TitaLiguei para o Jamie assim que marquei a visita a minha mãe. Ele não atendeu nas primeiras chamadas mas retornou um pouco depois.
— O que houve agora? — Foi grosso e parecia ainda com raiva. Por um segundo pensei em desligar mas precisava dele. Queria ter seu apoio nesse momento complicado. Minha mãe não é nada fácil e dependendo do seu estado mental pode ser muito má comigo.
— Hoje tem visita na clínica e quero saber se pode ir comigo. Vai ser as 15:30. Mas se estiver ocupado...
— Vou com você. Estarei em casa depois do almoço.
— Mas está tudo bem? Você falou com o Amim? Brigaram? — Jamie não respondeu de imediato.
— Depois nos falamos. — Desligou e fiquei como uma palhaça preocupada e ansiosa.Jamie
Li tudo o que Amim investigou e estava muito superficial. Precisava de mais. Precisava saber tudo que aquela cadelinha aprontou. E precisava estar preparado para o que poderia descobrir.
— Preciso que entre em contato com aquele investigador e descubra tudo sobre a minha esposa. Quero cada detalhe de sua vida. — Falei para o Silveira. — Quero saber quem a livrou da prisão e o porque?
— Não acho que vai ser uma boa ideia. — Pouquíssimas vezes Silveira contestou as minhas ordens. Mas ele é de confiança e pode estar vendo algo que passou despercebido. Confesso que Quando o assunto é minha esposa, minha percepção é duvidosa.
— Porque não?
— Acredito que a Senhora Carter não vai mentir, caso pergunte sobre algo que aconteceu em sua vida. As poucas vezes que a vi falando com a Lúcia, se mostrou muito honesta e sem problemas para falar o que estava passando por sua cabeça. — Ele estava certo em algum ponto. Tita fala sem pensar as vezes mas até que ponto essa atitude pode ser calculada? Ela pode estar fazendo esse jogo de garota inocente até conseguir o que deseja. Mas o que ela quer? Ela tem tudo de mim. Ela sabe que estou apaixonado mas em nenhum momento utilizou dos meus sentimentos para ganhar vantagem.
— Essa é a questão. Quero comparar os fatos e ver se é apenas uma irresponsável inconsequente ou uma exímia mentirosa. Mantenha a investigação. — Tita ligou em seguida e marquei de acompanhá-la para ver a mãe. Ela nunca volta bem depois de falar com a Vitória e era necessário encontrar uma maneira de deixá-la feliz, depois que a mãe acabasse com suas forças. Tita mostra ser muito crédula e cada vez que fala na mãe os olhos brilham de admiração e respeito. Nunca entendi como funcionava a relação das duas antes do pai morrer e nas poucas vezes que conversou sobre, parecia que viviam bem e que não tinham grandes problemas. Levei minha mão na cabeça e senti a primeira pontada de dor. Merda! Precisava de um maldito analgésico. Fui para o escritório e depois de engolir um comprimido para dor, trabalhei o resto da manhã. Segui a agenda de reuniões e logo depois do almoço voltei pra casa, como prometi a Tita. Imaginei que estivesse pronta e impaciente mas a encontrei deitada na cama chorando.
— O que aconteceu? — O choro ficou mais forte e ela escondeu-se debaixo das cobertas. Fiquei apavorado sem saber o que fazer. — Querida... fale comigo e conte o que aconteceu. — Ela murmurou algo mas não entendi nada. Puxei o lençol e descobri seu rosto vermelho. — Respire fundo e fale o que aconteceu. — Ela respirou e fechou os olhos.
— Minha mãe... ela desmarcou a visita. Disse que não está pronta. Ela não quer me ver, Jamie. Ela nunca mais vai falar comigo. — Voltou a chorar como uma bebê. Queria ser bom com as palavras e saber consola-lá como se deve. Alisei seu cabelo e ela deitou a cabeça em minha perna.
— Sua mãe é uma maluca idiota. — Falei e ela levantou a cabeça para olhar-me.
— Não é verdade. Mamãe é muito gentil. Ela só está muito machucada e doente. — Sempre justificando as loucuras da Victoria. Quando a Tita vai assumir os verdadeiros problemas da mãe? Não é sua responsabilidade carregar toda culpa por algo que está fora do seu controle.
— Você também perdeu seu pai e mesmo assim está lutando todos os dias.
