Você não calava a boca

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Lunna:

Eu me levantei com certa dificuldade, tomei um banho já estava com cheiro de hospital, troquei minha roupa e sai para tomar café, uma senhoria estava na cozinha.

- Oi? Licença, quem é a senhora? - Ela sorriu amigavelmente.

- Carolina, sou Carolina. A nova cozinheira de vocês. Carlos me mandou aqui.

- Ah! Obrigada Carolina, mas não precisa fazer café da manhã não. Meu noivo está dormindo, e eu não estou com fome. -

- Não precisa mentir sobre Thomas, Carlos me contou tudo. Conheço Thomas a anos, mesmo ele não me conhecendo.

- Como assim? - Sentei em uma das cadeiras da bancada para escutar Carolina falar.

- Hm.. Como explicar? Eu trabalhei na casa de Thomas desde que ele nasceu, mas sua mãe nunca o deixou entrar na cozinha dizia que era lugar de empregado.. Mas mesmo assim, ele entrava para pedir bolo, até que um dia sua mãe o pegou lá sentado todo sujo de bolo, ela gritou comigo e o proibiu de entrar na cozinha. Aquela mulherzinha sempre foi ignorante, e Thomas coitado só obedeceu sua mãe é nunca mais entrou, mas eu vi Thomas crescer mesmo sem ele saber que estava lá.

- A mãe de Thomas é uma mulherzinha insuportável. -

- Enfim querida, você está melhor?

- Na medida do possível Carolina, tudo é tão estranho, principalmente Thomas.

- Ele é um rapaz adorável, parece gostar de você.

- Thomas? - Ri irônica. - Nunca, ele só tem olhos para uma pessoa: Ele mesmo.

- Menina, cuidado com as palavras. Ontem quando cheguei, já era tarde. Você estava dormindo, e desde o momento que cheguei até a hora que sai só vi ele sai do seu lado uma única vez, para pedir que fizesse café, ele queria ficar acordado à noite toda ao seu lado. Uma pessoa tem que gostar muito da outra para fazer isso.

Neguei com a cabeça, e coloquei uma xícara de café para mim.

- Você é uma ótima pessoa Carolina. - Sorri.

•••

O tempo se fechou drasticamente, Carolina já foi embora deixou o almoço e janta pronto, graças a Deus estava cansada de comer comida congelada. Devem ser 7 horas da noite, e uma chuva fraca começou. Levantei do sofá e decidi chamar Thomas, um trovão soou alto e eu me tremi toda, desde criança meu maior medo sempre foi trovão, raios, tudo quer barulho que viesse do céu.
Foi só um barulho Lunna fica calma, respirei fundo e bati na porta de Thomas, ele não atendeu. Abri a porta devagar ele dormia feito anjo.

- Thomas.. - Ele nem se mexeu, dorminhoco. Sentei na cama onde ele dormia, balancei ele levemente.

- Thomas, acorda. - Ele levantou assustado.

- O que foi Lunna? Você está bem? - Sorri de leve.

- Não Thomas, estou bem obrigada. É só que... Não sei, eu não queria ficar sozinha. - Abracei meus joelhos. - Mas se você quiser eu saio.

- Não, pode ficar. Eu tinha mesmo que falar com você. Eu tenho que te pedi desculpa por ontem. - Ele passou a mão no cabelo bagunçado.

- Esquece isso Thomas.

- Lunna, eu não podia de forma alguma ter feito aquilo com você. Se você parou no hospital a culpa foi minha. - Sua voz soava tão arrependida. - Eu prometo que nunca mais vou me encontrar com Mariah.

- Thomas, eu não quero que você me prometa nada. E tudo que aconteceu não foi culpa sua, minha saúde sempre foi frágil. - Dei os ombros.

- Você deve esta me odiando.

Casamento ForçadoOnde histórias criam vida. Descubra agora