Casados? Casados!

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Casar. Eu iria casar, mal acreditava que iria fazer isto algum dia. Mas era por um motivo bom não? Eu estava salvando minha mãe e me matando. Okay, talvez seja um pouco de exagero fazer "Matar." Mas pelo menos afundar, eu posso usar? Claro, Thomas é uma ótima pessoa, eu que não sou. Nunca fui para relacionamentos, talvez fosse por isso que estava sozinha, mas isso não vinha ao caso no momento, eu precisava ir casar. São exatamente seis horas da manhã e eu estou aqui rolando na cama tentando achar um motivo que me faça levantar, rolando as mensagens do celular achei uma que me chamou atenção.

"Se você tentar qualquer coisa hoje, eu mato sua mãe." Eu odiava meu pai, às vezes me pergunto porquê não vou logo a polícia acabar com a vida dele.. Mas logo me lembro que se acabar com a vida dele, eu acabo com a da minha mãe. Meu irmão morreu, perder o marido seria acabar com ela, se ela soubesse das traições.. Não quero imaginar do que seria capaz. Pude senti uma lágrima quente escorrer pelo meu rosto, dei uma fungada e logo vi Thomas se remexer na cama, sempre esquecia que tinha sono leve. Tentei levantar sem fazer barulho algum, quando já estava com a mão na maçaneta, ele falou...

- Se você quiser, eu tô aqui.. Okay? - Eu queira um abraço, e um abraço vindo de Thomas era a melhor coisa que podia acontecer no momento. Voltei para a cama me aninhando em seus braços, ele me apertou ainda sonolento. - Nós vamos casar.

- Nós vamos casar.

- Preparada para me aguentar daqui até a eternidade.

- Tecnicamente não é eternidade.. É só um ano, agora são exatos dez meses. - Se doía falar isso? Óbvio, por mais que odiasse admitir, eu gostava de Thomas.

- Para mim, isso já é uma eternidade. - Senti a brincadeira em sua voz, mas.. Bem, esquece.

Tomamos banho antes que sua mãe chegasse batendo panelas, assim que chegamos para tomar café a bruxa apareceu. Com um sorriso falso estampado no rosto, ela me arrancou de Thomas.

- Até mais tarde.. - Deixei um beijo leve em seus lábios.

- Até mais tarde.. Noiva. - Brincou com meus cabelos e logo veio sua mãe me arrastar.

- Blah, blah, que melação.. Não tem ninguém aqui para vocês estarem fazendo o showzinho de vocês. - Aquilo foi um soco certeiro na boca do estômago.. Tudo que eu vivia com Thomas era um show, e eu estava tornando aquilo realidade pouco a pouco. Nós tínhamos um contrato, eu não podia me apaixonar pelo o garoto que mais odeio nesse mundo.. Bem, odiava.

Minha cabeça não parava de pensar nisso em todo caminho, eu iria ter um dia de princesa, na verdade meu dia não estava tendo nada de princesa. Quando chegamos ao salão eu fiquei maravilhada, aquilo parecia um shopping de tão grande. Minha mãe já estava lá com Fernanda, Caitlin estava lá, ela sempre foi minha amiga mas viajou para fora do EUA e nunca mais tivemos contato.. Eu fiquei tão mais tão feliz que mal consegui me conter, também tinha uma outras duas garotas que nunca tinha visto na vida. Descobri que as primas de Thomas e seriam as madrinhas mulheres dele, as minhas madrinhas era Fernanda e Caitlin meu padrinho Matheus, já o de Thomas eram essas garotas e seu irmão, não aprovei.. Nem ele, mas era ordem de seu pai. O que podíamos fazer? Exatamente isso, nada! E também tinha o Caio e Lucas, esses eu concordei eram seus amigos de infância então não houve problema algum.

- Você! Casando, eu mal acreditei. - Caitlin dizia dando pulos de alegria, sempre foi assim, criança, alegre.. Bem parecida comigo até.

- Nem eu. - Murmurei. - Mas me conta, como foram as coisas no Brasil?

- Maravilhosas! Eu conheci um brasileiro, ele era tão gato. E sabe, lá é incrível.. Principalmente o Rio de Janeiro, eu fiquei apaixonada por lá... - Caitlin quando começava a falar não parava, e eu sinceramente não estava muito afim de ouvir. Quando ela terminou de contar o quanto o Brasil é bom, eu peguei uma revista qualquer para lê.

Casamento ForçadoOnde histórias criam vida. Descubra agora