— Não pode comparar o luto. Cada um tem seu processo. Minha mãe passou por muitas coisas na vida e perder meu pai... — Ela limpou as lágrimas e fechou os olhos por alguns segundos. — Se tivesse conhecido os dois antes da doença... Minha nossa, eles eram extremamente felizes. Jamie, você não faz ideia de como os dois se completavam. Meu pai era tão carismático e engraçado. — Seus olhos brilhavam e seu sorriso genuíno deixou-me hipnotizado. Alisei seu rosto bonito com a pele macia. Porque amo tanto essa mulher tão complicada? Porque estou perdido nela? Estive com tantas mulheres e nenhuma cativou-me assim. Ela sorriu e a beijei. Eu sei que passaria minha vida em seus braços sem reclamar. Tita abraçou-me forte e deitei ao seu lado. Nos olhamos por alguns segundos antes que ela fechasse os olhos e encaixasse a cabeça em meu ombro. Alisei suas costas até que pegasse no sono. Minha cabeça parecia a mil e precisei sair das teias do seu abraço para arrumar a desordem em minha mente. Desci para meu escritório e ponderei o próximo passo a ser tomado em minha vida. Nunca pensei ficar tão perdido. Ela estava entrelaçada em minha alma de uma forma tão voraz. E se for tudo mentira? E se ela estiver a mando de alguém? O que vou fazer se ela resolver ir embora? Muitas dúvidas pairavam sobre minha cabeça que mal conseguia raciocinar. Mas ao menos entendi que precisava estar mais presente, como marido. Ter momentos com a Tita fora da cama. Peguei meu celular e liguei para o Felipe.
— Senhor Carter, precisa de alguma coisa? — Troquei a ligação por uma vídeo chamada e adicionei uma outra chamada de vídeo com minha assistente em Nova York. Quando os dois estavam online sentei em minha cadeira pronto para o desenrolar da minha decisão.
— Vou ausentar-me por um tempo da empresa. — Dava pra ver a surpresa no olhar dos dois. Mas Tita precisa da minha total atenção e cuidado. Estava disposto a viver meu casamento de uma maneira verdadeira e mostrar o quanto poderia ser bom.
— Ausentar? O que aconteceu? — A pergunta veio da Anikka. De todos que trabalham comigo, ela é a que mais bate de frente com minhas decisões. Ela é forte, inteligente e sem nenhum escrúpulos. Muito parecida comigo. Em um ano terei que abrir mão dos seus serviços como assistente e promove-la ou vou perde-la. E se tem uma coisa que aprendi ao longo dos anos, é manter os melhores ao meu lado e respeitar suas conquistas. Anikka ganhou meu respeito.
— Será apenas férias. Quero que avise a diretoria da minha decisão mas antes disso marque uma reunião com Carl Wireless. Como está o processo do visto da minha esposa?
— Em uma semana Tita pode ir assinar os papéis. Conversei com o embaixador que ficou muito feliz em ajuda-la. — Felipe falou demostrando novamente sua competência. Mas ao contrário da Anikka, Felipe nunca ultrapassa os limites da honestidade. É um jogador limpo. O tipo raro e leal. O tipo que pode até crescer mas vai caminhar o dobro dos outros para ser recompensado.
— Parece que temos alguém aqui que faz seu trabalho. — Falei olhando diretamente para Annika. Ela não estava feliz. — Como a minha esposa não pode entrar nos Estados Unidos, vou encontrar o Carl em outro país. Resolva tudo isso Felipe. Quero viajar em quatro dias. Você conhece os gostos da minha mulher então cuide para ser um lugar que ela vá curtir e que seja possível entrar sem visto.
— Vou cuidar de tudo. — Ele respondeu.
— Sabe quanto tempo vai ficar de férias? — Annika perguntou.
— Um mês ou dois.
— Tudo isso?! Senhor Carter, não tem condições. Estamos em negociações com a Skill e precisa...
— O que eu preciso é ter uma equipe competente. Você pediu para ficar à frente das negociações e eu permitir que mostrasse o seu valor em minha empresa. Mas se não consegue resolver uma questão simples como um visto para minha mulher, talvez não tenha competência para assumir responsabilidades maiores. — Notei o ódio inflamar nos olhos da Annika e ela engolir tudo que tinha vontade de falar. Ela queria bater de frente comigo mas sabe que não deve. Ela entende a hora de recuar antes de atacar com força. Ouvi a porta se abrir e a Tita aparecer de camiseta e calcinha. Deus, ela não tem jeito. Tita sentou em meu colo e aconchegou-se em meu peito ainda sonolenta.
— Estou em uma reunião. — Beijei o topo da sua cabeça e ela rebolou em meu pau devagar tentando provocar-me. Finalizei a chamada de vídeo quando começou a beijar meu pescoço. Mordi seu ombro e ela gemeu baixinho. Tita tirou a camiseta e segurei firme seus seios grandes e fartos. Eu amo esses peitos. Amo cada parte do seu corpo e tenho uma fome por ela que numa senti por nenhuma outra mulher. Ela baixou a cabeça e tentou morder meu ombro. Agarrei seu pescoço como um animal, sabendo que gosta assim. Ela fechou os olhos e eu precisava ver seus olhos cor de uísque. Gosto de ver o prazer derramar-se em seu olhar enquanto estamos fodendo.
