Casamento Forçado

Thomas, tem como vir me buscar?

06/11/2015 - Sexta

- Você é louca? O que esta fazendo aqui ainda? Sinceramente você nasceu para ser burra.

- Fernanda, estou cheia de coisa para fazer.

- Adianta seus trabalhos, pede para Matheus entregar, inventa uma desculpa. E Lunna você sabe muito bem que entramos de ferias uma semana antes do dia 25.

- Eu sei, eu podia muito bem adiantar tudo e ir viajar mas as coisas com Thomas estão ficando muito serias.

- E não é isso que você quer?

-Não. Eu quero um tempo para pensar.

- Então pensa, mas pensa bastante. Enquanto aquela vaca rouba seu noivo. Sua trouxa.

°°°

Eu não sei o que faço, sinceramente.

A madrugada está passando rapidamente, o dia veio clareando e eu estou aqui terminando todos os trabalhos, não confirmo que vou viajar mas é melhor prevenir. Meu passaporte está em cima da bancada, esperando para o rumo que ira tomar.

Hoje decidi faltar a faculdade, vou visitar minha mãe. Peguei a chave do carro de Thomas, ele havia deixado comigo já que foi viajar.

O caminho foi silencioso sem Thomas, aquele garoto faz falta. Até mesmo tirando minha paciência. Thomas ainda não enviou mensagem nem nada, provavelmente não chegou.

Liguei para a Fernanda no caminho.

- Porque não consigo parar de pensar nele? - Disparei.

- Isso se chama paixão!

- Larga disso Fernanda.

- Você sempre foi assim, nunca aguentou ouvi a verdade.

- Olha, eu liguei para você falar algo que preste.

- Quer que eu minta? Você só esta com falta da panqueca dele.

- Ele nem cozinha.

- So fiz o que você pediu.

- Vai a merda. - Desliguei o telefone, dirigi por mais alguns minutos até a casa da minha mãe.

Desci do carro, quando ia bater na porta me veio na mente. Por que eu estava batendo na porta? Eu morava aqui, a porta estava aberta. Na sala nem na cozinha ela estava, subi a porta do seu quarto estava aberta mas não tinha ninguem, deve ter ido trabalhar. Atravessei o corredor, e entrei no meu quarto continuava o mesmo, não mudava uma virgula até a calça jeans que deixei jogada estava lá; Olhei da janela do meu quarto, lá estava ela no jardim. Desci as escadas correndo, e sai pela cozinha.

- BU!

- Que susto garota. - Ela riu. - O que está fazendo aqui?

- Ai, não posso mais visitar minha mãe?

- Quando quiser. - Ela beijou meu rosto.

- Estava com saudade. Thomas foi viajar e decidi vir aqui.

- So assim para vocês se largarem.

- Para mãe, não exagera.

- Qualquer um percebem que vocês são completamente apaixonado um pelo outro. Desde o dia que o conheci, eu percebi como ele olhava para você.

- Como?

- Como se fosse a primavera. Leve, e doce, trazendo ar puro para vida dele.

- Nossa, de onde tirou isso mãe?

- É so olha para vocês dois que qualquer um se derrete. - Sorri de canto. - O que foi? Qual o problema, você está com aquela cara.

- Aquela?