CAPÍTULO DEZESSETE

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NOTA AUTORA: Perdoem os erros, não revisei ): 
E boa leitura! <3 


Não demorou mais de meia hora para que Sean pedisse que o motorista parasse o carro, o que este fez de imediato, ainda que a rua na qual estávamos não parecesse ter nenhum tipo de bar. Sean desceu do carro e deu a volta neste, abrindo a porta para mim e me ajudando a descer. Do lado de fora do carro, confirme que não havia realmente nenhum tipo de comércio na rua, que estava completamente deserta e escura, com a maior parte das luzes queimadas. Prazeres Malditos, onde está você? Em meio a minha confusão, ouvi o carro ser ligado e em menos de um segundo o motorista estava embora, nos deixando para trás. Sean estava tirando com a minha cara, não é? 

― Eu tenho cara de idiota, Sean Brewster? ― Exclamei, vendo Sean avançar em minha direção e colocar a mão em minha boca, me impedindo de falar alto. 

― Sem escândalos, Anne! ― Disse ele, tirando aos poucos a mão de minha boca, e se certificando de que eu não iria voltar a falar. Começou então a caminhar pela rua vazia, parando na esquina para esperar por mim. 

― Meu Deus, Sean. O que está fazendo? ― Perguntei enquanto me aproximava, travando uma batalha com o asfalto irregular que teimava em prender meus saltos ― Quer nos matar? Vamos logo, ligue para o motorista e peça pra ele voltar ― Ele ignorou, rolando os olhos e voltando a caminhar, até dobrar a esquina e desaparecer de vista. Respirei fundo e corri - ou ao menos tentei - atrás dele, finalmente o alcançando. Caminhamos por mais um pedaço da quadra até que Sean parou diante de uma porta pequena e meio escondida, que era pouco iluminava pelo letreiro pendurado acima desta. O nome 'Fucking Pleasures' piscava em neón, em um tom de vermelho sangue. A letra 'P' parecia estar queimada. 

Sean seguiu na frente e subiu os cinco degraus que separava a entrada da calça, e permaneci o tempo todo atrás de seu corpo, tentando não fazer perguntas. Esperei que algum carro passasse na rua, ou que alguma pessoa aparecesse, mas não havia o menor sinal de movimentação. Esse tal de Fucking Pleasures devia ser frequentado apenas por aqueles que conheciam o local e eram clientes fixos, já que a região na qual ficava não parecia ser das melhores. 

― Sean Brewster ― Ouvi Sean dizer, com a voz firme e rouca. O homem alto e de terno esboçou um sorriso meio macabro e assentiu com a cabeça, liberando a passagem para S. Me apressei em ir logo atrás, mas vi o segurança me interrompendo com a mão, me fazendo parar. Opa. O que aconteceu? ― Ela está comigo ― Sean disse parecendo irritado e impaciente, passando o braço em torno de minha cintura para me puxar para perto e então entrelaçar nossas mãos, em um aperto forte. Senti meu coração perder o compasso dentro do peito, e meu estômago pareceu dar um looping completo. Nessa altura do campeonato, eu já não sabia se estava tremendo de frio ou de nervoso.

O segurança finalmente resolveu parar de estragar a noite alheia e liberou a passagem, deixando que entrássemos no bar. Esperei que Sean soltasse minha mão, mas ele continuou a segurá-la, me guiando para dentro do lugar como se já estivesse ali várias vezes. Quando passamos por um corredor longo e estreito, finalmente chegamos ao bar em si, e me vi deixando o queixo cair. O lugar não era tão ruim assim. Tá, ok! O lugar era maravilhoso! 

Subimos uma escada caracol que levava ao bar, que ficava em um nível mais elevado, e então consegui ter uma visão melhor de tudo. Havia uma dezena de mesas de carteado, todas de madeira escura e maciça, e uma variedade de sofás vermelhos, que combinavam com a iluminação do lugar. No lado oposto do bar havia um pequeno palco, onde cinco dançarinas que usavam máscaras dançavam ao som de uma música lenta. O chão era coberto por um carpete escuro, e a maior parte das paredes era preta, com exceção de algumas que tinham papéis de parede com detalhes clássicos em vermelho. O lugar era luxuoso, porém acolhedor. 

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