Louca Obsessão

Capítulo 12

— Não precisava gastar tanto em uma festa apenas para conhecer minha mulher. — Falei quando entramos em seu escritório. Amim pode tentar esconder suas reais intenções mas o conheço bem. Ele inventou esse jantar para verificar minha vida com a Tita.
— Estou preocupado meu amigo. Ela é muito jovem para você. — Sentou em uma cadeira e fiz o mesmo. Aquela conversa não levaria a lugar nenhum. — Meu Deus Jamie. Ela tem mais que 18 anos?
— Não comece.
— O que? Estou preocupado. Você abandonou as negociações de compra da Skill. Uma empresa importante para o grupo Carter. E, sei que foi a pedido daquela menina. Sabe-se lá com que intenção.
— Eu não devo explicações das decisões que tomei em minha empresa. — Não alterei minha voz mas por dentro estava a ponto de explodir. O tempo ensinou-me a manter distância das emoções e analisar tudo em meu caminho. Mas quando o assunto é a Tita... Deus do céu! Sinto vontade de matar a qualquer um que atravesse o nosso caminho.
— Esse não é você. Nunca deixou uma oportunidade assim passar.
— Não tem com o que se preocupar. — Amim não  vai parar até foder meu juízo. Porra! Não queria deixar a Tita sozinha. Não quero ficar longe dela.
— Você envolveu a Lúcia. E agora ela não atende as minhas ligações e também não apareceu aqui.
— Lúcia é uma mulher adulta e faz o que quer da vida. Se deseja explicação vai atrás dela. Sabe muito bem onde mora.
— Lúcia vive e morre por você e não mede esforço para deixá-lo feliz. Inclusive ser cúmplice de uma chantagem. — Era nesse ponto que ele desejava chegar. Não estou surpreso por Amim saber sobre a maldita chantagem. Lúcia não esconde nada dele.
— O que você quer?
— Porque está tão impulsivo? — Não tinha porque responder e não fiz. — Não estou pedindo satisfações meu amigo, só quero entender o que está acontecendo com você. Jamie, te conheço desde o dia que nasceu e sempre me preocupei com você. Nunca gostei de vê-lo sozinho e sempre desejei que tivesse alguém ao seu lado para dividir a sua vida e os seus problemas. Mas essa menina... É apenas uma menina, não é mulher para você. Ela está ao seu lado apenas por dinheiro e tenho medo de que esteja alimentando um sentimento.
— Você não conhece a Tita como eu conheço. Você não sabe nada sobre nós.
— Vou ser muito honesto com você. Ela o está manipulando e sabe se lá a mando quem.
— Está insinuando que a minha esposa armou um plano para prejudicar a minha empresa e roubar meu dinheiro? —  Levantei e fui servir uma dose de uísque. Era muita loucura para ouvir sóbrio. — Não seja ridículo. 
— Ela é uma oportunista e não pode garantir que da mesma forma que se vendeu para você, não tenha feito para outro com o intuito de descobrir segredos dos seus negócios. — Foi nesse momento que eu vi vermelho.
— Nunca mais fale da minha esposa dessa forma, ouviu? — Rosnei com tanta raiva que precisei usar todo meu alto controle para não quebrar a cara do Amim.
—  Não seria a primeira mulher a fazer esse tipo de coisa e sabe disso. Você errou quando casou. Se queria sexo com ela, bastava alugar um apartamento porque esse tipo de mulher aceita qualquer coisa por dinheiro. — Deus sabe o quanto fui forte para não avançar sobre esse velho.
— Só não vou quebrar a sua cara hoje, em consideração a tudo que fez por mim. Mas a próxima vez que desrespeitar a minha esposa dessa maneira...
— Estou sendo sincero.
— Vai se foder porra! Sincero é o caralho! — Bati o copo na mesa de raiva. — Tita é minha responsabilidade, assim como minha empresa. Não sou um adolescente que precisa ser cuidado por você e se ela está comigo apenas por dinheiro, tenho sorte por ser muito rico porque não importa o quanto tenho que pagar, Tita nunca mais vai embora da minha vida.

Tita

Jamie parecia transtornado quando entrou na sala que estava e puxou meu braço.
— Vamos embora. — Me guiou para fora da casa.
— Pare! Devagar por favor. Estou com o salto alto, Jamie. — Não me ouviu e fui jogada para dentro do carro sem muita paciência. Ele foi para frente e tomou a direção. Fiquei apavorada quando acelerou o carro sem esperar os seguranças.
— Devagar Jamie. — Gritei quando fez uma curva acentuada e meu corpo foi jogado contra a porta. Parecia não me ouvir e comecei a temer por nossas vidas. – Jamie, pare por favor... quero descer agora. Pare essa merda. — Gritei. Coloquei o cinto com muita dificuldade e olhei para as ruas, que por sorte não estavam com tanto transito e avistei o caminho de casa. Olhei seu rosto e o maxilar se movia como se apertasse os dentes. Alguma coisa tinha acontecido com ele e aquele senhor. Fui tentar alisar seu braço mas me olhou com tanta raiva que desistir. Fiquei observando uma garoa fina cair na rua e as luzes da cidade passarem rápido. Jamie entrou no condomínio e freou bruscamente o carro.  Precisei segurar no banco para não bater a cabeça. Soltei meu cinto e desci correndo para porta para não ficar molhada com a chuva. Antes de chegar na porta Jamie  segurou meu braço com força e fui jogada contra a porta, sendo prensada por seu corpo. Ele me beijou de um jeito louco e diferente, mordendo meus lábios com muita força. Estava em choque e mantive meus olhos abertos. Seu rosto se contorcia em agonia e gemia, não de forma sensual, era como se sentisse dor. Empurrei seu peito sem muito sucesso. Tentei virar meu rosto, mas ele não permitia. Jamie estava bruto e violento e fiquei com medo de ser machucada. Ele afastou um pouco, apenas para abrir o zíper da calça. Levantou meu vestido e afastou minha calcinha. Seus dedos roçaram meu clitóris enquanto seus dentes prendiam meus lábios. Massageou meu ponto de prazer vagarosamente e gemi sentindo meu corpo tremer. Ele desceu a boca por meu queixo e  pescoço. Achei que minhas pernas fossem falhar quando ele guiou seu pênis em minha entrada, que agora estava empapada. Segurei em seus ombros e  Jamie levantou uma das minhas pernas, encaixando perfeitamente. O medo inicial tinha passado, dando lugar ao desejo enorme.