Casamento Forçado

Primeiro Dia

Por que? Eu me pergunto o porque dele fazer isso comigo? Eu até entendo que ele seja maluco por dinheiro, mas como? Em toda nossa vida, tivemos uma vida estável.. Porém depois que Lerry ( Meu irmão.) Faleceu o dinheiro começou a sumir tão rápido.. Minha mãe coitada se sente culpada por tudo mas nunca foi culpa dela. Eu só queria parar no tempo, eu preciso vida!

Limpo as lágrimas do meu rosto, hoje é o domingo meu pai não está em casa. Graças a Deus, pois não queria brigar com ele. Eu aprendi uma coisa com a vida que a gente não deve guardar mágoas, eu queria muito entender o porquê meu pai está fazendo isso, mas é difícil. Sempre que vamos conversar ou tentar ele grita, xinga, berra, eu sinto medo as vezes. Uma vez disseram para mim que medo é uma coisa que inventamos na nossa cabeça, nos tentamos combater mas é tão difícil, quando você tenta combater o medo ele parece vir vinte vezes mais forte.

Levantei da cama e fui até o final do corredor atrás até o quarto de minha mãe. Ela estava tão linda deitada fazendo alguns trabalhados, cabelos curtos escuros, pele clara, olhos azuis.. Ah eu não puxei isso dela! Infelizmente.

- Mãe? Posso deitar com você? - Disse fazendo beicinho.

- Claro que sim meu amor! - Ela sorriu, batendo na cama. Pulei na cama bagunçando os papéis dela. - Garota! - Ela disse rindo, era tão bonito seu sorriso. Coloquei a cabeça sobre sua barriga enquanto ela acariciava meus cabelos. - O que foi meu amor? É o namoro? - Eu queria tanto contar que esse namoro é uma mentira.

- É mãe, me deixa tão nervosa. - Ela acariciou mais meu cabelo e deixou um beijo.

- Então! Sabe o que anima muito? PIZZA. - Peguei meu telefone no mesmo momento e liguei pedindo pizza de frango catupiry a nossa preferida. Era tão estranho, minha mãe não tinha uma depressão, mas sim uma tristeza tão grande. Os médicos não relatam nada, mas já o coração. Olhei para estante e vi uns potes de remédios.

- Mãe? Você está tomando remédio? - Ela sorriu fraco.

- As vezes.. É difícil filha. - Fechei os olhos, então a história do remédio era verdade? Respirei fundo algumas vezes, até a campainha tocar desci as escadas correndo pra pegar a pizza peguei o rapaz e agradeci subi as escadas correndo também e pulei novamente na cama fazendo minha mãe me olhar feio. Ri, e coloquei a pizza na cama. Bem assim foi a noite com minha mãe perto de um perfeito!

Sexta Feira:

Hoje tudo começava, a farça. Teríamos que ir juntos pra faculdade, na verdade eu teria que ir com ele pra faculdade porque aquele vagabundo não faz nada da vida. Hoje estou no horário ainda são 7:00 horas, e estou tomando coragem para levantar da cama. Alguém bate na porta do meu quarto e eu peço para entrar. É meu pai.

- O que foi Miguel? - Eu já não tenho mais garganta para chama-lo de pai.

- Eu sou seu pai garota e não nenhum amigo seu para você me chamar pelo primeiro nome. Agora levanta dessa cama, seu namorado ficou de passa aqui daqui a pouco. - Se ele acordar, levantei da cama e fechei a porta do quarto. Indo direto pro banho, lavei o cabelo todo. Sabe aquele shampoo com cheiro de morango? É o meu preferido! Coloquei meu roupão e sai do banho me secando. Peguei minha roupa separada sobre a cama, um shot jeans, uma blusa sem manga, vesti minha roupa e coloquei o tênis. Sequei meu cabelo e deixei solto, coloquei brincos em forma de laço e pronto. Olhei no relógio 7:40, posso chegar na faculdade até 8:10 ou seja não estava atrasada. Desci as escadas correndo e peguei uma maçã sobre a mesa. Como adoro maçãs, peguei meu celular e enviei uma mensagem para Fê.

Lunna: Vou chegar atrasada.

Fê: Normal.

Ri sozinha e guardei meu celular. Olhei no relógio, apressada. Esse babaca vai me fazer chegar atrasada! Resmunguei sozinha enquanto esperava. 20 minutos se passaram e ele ainda não tinha aparecido. 8:00 horas era o que me faltava!

Até no final da rua eu ouvir um barulho de moto que deveria está a 120 por hora. Ele freio com tudo em frente a minha casa.

