Capítulo 19

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Dias depois...

― Oi amor – ele beijou sua testa e se sentou ao seu lado no sofá.

― Oi – respondeu sorrindo.

― O que é isso?

― Um convite, para um chá da tarde na casa de uma antiga amiga de minha mãe. Você foi convidada.

― Tudo bem, mas sabe que não vou.

― E porque não?

― Porque é obvio que esse convite não foi mandado por vontade e sim por obrigação.

― E daí? – ele deu de ombros – você vai sim, já está tudo pronto. Ela é uma amiga muito querida, sempre foi boa comigo.

― Qual é o nome dela?

― Valentina Demerich – respondeu, Bella pareceu pensar por alguns instantes e logo depois concluiu.

― Edward, eu não vou – disse pausadamente.

― Bella, pare de teimosia. A Vale sempre foi muito gentil comigo e era amiga da minha mãe, por isso você vai a esse chá. E se comportará muito bem.

― Vale? Ai que coisa mais fofa – ironizou o fuzilando com os olhos – Olhe só, já voltou a falar como se eu fosse seu brinquedinho ridículo que você faz o que quer... NÃO SOU SEU BRINQUEDO – ela disse irritada.

― Bella – ele chamou raivoso com os olhos em chamas – eu posso amá-la com todas as minhas forças. E você sabe que amo, mas NUNCA ouse me contrariar. Sabe que eu não gosto disso... Você é a minha mulher e vai fazer o que EU quiser.

Ela o encarou e logo depois abaixou os ombros em derrota. Edward suspirou fundo e levantou seu rosto.

― Está bem, eu vou nesse chá – ela disse já com a voz falha e embargada.

― Desculpe minha menina, é um desejo meu. Não vou permitir que me negue... Me compreenda, hã – pediu.

― Como quiser Edward, como quiser – ela respondeu tentando se afastar dele.

― Ah não, não faça assim. Não te quero assim, tristonha. Vamos, um sorrisinho?

― Vou dar uma volta – ela disse simplesmente , o deixando ali parado.

Edward a observa, alguns minutos depois e ele ainda permanece no mesmo lugar.

Olha pela janela, o tempo está fechando. Ele pisca os olhos.

― Marie – chama.

― Sim senhor – diz prontamente.

― O Edgar, onde ele está?

― Saiu senhor, por quê?

― Droga... olhe eu vou sair, volto logo. – respondeu rápido - Ah danadinha da sua patroa medrosa... Só me dá trabalho! Vai chover e ela vai ter um piripaque sozinha lá fora!

Ela estava no estábulo, sentada no meio das palhas que tinham ali. Um barulho perto da a despertou de seus pensamentos. Virou o rosto para ver quem estava ali.

― Edgar? – assustada ele a encara com um pouco de confusão

― Senhora... O que faz aqui?

― Só vim descansar a mente. Já vou voltar pra casa – ele balança a cabeça sorrindo maliciosamente.

― Vai até ao chá da tarde, na casa dos Demerich? – ela suspira.

― É, vou – responde com um desanimo estampado na voz.

As Dores do SilêncioOnde histórias criam vida. Descubra agora