha cabeça. Estou louco! Tenho raiva, fome e sede. Ela tinha que estar aqui agora aplacando meu desejo. Quando terminasse a mandaria embora mas antes seria minha. Arrancaria aquele sorriso debochado no seu rosto e faria gritar de prazer. Mas ela acha que pode fugir de mim. Desligar o maldito celular em minha cara. Não me conhece! Não sabe do que sou capaz. Bebi meu uísque e pensei no motivo porque deixei que me beijasse. Na faculdade tentei beijar uma garota. Não suportei o toque. Era como estar sendo subjugado novamente. Porque com ela foi diferente? O que ela tem que as outras não tinham? Poderia te-la afastado mas eu deixei que beijasse. Retribui e ela não gostou. Mas aprendo rápido. E sou um bom observador. Pedi outra dose de uísque e bebi quase que em único gole. O líquido queimou minha garganta. Olhei para mesa ao lado e uma ruiva levantou seu copo em minha direção. Seus olhar mostrou interesse. Sorriu de lado querendo seduzir. Ela não é a mulher que desejo. Mas vai servir. Mandei o garçom convida-la a sentar em minha mesa. Ela veio prontamente.
— Achei que não me daria atenção. — sorriu e tocou em minha coxa. — Esperando alguém?
— Não! — estava intediado e com raiva. — Vamos deixar os joguinhos de lado. Somos adultos e sabemos o que queremos. — aumentou o sorriso. Passou a mão em minha coxa novamente e quis afasta-la.
— O que você quer? — apertou meu pau.
— Sexo! — Queria apenas aliviar minha frustração e qualquer mulher serviria. Levantei e ela me acompanhou sem falar nada. Reservei o melhor quarto do hotel para essa noite com a Tita.
— Tire a roupa! — ela fez o que mandei. Ficou nua e tentou beijar-me mas virei o rosto. Senti a mesma repulsa de sempre. É como se meu corpo queimasse. Tentei uma última vez beijar e não consegui. Não posso! — Se veste e vai embora.
— O que? Ficou louco? — gritou. — Você me trás aqui e agora vai me dispensar?
— Vai sair por bem ou a coloco para fora do jeito que está. — vestiu a roupa e saiu. Nenhuma outra mulher será capaz de me satisfazer. Quero ela. Quero a maldita pirralha. Quero estragar seu corpo com meu toque. Peguei meu celular e liguei para o meu segurança. Não deixaria a Tita sem vigilância. Quero cada passo. — Como ela está?
— Está com uma amiga. Apenas as duas conversando. — Desliguei o telefone. Tomei banho e usei a noite para trabalhar. O trabalho era a única forma de tirar meus pensamentos dela. Não dormir e duas horas da manhã meu celular tocou. Era o Silveira, meu segurança mais confiável. Trabalha comigo a muitos anos. — Senhor Carter, ela entrou no carro com a amiga e mais dois sujeitos. Está bêbada. — levantei da cadeira e soquei a primeira parede que encontrei.
— Merda! Vai atrás e mande a localização. — Deixei a raiva fluir e não enxerguei nada em minha frente. Imaginei o filho da puta tocando nela. Beijando os lábios que são meus. Soquei o elavador antes que a porta se abrisse. Silveira ligou novamente.
— Pelo caminho, estão indo para a casa da senhora Cavalcante. Posso interferir caso tenho algum avanço?
— Sim! — peguei a chave do meu carro e dirigi para o prédio. Não me importei a velocidade ou se atravessava o sinal vermelho. Precisava chegar nela. A rua onde vive é comercial. Cercado por lojas e bares. Não é um bom lugar para uma mulher morar sozinha. Estamos falando de um prédio lotado por computadores e muitos outros eletrônicos caros. Bastava dois bandidos para arrepentar o portão e acabar com ela. Fiquei louco. Acelerei o carro e avancei outro sinal vermelho. Precisava tira-la daquele lugar. Parei um pouco afastado do prédio. Logo um carro passou por mim e parou em frente. Silveira estava logo atrás. Observei a porta do carro onde ela estava abrir. Primeiro saiu um homem e logo depois a Tita foi puxada. Ela caia de bêbada. Agarrei o volante com força. Precisava me controlar ou mataria esse filho da puta. Desci do carro e o maldito tentou beija-la. Tita virou o rosto e tentou afastar-se.