- Atrasado! - Disse batendo palmas. Ajeitei a bolsa no meu ombro. Ele tirou o capacete e estava com a cara ameaçada deveria está dormindo.

- Olha garota, eu não tenho obrigação nenhuma com você.

- Você tem! Você tem sim, desde quando assinou o contrato. - Odeio lembrar desse contrato. Não podia ser com outro não? Logo ele.

- Ah cala a boca e sobe na moto. - Ri sarcasticamente.

- Ninguém me manda calar a boca, só vou subir nesta droga porque eu estou atrasada.

THOMAS

Como ele é estressada, se eu falo A ela responde com B e se deixar o alfabeto inteiro. Ela subiu na moto, mas não sabia onde segurar. Ri de canto.

- Segura direito. - Falei.

- Não tô afim.

- Ok, quando cair não reclama. - Acelerei a moto e ela agarrou na minha cintura, agora mesmo que acelerei mais. Ela gritou pedindo para ir mais devagar, diminui um pouco a velocidade não era tão necessário assim. Assim que chegamos ela pulou da moto basicamente. E saiu andando.

- Não tá esquecendo nada amor? - Eu disse rindo ela virou e ficou sem entender nada. Desci da moto e deixei um beijo na sua bochecha, se eu tinha que fingir era bom começar direito. Um ano, se eu fizesse a mídia acreditar que eu era um novo homem tudo iria acabar. Só isso que eu preciso!

LUNNA:

Quem ele acha que é? Arg, entrei na faculdade sem olhar para trás e fui direto para a sala de aula. Sentei no meu lugar de sempre, passei a mão na minha bochecha limpando o beijo de Thomas. Matheus não estava na sala de aula hoje, então assim que a aula terminou fui procurar Fê. Sentamos na cantina no intervalo e comecei a contar tudo que estava acontecendo. Ela ficou abismada e perguntava várias vezes que pai obrigava a filha se casa, chegou até chorar, eu pedi para que ela se acalmasse logo tudo isso iria acabar. Fê tentou sorri, mas era difícil. Nem eu sei como eu estava aqui ainda. Depois disso ela me deu uma abraço tão apertado, e fomos para nossas aulas.

Hoje era o típico dia que eu queria acabar com as aulas nem as piadas dos professores me agradavam, as vezes um sorriso de canto aparecia outras não. O dia passou tão rápido que eu nem percebi, hoje como não tinha saído para almoçar, só sai da faculdade 6 horas. Tinha um jantar com Thomas hoje, não bastava ver ele só uma vez não? Assim que sai da faculdade peguei um táxi para casa, chegando meu pai fez o mesmo discurso dizendo que esse casamento era pro bem da família e que tudo iria melhorar. Huhu! Que legal, vou casar e ainda vou salvar a família. Só esqueceram de me salvar.
Tomei outro banho mais demorado para aliviar meu corpo, coloquei um vestido preto justo e um salto. Ajeitei meu cabelo em um coque deixando fios soltos. Pronto, chega. Peguei minha bolsa e desci as escadas, meu pai comentou algo porém ignorei. Sentei no banco que tínhamos fora de casa enquanto esperava.

7:00

7:15

7:30

7:40

8:00

8:15

8:30

UMA HORA É MEIA ESPERANDO ESSAS IDIOTA! Bufei e peguei a chave do carro de meu pai, segui o caminho até uma boate bastante movimentada. Era uma das melhoras, liguei para Fê perguntando se ela queria vir. Ela disse que sim, e que iriamos se encontrar lá. Assim que cheguei na boate, esperei a Fê no portão que logo apareceu com maior sorriso. Fê era morena, cabelão, maior gata!

- Ui, está linda hoje! - Disse a Fê.

- Você também. Ainda bem que decidiu sair. -

- Eu que não vou ficar em casa trancada esperando aquele babaca. Marcamos um jantar as 7:00 era 8:30 e ele não tinha aparecido. Então foda-se. -

- Assim que se faz garota. - Olhei o celular e eram 9:30, eita! Nem percebi a hora passar, entramos na balada.
Estava um pouco cheia, mas com o horário algumas pessoas iriam chegando. Eu e Fê pedimos algumas doses e viramos nunca fomos de ficar completamente bêbadas e parar em coma alcoólico, nada disso sempre soubemos beber. Hora vai hora vem, Fê decidiu ir dançar com um rapaz bonitão que veio chamar ela piscou para mim e foi dançar. Já era meia noite quando olhei o celular, um grupo de garotos entrou na boate. E no meio deles tinha um, que eu poderia esmagar nesse exato momento.