— Olhe pra mim. — Exigi. Tita negou com a cabeça e tentou novamente beijar-me. — Olhe pra mim agora, cadelinha. — Ela olhou e percebi uma tristeza tão profundo que quase consegui enxergar meu passado naqueles olhos castanhos. Tinha tanta solidão e medo que era quase palpável. Segurei seu rosto e ela tentou esconder com um sorriso malicioso.
— Quero chupar você inteirinho. — Passou a língua em meu lábio e mordeu com força. Porra! Meu pau pulsou de desejo e imaginei meter naquela bunda grande sobre minha mesa de trabalho. Mas precisava controlar meus instintos e dar o que ela realmente merecia.
— Isso é bom, minha cadelinha safada. Muito bom. Mas pensei em levar você para jantar e depois dançar. — Tita sorriu sem muita vontade. Segurei seu rosto e ela tentou esconder-se novamente com um sorriso falso. Quando percebeu que não conseguiria manter a mentira levantou-se e fingiu estar mais animada que o normal. Era como se a nuvem carregada tivesse dissipado. Tita tem uma energia que vai de zero a cento e oitenta em segundos e isso faz com que as pessoas demorem a entender suas nuances.
— Eu conheço um lugar incrível onde um DJ amigo meu toca. — Deus não! Fechei os olhos imaginando o tipo de espelunca teríamos que ir.
— Eu vou escolher o lugar. — Sorriu e pulou com os peitos saltando. Senti mais uma vez que estava fingindo empolgação e tentando disfarçar os sentimentos. A rejeição da mãe desestrutura a Tita de forma sem igual. Ela não consegue ter controle sobre nada e começa a buscar maneiras de esquecer ou substituir a dor. Geralmente envolvendo-se em festas e bebidas. Medindo o limite do perigo.
— Ainda é cedo e fui uma menina muito má hoje, atrapalhando sua reunião. — Assumiu o tom de voz mas doce e juvenil. Baixou a calcinha até o joelho e se curvou em minha mesa. — Pode me castigar. Eu mereço. — Sussurrou e pegou um cabo USB, dobrou e entregou pra mim. Foi o mesmo gesto que aconteceu alguns dias, quando pediu que batesse em sua bunda com o cinto.
— Você entende que isso pode machucar bastante? Você entende, Tita? — O rosto dela colou na madeira da mesa e empinou a bunda em minha direção.
— Sim, eu sei e quero muito. — Afastei as pernas dela e passei meu dedo em sua boceta e estava pingado de desejo. Belisquei o clitóris e ela gemeu baixinho. Soltei o cabo USB no chão e levantei sua calcinha. Ela olhou surpresa. Peguei a camiseta e a entreguei. — Você não quer foder? — Perguntou ofendida. Parecia que o meu ato era de desprezo. Tita não entendia que a estava preservando. Eu conheci esse lugar sombrio e nefasto. Já estive envolto de dor e prazer. Pode parecer loucura mas é viciante. É como qualquer droga. Você sabe que vai te matar mas a vontade é maior que qualquer auto preservação. Não quero isso pra ela. Eu sei que se ela começar a pedir pelo flagelo vai querer sempre mais. Sexo é uma coisa, usar um pedaço de fio para machucar, apenas pela dor, é totalmente diferente. E é isso que ela está pedindo nesse momento. Ela quer a dor física para esquecer todas as dores que seu coração carrega.
— Porra! Eu quero muito mas você não está bem pra isso agora. E já disse que não vou provocar esse tipo de dor em você. Não assim.
— Você fodeu a minha bunda e doeu sabia? Doeu pra caralho e não ficou preocupado.
— Você sabe que foi diferente. Era sexo. Teve prazer envolvido, querida. — Ela mordeu os lábios e deu de ombros.
— Que se foda! — Vestiu a camiseta e saiu. Tita precisava de terapia. De ajuda de algum profissional da área. O problema é que tenho medo da terapia ajudar tanto que ela vá afastar-se na primeira oportunidade. Fiquei com meus pensamentos em uma briga dos infernos. Eu estava sendo um maldito egoísta e um medrosa de merda.
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Louca Obsessão
Literatura KobiecaAté onde um homem pode chegar para ter aquilo que deseja? - Os outros não sei. Mas eu, estou disposto a tudo para tê-la em minha cama. Quanto uma mulher consegue resistir aquilo deseja? - Pode me comprar, humilhar, usar meu corpo mas meu coração...