— Eu não quero... — ela gritou. Fui tomado por um ódio que a muito tempo não sentia. Puxei o filho da puta e soquei seu rosto com vontade.
— Nunca mais toque na minha mulher, porra! —cada soco fazia ele contorcer de dor.
— Porra, cara! Pode ficar com as putas. — outro vagabundo gritou de longe. Deixei um no chão gemendo e fui atrás do outro. Quebraria a cara dos dois. Parei quando Silveira me puxou.
— Caiam fora daqui — Gritei e os dois fugiram.
— Precisa cuidar dela. — Silveira falou antes de soltar-me. Tita estava encostada na parede. O corpo mole e de cabeça baixa.
— Essa luzes... Luzes... você vê as luzes? Tantas estrelas e brilham demais. — tocou meu rosto e sorriu. — Você é bonito. - desenhou meus lábios com a ponta dos dedos. — macios... Gosto de morder eles. Hummm — deitou a cabeça em meu peito.
— Que droga você usou? Merda! Olhe pra mim. —as
pupilas estava dilatadas e a respiração descompensada. — Como não viu ela usando drogas, porra? — perguntei a Silveira que segurava a outra mulher.
— Elas não usaram nada. Estavam bem, pouco antes de sair. Acho que a drogaram, senhor. — peguei a Tita no braço e ela apagou. — Descubra onde essa daí mora e a leve pra casa. Vou ficar com minha mulher aqui.
- Sim, senhor! - ele carregou a outra mulher até o carro. Como diabos entraria nesse prédio. O portão da frente só abre com uma fodida senha.
- Tita... Tita, acorde. - abriu os olhos ainda fora de si.
- Hummm o que foi?
- Como você entra em casa? - fechou os olhos e precisei chamar duas vezes. - Acorde! Como você entra em casa?
- 8495sqn...2 - cantarolou em meu ouvido. Era o maldido código. Digitei e a porta abriu. Tranquei tudo e tentei andar no escuro.
- Consegue ficar em pé? - perguntei.
- Acho que não... Talvez sim... Quer me carregar nos braços?
- Você já está no meu braço.
- Como uma noiva? Você sabia que eu tenho um vestido de noiva? Você quer ver? - Foda-se! Claro que não. Coloquei ela encostada na parede e usei a lanterna do celular para encontrar a escada. - Eu teeenho umm vesstido de noivaa. Muuito boniito. - estava cada vez pior. - Podemos transar comigo vestida de noiva. Sempre quis fazer isso.
- Vou te colocar na cama. - peguei ela no braço e subi as escadas com cautela. Um deslize e Tita poderia quebrar o pescoço.
- Jamie... você cheira a café. - cheirou meu pescoço. Ainda estava com raiva por ela está nessa situação. Imaginei tudo que teria acontecido se não estivesse aqui. Deus! Não deixaria a raiva controlar esse momento. Tita vem em primeiro lugar. Mas tudo estava guardado e tenho certeza que explodirar no momento certo. Entrei em uma sala minúscula com apenas um sofá velho e televisão. Como diabos ela vive nessa decadência.
— Preciso ficar em pé. Estou muito tooonta. Preciiso do chão. — a droga que usou não era para derruba-lá. Só a deixaria vulnerável.
— Tudo bem! Vou colocar você sentada no sofá enquanto procuro seu quarto. — deixei-a sentada e percebi um pouco de melhora em seu estado. Os olhos pareciam mais focados e a cabeça não pendia tanto. Passei pela tentativa de cozinha. A geladeira velha fazia barulho, como um motor de barco. O fogão pequeno estava ao lado de uma pia quebrada nos cantos, uma mesa de ferro branca e duas cadeiras velhas completavam o cenário deplorável. Na primeira porta estava o quarto, razoavelmente grande. O guarda roupa pequeno estava com uma das portas encostado na parede. Roupas e maquiagem espalhadas pela cama. Até mesmo a toalha molhada estava no chão. Era o caos! Organizei as roupas em uma cadeira do lado. Fiz o mesmo com a maquiagem. É como viver no lixo. Escutei uma música tocar na sala. Voltei para ver o que tinha aprontado dessa vez. Ela estava dançando sozinha. A cortina levantou e a luz da rua entrou pela fresta da janela. Seu corpo parecia um caleidoscópio. Minha mulher! Senti crescer o sentimento de pertencimento. Obsessão. Ela é minha! Minha!
