― Você sabe que está linda, não é? – ela sorri de canto e o abraça ternamente, o vestido num tom de azul marinho, modelando sua cintura fina. Deixando em destaque os seios fartos e seu colo.
― Obrigada – ela suspira – porque você não me leva até lá?
― Meu amor, você vai com Edgar...está tudo bem. Eu preciso ir até a cidade resolver algumas coisas. Até mais tarde meu anjo – ela faz biquinho e ele a beija, Edgar para em frente da casa a ajuda a subir na charrete.
― Tchau Ed – ela sorri e ele acena de longe com a mão.
― Tudo bem senhora Cullen? – pergunta o homem a olhando de canto de olho, ela balança a cabeça e se ajeita sobre o banco, um vento forte bate em seu rosto e os cabelos castanhos balançam no ar, ela respira fundo. Está nervosa, as mãos suam, as pernas bambeiam, percebe que ele anda devagar, cada vez sente que a charrete anda mais lenta, olha a sua volta. Um lugar desconhecido e assustador fazem seu coração disparar. Engole em seco e então percebe que ele a encara, um sorriso malicioso no canto dos lábios, as orbes completamente escuras. Pura raiva, algo naquele olhar, antes desconhecido pela pequena Bella, porém hoje ela descobriria o que tudo aquilo significava.
― Desça – ele diz calmo, porém o tom de voz rouco e forte faz cada pelo do corpo dela arrepiar-se.
― Edgar...vou me atrasar para o chá, Edward ficará furioso e... – ele resmunga palavras indecifráveis e abre a porta bruscamente, sorrindo, parecendo um louco desvairado.
― Não tem chá algum, docinho...foi apenas uma armação para que meus planos acontecessem do jeito mais perfeito. E pelo visto, tudo corre muito bem.
― Do que está falando? – ela sussurra fitando seus olhos.
― Logo vai saber, agora desça - Bella tenta se esquivar das mãos grandes do homem que lentamente seguem em sua direção, ela as empurra com o braço e grita:
― Não! Não, seu louco, se afaste de mim! – uma gargalhada cômica ultrapassa os dentes semicerrado de Edgar, ele puxa o braço fino de Isabella com uma das mãos e tapa sua boca com o outro.
― Gritar você pode, mas ficarei irritado, então é bom que não o faça!
E então, ela suspira ainda sentindo a mão forte pressionada contra seus lábios, a respiração é dificultosa, mas ainda assim, ela tenta puxar o ar para seus pulmões.
― O que é que você quer comigo? – ela grunhiu trombando nas próprias pernas enquanto ele a arrastava para uma casa, afastada de tudo.
― Fica quietinha vai, a partir de agora você fica caladinha ok? – Bella engole em seco, e suspira fundo. Ele para na metade do caminho, de longe ela avista dois homens enormes carregando um homem pelos braços, ele está desacordado. Logo ela reconhece, fica parada estática por alguns segundos
― EDWARD, NÃO, NÃO. O QUE VOCÊ FEZ COM ELE? – grita desesperada
― Cala a boca e anda, vai – Edgar a puxa pelo braço quase arrancando-o da junta – a festa começa agora senhora Cullen – o jeito que ele a encara é tão assustador que as palavras mal saem de sua garganta, entra na casa sendo puxada por ele. Ele não diz nada apenas a puxa brutalmente, Edward está jogado em um canto sujo, desacordado. Bella olha para todos os lados, é tudo escuro e assustador, barras de ferro chumbadas ao teto, ganchos na parede. Vários objetos desconhecidos por ela, parecia um local de tortura. Ela sentia-se nesse momento a própria condenada na época da inquisição. Seu corpo estremeceu quando o homem a colocou grudada em uma parede nojenta, um cheiro extremamente forte fez seu estômago revirar. Ele sorri diabolicamente e prende seus pulsos a um gancho preso a parede. Os pés ficam quase que balançando, somente as pontas dos dedos tocam ao chão ele tira seus sapatos e um leve incômodo domina seu corpo. Os braços esticados os dedos dos pés segurando todo o seu peso, mas aquilo não a preocupava, em nenhum instante. Ele caído ao chão a poucos metrôs de distância que a deixava realmente aflita, seu coração se esmigalhava aos poucos, a cada respiração cortante que saia dos lábios de seu marido.
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As Dores do Silêncio
FanficIsabella é uma garota cheia de sonhos, vive em uma cidade pequena junto de seu pai - ganancioso - leva uma vida simples e tranquila até que Charlie decide vendê-la como prometida em casamento para um dos senhores mais importantes da pequena cidade...