Até onde um homem pode chegar para ter aquilo que deseja?
- Os outros não sei. Mas eu, estou disposto a tudo para tê-la em minha cama.
Quanto uma mulher consegue resistir aquilo deseja?
- Pode me comprar, humilhar, usar meu corpo mas meu coração...
Meu estomago pediu arrego e quase vomitei sobre a mesa. As palavras do Jamie não saiam de minha cabeça com ecos infinitos. A única vontade que tinha era me afundar na tristeza e na bebida. Ele pisou em meu coração e desdenhou do meu amor. Logo eu, que a única coisa que fiz foi ama-lo como uma maluca. Sinto como se meu corpo pertencesse a ele e que ele é só meu. Foi maravilhoso acordar todos os dias com ele ao meu lado. O seu olhar repleto de amor pela manhã, sem importar com o bafo matinal ou o cabelo de ninho de passarinho. Tomei outra dose e comecei a chorar de novo. Queria sua boca deslizando por todo meu corpo e sentir o perfume que só ele tem. O gosto de café quando me dava um beijo antes de sair para o trabalho. Não precisava de nada mais, apenas ele. Limpei meu rosto e sufoquei novamente a vontade de chorar. aquela bebida fez meu estomago doer e resolvi sair para andar e tentar ficar bem. Não poderia chegar tão destruída na casa da Leandra. Paguei minha conta e caminhei um pouco tonta e com um gosto horrível na boca.
– Ops! Sinto muito. – Alguém falou depois que esbarrei em alguém. Segurei firme no braço do estranho para não cair quando sentir novamente uma tontura. – Você está bem? Parece que vai desmaiar.
– Preciso chamar o Uber — Consegui falar depois de respirar algumas vezes. Precisava deitar por alguns segundos.
— Não pode ficar sozinha. — O estranho tentou me ajudar novamente mas as minhas pernas estavam fracas.
– Obrigada! – Consegui falar antes que a náusea aumentasse.
– Você não parece nada bem. – Comecei a vomitar na calçada e o estranho segurou meu cabelo. Tentei não me assustar com a preocupação desse homem. – Minha mãe é dona desse bar na frente. Que tal entrarmos um pouco e você pode jogar uma agua no rosto, comer alguma coisa e depois chamar o carro de aplicativo ou alguém de confiança. – Me virei para olha–lo pela primeira vez. Os olhos eram azuis quase violeta, nariz anguloso, queixo duro, lábios grossos e uma ruga acentuada entre as sobrancelhas que deixava seu olhar medonho. Os braços fortes, não tão fortes como os do Jamie. A altura também não era a mesma. Jamie é mais alto. Os cabelos negros bem penteados também era um atrativo a mais em sua aparência.
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– Não confio em estranhos. Quem pode me garantir que não vai me matar e jogar os pedacinho no lixão mais próximo? – Ele sorriu e não consegui resistir fazendo o mesmo.
– Henrique Barbosa Pereira – Estendeu a mão e mesmo receosa o cumprimentei – Agora é a hora que você fala seu nome.
– Tita Carter... Quer dizer, Tita... Tita Cavalcante – Me corrigi com tristeza.
– Tita como o jogador de futebol? — Tentei sorrir novamente e mostrar um pouco de simpatia. Meu Deus, eu só queria ser eu mesma. Não poderia viver e ser feliz sem o Jamie. Uma lágrima quis descer mas limpei meu olho rápido o suficiente para parecer forte.