— Vem dançar comigo. — Pediu. Eu estava para observar. Ver ela mexer o corpo devagar. Flutuar em sua embriaguez. Tornar-me viciado. - Adoro essa música. Você é muito sério. — cambaleou até onde estava e me abraçou. Fiquei imóvel enquanto tentava dançar.
- Não! - quis afasta-la mas não consegui e mesmo negando comecei a dançar.
- Essa é nossa música. — Tita sussurrou e foi uma sensação boa ter algo nosso, mesmo que seja uma música idiota. Segurei seu rosto e observei seu sorriso. - Toda vez que escutar vou pensar em você. encostou a cabeça em meu peito.
- Vou pensar em você também.
- Que mentiroso! - bateu em meu braço.
— Nunca vou mentir pra você. Nunca! — fiquei surpreso com minhas próprias palavras. Ela ficou na ponta dos pés e me beijou. Foi rápido e calmo. Sua boca desceu pelo meu pescoço.
- Quero chupar você. — suas mãos foram até as minhas calças. Segurei seus cabelos enquanto abria o botão e o zíper. Estava duro. A ponto de explodir. Não me recordo de ficar tão excitado assim. Tita tentou ficar de joelhos mas caiu. Gargalhou deitando no chão. Fiquei em pé com o pau duro na mão e mesmo assim não estava com raiva. Gosto de ouvir seu riso. Ela não tinha nenhuma condição para o sexo e precisava dormir. Fechei minha calça.
- Vamos deitar no quarto. - peguei- a novamente no braço e levei sem muito protesto. Coloquei a Tita sentada na cama. Deixei a porta do banheiro aberta para facilitar nossa passagem. Precisava de um banho para despertar. - Vou tirar sua roupa. Levante os braços.
- Depois... posso chupar você. Eu tenho o melhor boquete desse quarto. - começou a rir. - sabia que só chupei um cara, na vida. Eu quase me casei com ele uma vez - apertou meu nariz.
- Pare com isso.
- Se eu te chupar gostoso você vai casar comigo? Preciso de um marido rico. — Consegui retirar a blusa e o sutiã.
- Não! Você seria uma péssima esposa. Nunca me obedeceria. - alisei os seios e sorriu.
- Quer ver uma coisa legal? - levantou o seio e mostrou uma cicatriz pequena. - Eu fiz redução a um tempo. Meus peitos eram maiores que isso.
- Teria gostado deles antes. Agora vou passar meus dias pensando no que poderia aproveitar.
- Você é lindo! Subiu de posição do homem mais lindo que conheci. Tudo é tão perfeito em você. Até o que poderia ser feio em outros é lindo em você. - não me sinto a vontade com elógios. Odeio quando acreditam que sou idiota e superficial para cair nessa armadilha narcisista. Puxei a calça e a calcinha e fixei meu olhar na boceta pequena e depilada nas laterais. Ela pendeu a cabeça para frente sem fazer nengum protesto por está nua com um estranho. Novamente pensei no que poderia ter acontecido e agarrei ela com força para o banheiro. Liguei o chuveiro na água fria e ela gritou. Mantive debaixo do jato de água até seu queixo bater. Minha roupa acabou ficando arruinada no caminho. Peguei a toalha que estava jogada e enxuguei seu corpo. Nunca cuidei de nenhuma mulher que desejei foder. Era muitas primeiras vezes para um cara na minha idade. Coloquei novamente sentada na cama.
- Você esssstá adorrrando tudo, não é? - bateu o queixo com frio. Tentou ficar em pé e caiu em seguida. Os joelhos bateram no cimento e ela gemeu. Deveria te-la segurado mas desejei que tivesse um joelho esfolado, assim pensaria duas vezes antes de encher a cara e aceitar bebidas de estranhos.
- Ai, quero minha mãe. -choramingou encolhida. Estava envolvendo-me demais. Precisava sair daquela casa e deixar que se virasse sozinha. Provavelmente não era a primeira vez que bebia todas. Tenho uma bela casa e uma cama enorme e confortável me esperando mas não consegui deixa-la. Levantei a Tita com cuidado e procurei uma calcinha limpa no meio da gigante pilha de roupas.
— Jamie... minha cabeça está girando. - ela deitou na cama .
- Fique sentada que vai passar. — Tita obedeceu e tentei vestir a calcinha nela. — Levante uma perna. Isso... agora a outra. Muito bem, querida. Eu cuido de você. - nesse momento fui tomado por ela. Não me importei com mais nada. Peguei uma camiseta e vesti com mais dificuldade. Sequei os cabelos e ela encostou a cabeça em minha coxa.
- Não durma ainda. - pedi e ela se aconchegou mais. Precisei deixa-la para retirar minhas roupas molhadas. Fiquei apenas de cueca. Nesse momento não desejava estar em nenhum outro lugar. Ela precisava de mim e seria o único a cuida-la. Ninguém mais. Ela é minha agora.
- Meu estômago está doendo. Quero água. - tentou ficar em pé mas a sentei de novo.
- Fique quieta que vou pegar alguma coisa pra comer e trago água. - encostei ela na cabeceira assim não tinha risco de ficar tonta de novo. Os móveis era o reflexo da falta de dinheiro. Na geladeira não tinha nada, exceto uma garrafa de água. Procurei no armário e encontrei três biscoitos recheados, cinco pacotes de macarrão instantâneo e quatro achocolatados. Não existia comida de verdade. Por enquanto o achocolatado serviria. Pelo que vi mais cedo no escritório estava atolada em dívidas. Depois tenho que resolver isso. Voltei e ela estava vomitando no chão. Segurei seu cabelo e limpei seu rosto.
- Sinto muito. Vou limpar depois. Desculpe. Vou limpar, prometo. Prometo!
- Tudo bem. Eu cuido disso. - usei o lençol para limpar tudo. Encontrei uma sacola na cozinha e joguei tudo dentro. Levaria amanhã para o lixo. Lavei minhas mãos e usei seu perfume para tirar o cheiro horrível. - Beba um pouco desse veneno. - abri o achocolatado e ela sugou devagar com o canudo. Depois bebeu um pouco de água. - Venha aqui! - segurei ela nos braços e levei novamente ao banheiro. Lavei o rosto e fiz com que usasse antisséptico bucal. Ela estava em pleno esgotamento e dormiu antes mesmo que a deitasse. Enquanto dormia liguei para o Silveira.
- Está tudo bem com a amiga da Tita? — perguntei.
- Sim, senhor. Ela dormiu mas estou na sala, caso precise de ajuda.
- Ótimo! Preciso que providencie um café da manhã completo até as dez. Fale com a Lúcia e ela saberá o que fazer. Quando estiver aqui me avise. Vou abrir a porta lateral e quero descrição e silêncio.
- Sim, senhor.
- Passe no supermercado com a Lúcia. Tita precisa de comida de verdade. - desliguei sem precisar dar muita satisfação. Lúcia sabe o que fazer. Desci até o escritório e procurei pelos papéis que estavam aqui. Levei tudo para a sala. Paguei pelo celular o cartão de crédito, telefone e as contas de água e luz.
O problema com o banco deixaria para amanhã. Tinha contas atrasadas de IPTU e IPVA, imposto de renda, cheque especial, empréstimos com três bancos diferentes. Cuidaria de qualquer coisa que a incomodasse. Se vai ser minha amante, tenho obrigação de zelar por ela. Voltei para cama e ela já estava nua. Deus! Tentação dos infernos!

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- Trouxe tudo que gosta. - Lúcia falou baixinho enquanto arrumava a mesa. Silveira guardava as compras de supermercado sem fazer nenhum barulho. - Você nunca teve uma namorada e não sei como fazer as coisas. Devo fazer supermercado por conta própria ou ela pode enviar uma lista do que deseja? Vou trazer as frutas e legumes uma vez na semana. Posso pegar as roupas dela para levar na lavanderia junto com as suas. Deixar algumas peças em casa e trazer algumas suas para cá. Olhe o que trouxe. - me entregou uma bolsa mas não abrir.
— Tem o seu shampoo, creme de barbear, sabonete, perfume e escova de dentes.
— Ela não é minha namorada e que merda é essa? Não vou morar aqui. Não tem que fazer nada mais.
Não quero que se envolva com a Tita.
- Mas Jamie...
- Lúcia! Tita vai ser minha amante. Não vou sair em público com ela, não vou levá-la pra casa ou qualquer coisa parecido. — ela concordou e saiu depois de deixar tudo pronto.

Louca ObsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora